Caderno histórico com manuscritos de Alan Turing é vendido por US$ 1 milhão

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Imagem: Bonhams

Embora muitos dos mais jovens possivelmente só tenham entrado em contato com a história de Alan Turing por conta do filme “O Jogo da Imitação”, estrelado por Benedict Cumberbatch, é inegável a importância que ele teve tanto para sua época como para o mundo atual. Apesar de ser um dos pais da computação e ter sido o principal responsável por quebrar o código dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, Turing nunca deixou registrada muitas anotações de seus trabalhos.

Assim, não é de se surpreender que um caderno contendo alguns de seus pensamentos e teorias tenha sido arrematado por pouco mais de US$ 1 milhão na última segunda-feira (13). Com 56 páginas, o item é uma documentação história do trabalho científico realizado pelo britânico, recheado de textos escritos a próprio nos quais ele discorre sobre os fundamentos das notações matemáticas e da ciência da computação. Segundo a Bonhams, que comandou o leilão, uma parte da renda será revertida a instituições de caridade.

De acordo com registros no interior do objeto, o item foi adquirido pro Turing em 1942, quando ele trabalhava incessantemente para decifrar a criptografia avançada da Alemanha nazista com seu código Enigma. Eventualmente, o pensamento lógico e os métodos utilizados pelo gênio desvendaram o mistério por trás das mensagens do exército alemão e abriram o caminho da vitória para a Inglaterra e os seus aliados na luta contra o Eixo. O caderno ficou aos cuidados do amigo Robin Gandy após a morte do matemático.

Turing cometeu suicídio em 1954, alguns anos após ser condenado pela corte britânica pelos crimes de indecência e “envolvimento em atos homossexuais”. Ele foi obrigado a passar por um tratamento hormonal que supostamente “curaria” sua homossexualidade, mas que agiu como uma espécie de castração química e fez com que ele sofresse com as grandes mudanças em seu corpo. Foram feitas campanhas para que ele fosse absolvido de seus crimes postumamente, o que só ocorreu em 2013 com o perdão oficial dado pela Rainha Elizabeth II.

Fontes

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