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Uma experiência com camundongos e plantas mostrou que a luz ultrafraca do metabolismo diminui com o adoecimento e cessa com a morte.

Um fenômeno conhecido como emissão de fótons ultrafraca, ou bioluminescência endógena ultrafrágil (UPE nas iniciais em inglês) faz com que todos os seres vivos emitam quantidades extremamente pequenas de luz visível, cerca de mil vezes mais fracas do que o olho humano consegue captar.Durante o metabolismo, nosso corpo produz moléculas altamente reativas, chamadas espécies reativas de oxigênio. Essas moléculas interagem com componentes das células, como gorduras, proteínas e até o DNA. Esse processo, conhecido como oxidação, pode gerar uma luz extremamente fraca quando certas moléculas excitadas retornam ao seu estado normal.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125631-o-que-a-ciencia-diz-sobre-a-aura-humana.htm" target="_blank">O que a ciência diz sobre a “aura” humana?</a></li></ul>Recentemente, pesquisadores da Universidade de Calgary e do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá publicaram um estudo na revista The Journal of Physical Chemistry Letters, no qual propõem que que a cessação dessa emissão pode servir como um sinal universal da morte celular.<h2>Como os pesquisadores captaram a luz ultrafraca que sai do corpo?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/14/14125504791177.jpg" alt="1a.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/14/14125504759176.jpg 200w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/14/14125504806178.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/14/14125504806179.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/14/14125505041180.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Houve redução na emissão de fótons ultrafrágeis após a morte dos camundongos. (Fonte: V.Salari et al., The Journal of Physical Chemistry Letters, 2025)</figcaption></figure>Os pesquisadores utilizaram câmeras EMCCD, dispositivos ultrassensíveis capazes de registrar UPE em camundongos vivos e após eutanásia. Os animais foram fotografados por uma hora em condições de vida e depois por mais uma hora após a morte, com manutenção da temperatura corporal, para eliminar variáveis térmicas. O método permitiu detectar fótons individuais na faixa visível emitidos pelas células.Os resultados mostraram uma redução significativa na emissão de fótons ultrafrágeis após a morte dos camundongos. Experimentos parecidos foram conduzidos em plantas como agrião e árvore-guarda-chuva anã, revelaram um brilho significantemente maior nas partes lesionadas das folhas quando comparado às áreas não lesionadas, que persistiu durante as 16 horas de observação.Os autores concluíram que as espécies reativas de oxigênio são as causadoras da bioluminescência endógena ultrafrágil observada nos organismos vivos. O estudo estabelece que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286122-neurocientista-explica-acontece-nosso-cerebro-morremos.htm" target="_blank">a cessação dessa emissão luminosa constitui um indicador universal de morte</a>, verificável tanto em animais quanto em plantas sob diferentes condições de estresse físico e químico.<h2>Quais são as aplicações dessas descobertas?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/14/14130245658196.jpg" alt="1a.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/14/14130246064197.jpg 182w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/14/14130246648200.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/14/14130246492198.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/14/14130246492199.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Emissões de UPE das folhas de árvore-guarda-chuva. (Fonte: V.Salari et al., The Journal of Physical Chemistry Letters, 2025)</figcaption></figure>A proposta de usar a emissão de biofótons como um marcador universal da vida é relevante porque oferece uma maneira potencialmente não invasiva e aplicável a diferentes formas de vida para distinguir organismos vivos de mortos. Isso pode ter implicações em diversas áreas, da biomedicina à astrobiologia, campos onde detectar vida com base em sinais universais é sempre um desafio.No caso das plantas, a técnica de imagem por UPE pode funcionar como uma ferramenta simples e não invasiva para acompanhar o crescimento, identificar sinais precoces de doenças e avaliar como reagem a mudanças ambientais e climáticas. Tudo isso sem causar danos às plantas, o que é extremamente útil para a agricultura.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403357-bioassinaturas-as-pistas-ate-a-descoberta-da-vida-extraterrestre.htm" target="_blank">Bioassinaturas, as pistas até a descoberta da vida extraterrestre</a></li></ul>As possibilidades se ampliam também no contexto médico. Se for possível detectar sinais de estresse em células humanas, animais, vegetais ou até bactérias sem a necessidade de contato direto, essa técnica pode se tornar um instrumento poderoso para médicos e cientistas, facilitando diagnósticos e pesquisas sem procedimentos invasivos.Da próxima vez que alguém disser que você é uma pessoa iluminada, não duvide. Compartilhe esse conhecimento nas redes sociais com pessoas que também acreditam que uma luz, ainda que ultrafraca, habita o corpo humano e diz muito sobre nossa saúde. Descubra também <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271928-estudo-explica-corpo-humano-transforma-comida-energia.htm" target="_blank">como o corpo humano transforma comida em energia</a>.

Nossos corpos emitem uma luz suave que se apaga quando morremos, diz estudo 

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Conservada durante mais de 200 milhões de anos, a conífera do tempo dos braquiossauros está ameaçada, e depende de nós para continuar sobrevivendo.

Um fóssil vivo, capaz de encantar e emocionar qualquer cientista da desextinção, o pinheiro Wollemi (Wollemia nobilis), popularmente conhecido como “árvore dos dinossauros”, é um exemplo de resiliência da biodiversidade em áreas isoladas. Considerada extinta, essa relíquia da flora mundial foi redescoberta em 1994, no Parque Nacional de Wollemi, na Austrália.&nbsp;O apelido é apropriado, pois essa mesma árvore, encontrada há 30 anos em um cânion profundo e úmido, já existia na era mesozoica, especialmente durante o período jurássico (há cerca de 201 a 145 milhões de anos). Como faziam parte de um mesmo ecossistema naquela época, é possível que ela tenha servido de lanche para algum braquiossauro. &nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128925-fossil-revela-como-as-florestas-eram-diferentes-ha-milhoes-de-anos.htm" target="_blank">Fóssil revela como as florestas eram diferentes há milhões de anos</a></li></ul>Apesar de distantes no tempo e no espaço, o Wollemi e o pinheiro-do-paraná, mais famosa araucária brasileira, compartilham um ancestral comum muito antigo, o que mostra como essa família (Araucariaceae) sobreviveu em diferentes continentes, desde o tempo em que o nosso planeta era um parque natural dos dinossauros.<h2>Onde foi encontrada a árvore dos dinossauros e como ela sobreviveu até hoje?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12115113353126.jpg" alt="foto-do- Parque-Nacional-Wollem-na-Astrália.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12115113431130.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12115113400127.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12115113415128.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12115113431129.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O Parque Nacional Wollemi, em Nova Gales do Sul, na Austrália, que abriga as árvores dos dinossauros. (Fonte: Getty Images/Reprodução)(</figcaption></figure>Embora estivessem próximos à civilização (a poucas horas de Sidney, na Austrália), os últimos Wollemi descobertos em 1994 pelo explorador e botânico David Noble estavam em um local de difícil acesso do parque. O isolamento natural funcionou como uma espécie de refúgio ecológico, que protegeu as <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/229498-mudancas-climaticas-arvores-crescendo-florestas-tropicais.htm" target="_blank">imponentes árvores de mudanças climáticas extremas</a>, queimadas frequentes e interferência humana.Além de resistir a temperaturas de até −5 °C, o Wollemi consegue rebrotar após incêndios, pois, além de se reproduzir por sementes, o pinheiro também se propaga por brotos clonais que nascem de sua base. Essa reprodução dual pode ser o segredo pelo qual um mesmo indivíduo consegue sobreviver por séculos ou milênios, mesmo que partes dele morram ao longo do tempo.&nbsp;Logo após a descoberta, botânicos australianos criaram um plano sigiloso para proteger os exemplares selvagens. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/cientistas-revivem-arvore-biblica-com-semente-de-mil-anos-achada-na-judeia" target="_blank">Amostras de sementes e de tecidos foram coletadas </a>para cultivo em viveiros sob controle rigoroso. Além disso, mudas clonadas têm sido disponibilizadas desde os anos 2000, para popularizar a árvore como planta ornamental e conservá-la via horticultura.<h2>Como os cientistas estão protegendo as árvores de dinossauros remanescentes?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12115450867132.jpg" alt="imagem-mostra-uma-pessoa-carregando-uma-muda-de-arvore.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12115450883133.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12115450867131.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12115450961135.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12115450883134.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Conservacionistas distribuíram uma metacoleção de Wollemi em diversos jardins botânicos do mundo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Apesar de imponentes, com suas cascas sulcadas e ásperas e podendo atingir até 40 m de altura, os Wollemi foram classificados, desde sua redescoberta, como espécie criticamente ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o que ressalta sua importância científica e sua extrema raridade no mundo natural.Os 100 espécimes remanescentes na natureza sobreviveram por muito pouco aos devastadores incêndios florestais de 2019-2020 na Austrália, que consumiram mais de 10 milhões de hectares de terra. Ou seja, após sobreviver ao aquecimento do Jurássico, ao resfriamento do Cretáceo e ao impacto do asteroide, o Wollemi quase sucumbiu às mudanças climáticas atuais.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/estamos-mesmo-passando-por-uma-6-extincao-em-massa" target="_blank">Estamos mesmo passando por uma sexta extinção em massa?</a></li></ul>Por isso, os conservacionistas decidiram criar uma "metacoleção", uma rede coordenada de mudas clonadas em diversos jardins botânicos ao redor do mundo. As iniciativas já começaram a dar frutos, literalmente: um casal na Inglaterra testemunhou, em 2010, sua árvore produzir tanto cones masculinos quanto femininos, o que lhes permitiu germinar algumas sementes pela primeira vez.Que tal cultivar sua própria "árvore de dinossauros"? Vai que algum cientista realmente consiga trazer de volta um daqueles répteis gigantes, e você já tenha algo no quintal para alimentá-los! Para ir se preparando, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400978-clonar-o-passado-conheca-6-animais-extintos-que-os-cientistas-buscam-reviver.htm" target="_blank">conheça seis animais extintos que os cientistas estão tentando clonar</a>.

Conheça o Wollemi, árvore dos dinossauros que tem “parentes” no Brasil

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Uma bactéria que vive em águas salinas foi adaptada geneticamente para decompor 5 tipos de poluentes orgânicos simultaneamente.

Desde que as primeiras indústrias petroquímicas começaram a se desenvolver no final do século 19, houve uma verdadeira explosão na criação de novos compostos: plásticos, pesticidas sintéticos, solventes industriais, PCBs, retardantes de chama, CFCs, entre outros. A partir daí, águas residuais industriais, poluição por petróleo e contaminação por plástico se tornaram ameaças à saúde e integridade dos ecossistemas marinhos em todo o mundo,O grande problema da poluição ambiental é que a velocidade com que criamos muitas substâncias químicas novas (que nunca existiram antes na natureza) é muito maior do que a natureza consegue se adaptar para degradá-las. Produzidos de forma alarmante, esses poluentes são venenosos, causam danos genéticos e não desaparecem facilmente do ambiente.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/larvas-que-comem-plastico-mostram-como-combater-a-poluicao-ambiental" target="_blank">Larvas que comem plástico mostram como combater a poluição ambiental</a></li></ul>Embora diversas bactérias tenham, recentemente, desenvolvido a capacidade de neutralizar esses contaminantes industriais e plásticos, seu uso tem sido limitado pela complexidade dos poluentes orgânicos e pela baixa tolerância desses microrganismos a ambientes salinos. Agora, uma equipe de pesquisa chinesa desenvolveu uma nova cepa bacteriana capaz de decompor cinco tipos de poluentes ao mesmo tempo.&nbsp;<h2>Escolhendo a bactéria ideal para decompor resíduos industriais</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09114550364117.jpg" alt="GettyImages-499085898.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09114550724118.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09114551208120.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09114551208119.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09114551270121.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A a Vibrio natriegens duplica suas populações em apenas dez minutos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)&nbsp;</figcaption></figure>Publicado recentemente na revista Nature, o estudo partiu do princípio que grande parte da contaminação industrial com moléculas orgânicas tóxicas está concentrada em água salobra ou salgada. Para sobreviver nessas condições os pesquisadores de Shenzhen testaram várias bactérias, até identificar a Vibrio natriegens como a mais promissora para o projeto.Embora tenha demonstrado uma notável taxa de duplicação em apenas dez minutos, a espécie teve que ser modificada para se tornar mais manipulável geneticamente. Após essa regulação, os autores estudaram o DNA<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/234153-bacterias-modificadas-capazes-reciclar-gases-industriais.htm" target="_blank"> de outros micróbios que já conseguiam quebrar poluentes industriais</a>. Eles descobriram que esses micróbios têm grupos de 3 a 11 genes especiais que funcionam juntos.&nbsp;Cada grupo de genes produz um conjunto de enzimas (proteínas especiais) que atuam em equipe para quebrar um tipo específico de poluente. Como esses genes ficam agrupados no DNA, a bactéria consegue ativar ou desativar toda essa ‘equipe’ de uma vez, conforme a necessidade. A equipe então sintetizou nove clusters gênicos e os adaptaram para funcionar em diferentes linhagens da V. natriegens.<h2>O teste das bactérias geneticamente modificadas</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09115021778127.jpg" alt="GettyImages-1396964668.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09115021794128.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09115022034130.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09115022110131.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09115022034129.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A cepa modificada foi testada em águas residuais e solo contaminado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Ao inserir clusters genéticos de uma levedura na V. natriegens, os cientistas criaram cepas capazes de degradar poluentes como benzeno, tolueno e naftaleno. Testes iniciais mostraram que cinco dos nove grupos funcionaram, decompondo bifenil, fenol, naftaleno, DBF e tolueno. Em seguida, os pesquisadores combinaram esses clusters em uma única cepa, que em dois dias removeu até 100% do naftaleno e quase todo o tolueno em soluções controladas.Essa cepa modificada foi depois testada em águas residuais e solo contaminado, e eliminou mais de 95% da maioria dos químicos e 80% do fenol. Há, no entanto, algumas limitações: a bactéria não degrada todos os poluentes, depende de ambientes salinos para crescer e não metaboliza os subprodutos da degradação, deixando resíduos menos tóxicos. Além disso, sem estar cercada por poluentes o tempo todo, a bactéria pode parar de usar os clusteres gênicos.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403447-a-perigosa-conexao-entre-os-microplasticos-e-as-superbacterias.htm" target="_blank">A perigosa conexão entre os microplásticos e as superbactérias</a></li></ul>Ainda assim, o estudo demonstra o potencial de bactérias geneticamente adaptadas na biorremediação. Mas, para que essa tecnologia funcione de forma duradoura e eficiente, é preciso que a bactéria “tire proveito” do que está degradando, ou seja, use os poluentes que está quebrando como fonte de energia ou nutrientes. Impressionado com o potencial para combater a poluição?Compartilhe esta matéria e divulgue nas redes sociais iniciativas de pesquisa em biorremediação. Mudança começa com inovação, mas só avança com ação coletiva. Conheça também <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401721-ozempic-natural-bacteria-intestinal-regula-acucar-no-sangue-e-apetite.htm" target="_blank">a “bactéria-ozempic”, que regula o açúcar no sangue e o apetite naturalmente</a>. &nbsp;

Bactérias geneticamente modificadas quebram 5 poluentes industriais tóxicos

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As amígdalas cerebrais estão diretamente envolvidas no processamento e na regulação de emoções, especialmente as relacionadas a medo, prazer e alerta

As amígdalas cerebrais, localizadas no interior dos lobos temporais, compõem uma parte essencial do sistema límbico e estão diretamente envolvidas no processamento e na regulação de emoções, especialmente as relacionadas a medo, prazer e alerta. Sua função primordial está na atribuição de valor afetivo aos estímulos que recebemos do ambiente, sendo um dos principais núcleos cerebrais na modulação da memória emocional.Diferentemente do hipocampo, que organiza e consolida memórias declarativas, as amígdalas selecionam, com base em critérios evolutivos, quais experiências devem ser emocionalmente marcadas e, portanto, retidas como relevantes para a sobrevivência ou para o comportamento social adaptativo. Elas operam como um filtro neurobiológico, sinalizando ao cérebro quais eventos devem ser reforçados na memória e quais podem ser descartados, mesmo que inicialmente pareçam intensos.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260211-atividade-cerebral-indicar-tendencia-estresse-pos-traumatico.htm" target="_blank">Atividade cerebral pode indicar tendência para o estresse pós-traumático</a></li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07152549492361.jpg" alt="GettyImages-2170281060.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07152549602364.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07152549570362.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07152549586363.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07152549602365.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Esse processo explica por que muitas pessoas esquecem com relativa rapidez determinadas experiências emocionalmente intensas, como um espetáculo musical. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2>Por que esquecemos momentos intensos?</h2>Esse processo explica por que muitas pessoas esquecem com relativa rapidez determinadas experiências emocionalmente intensas, como um espetáculo musical. Embora o evento seja envolvente e provoque excitação sensorial, o cérebro pode classificá-lo como não essencial do ponto de vista funcional ou adaptativo.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/236935-voce-introvertido-veja-psicologia-diz-o-assunto.htm" target="_blank">Você é introvertido? Veja o que a psicologia diz sobre o assunto</a></li></ul>A ausência de uma ameaça real ou de um significado pessoal profundo reduz o envolvimento de circuitos de consolidação prolongada, levando à formação de uma memória frágil ou superficial. Esse é um exemplo de economia sináptica, uma estratégia cerebral que prioriza a retenção de experiências com maior potencial de impacto para decisões futuras.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07153005503366.jpg" alt="GettyImages-1359176290.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07153005519367.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07153005581369.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07153005566368.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07153005706370.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A compreensão do papel seletivo das amígdalas ajuda a interpretar por que o cérebro humano não retém tudo o que sente. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2>O que é realmente útil (para o cérebro)?</h2>Neuroimagens funcionais demonstram que a ativação das amígdalas se intensifica quando o indivíduo vivencia emoções fortes associadas a estímulos relevantes. No entanto, a retenção dessas memórias depende da interação com outras estruturas, como o córtex pré-frontal medial e o hipocampo.Essa dinâmica revela que não basta um estímulo emocional isolado para garantir que a experiência seja registrada com profundidade. É necessário que o cérebro perceba o conteúdo como útil, seja para proteção, aprendizado ou estruturação da identidade.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402559-inseguranca-excessiva-e-tdah-a-influencia-da-neurociencia-na-atencao-e-nos-processos-cognitivos.htm" target="_blank">Insegurança excessiva e TDAH: a influência da neurociência na atenção e nos processos cognitivos</a></li></ul>A compreensão do papel seletivo das amígdalas ajuda a interpretar por que o cérebro humano não retém tudo o que sente. Esquecer certos episódios intensos não é um sinal de falha da memória, mas sim uma demonstração de que o sistema nervoso prioriza a eficiência e não a saturação. Nesse sentido, o esquecimento de um show pode representar uma resposta adaptativa normal, e não um déficit cognitivo.

O que são e para que servem as amígdalas cerebrais?

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Para o cientista, a luta entre homem e gorila reflete modos distintos de conquistar a natureza: pela dominação ou pela harmonia.

Embora estejamos acostumados a bizarrices na internet, sempre surgem alguns temas que capturam o imaginário, a tara por brigas e até mesmo a insegurança das pessoas, principalmente o público masculino jovem. É o caso da pergunta hipotética, que tomou conta do Reddit, TikTok, YouTube e Instagram: quem venceria uma luta sem regras entre 100 homens comuns e um gorila macho adulto?A questão, que surgiu originalmente em 2020 no subreddit r/whowouldwin, retornou com força em um post recente, que viralizou na plataforma X, acumulando centenas de milhões de visualizações, e gerando acalorados debates nas redes sociais. Mesmo reconhecendo se tratar de uma pergunta que não precisamos responder, um especialista em geocronologia e geoquímica resolveu “entrar na briga”.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/277192-evolucao-neandertais-sapiens-mesmo-especies-diferentes-entenda.htm" target="_blank">Neandertais e Homo sapiens são mesmo espécies diferentes?&nbsp;</a></li></ul>Professor na Southern Cross University, na Austrália, Renaud Joannes-Boyau publicou um artigo no The Conversation, onde cria algumas questões de pesquisa, para formular hipóteses. Quais são os pontos fortes da espécie humana? O que sacrificamos evolutivamente? Será que um “primo” distante, como o gorila, poderoso (mas ameaçado de extinção) teria algo a nos ensinar?<h2>Gorilas X humanos: pontos fortes e pontos fracos de dois parentes</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06110631434010.jpg" alt="GettyImages-500143519.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06110631653011.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06110631887014.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06110631840013.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06110631840012.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Sob o ponto de vista evolutivo, a luta entre homens e gorila seria um confronto entre parentes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Sob a ótica da evolução, o hipotético confronto entre 100 homens e 1 gorila seria um combate entre parentes próximos, pois somos também classificados como grandes símios, com os gorilas compartilhando 98,4% do nosso DNA. Embora tivéssemos, há 10 milhões de anos, um ancestral comum, o fato é que seguimos cominhos evolutivos separados, mas ainda dividimos algumas características como polegares opositores, expressões faciais e comportamentos sociais.&nbsp;Contudo, os gorilas nos superam consideravelmente em termos de força bruta. Um macho adulto pode pesar mais de 160 kg e levantar cerca de uma tonelada facilmente. Além da força impressionante, os gorilas são resistentes, inteligentes, sociais, e capazes de usar linguagem de sinais, demonstrar empatia e comunicar-se por meio de diversos meios como vocalizações, gestos e batidas no peito.Os humanos, por sua vez, compensam sua fraqueza física <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402062-o-que-torna-o-cerebro-humano-unico-a-ciencia-responde.htm" target="_blank">com cérebros proporcionalmente três vezes maiores que os dos gorilas</a>. A nossa vantagem se baseia na adaptabilidade, cooperação em grandes grupos e transmissão de conhecimento complexo entre gerações. Assim, nossa evolução nos tornou uma espécie extremamente versátil, estratégica e perigosa, priorizando a complexidade cultural e tecnológica sobre a força bruta.<h2>Afinal, quem ganharia essa briga entre grandes símios?</h2><div class="raw-html-embed"><iframe width="665" height="374" src="https://www.youtube.com/embed/cE_B5NRDfCY" title="100 men vs 1 Gorilla 3D Animation" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Logicamente, “no braço”, a briga seria desigual, pois um gorila possui uma vantagem física literalmente esmagadora, sendo capaz de causar danos severos a um humano com um mínimo esforço. Com uma só mão, o gigante das florestas poderia nos transformar em uma massa disforme com a mesma facilidade com que amassamos uma folha de papel.&nbsp;A questão aqui é que se trata de uma luta sem regras e, embora possamos sofrer muitas derrotas por termos evoluído em áreas mais refinadas, certamente venceríamos no fim, afirma Joannes-Boyau. Afinal, dominamos o planeta, alteramos ecossistemas e fomos ao espaço. Já os gorilas representam outro tipo de vitória: força serena, harmonia com a natureza e convivência sustentável com o meio ambiente. Só que estão à beira da extinção.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/gorilas-se-automedicam-com-plantas-de-reconhecido-efeito-antibacteriano" target="_blank">Gorilas se automedicam com plantas de reconhecido efeito antibacteriano</a></li></ul>Em entrevista ao The Washington Post, a especialista em gorilas e presidente do Fundo Dian Fossey para Gorilas, Tara Stoinski, lembra que, apesar de grandes, fortes e agressivos sob algumas circuntâncias, os gorilas machos são criaturas gentis que gostam de passar tempo com suas famílias. “Nosso fascínio em lutar contra eles até a morte pode dizer mais sobre nós do que sobre eles”, conclui a especialista em biologia animal.Compartilhe este texto nas redes sociais, e ajude a trazer o assunto para o campo científico. Talvez a verdadeira mensagem não seja quem vence a luta, mas como cada espécie chegou até aqui. Veja <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114343-gorila-robo-espiao-captura-imagens-de-gorilas-das-montanhas-cantando.htm" target="_blank">imagens de gorilas-das-montanhas cantando em vídeo capturado por robô</a>.

Quem ganharia uma briga entre 100 homens e 1 gorila? Um cientista responde

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Discreta e tímida, a lula-colossal ainda não havia sido flagrada de maneira natural por cientistas, que buscam compreendê-la melhor.

A lula-colossal (Mesonychoteuthis hamiltoni), provavelmente a maior espécie conhecida desse animal, parece ter saído de uma obra de ficção, mas, na realidade, ela é muito real. Porém, o bicho vive envolto por mistério por ser bastante elusivo — ele nunca havia sido flagrado vivo em seu habitat. Até agora.Uma equipe de pesquisadores conseguiu captar imagens de uma jovem lula-colossal a 600 metros de profundidade, próxima da ilha Sandwich do Sul, no sul do oceano Atlântico. Para isso, eles usaram um pequeno submarino operado remotamente chamado SuBastian.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121227-a-expedicao-que-encontrou-a-lula-gigante-o-kraken-da-vida-real.htm" target="_blank">A expedição que encontrou a lula-gigante, o Kraken da vida real</a></li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812652010.jpg" alt="FKt250220-S0802-20250309T094828Z-Colossal_Squid-LOGO-ss_115602 .jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812667011.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812730018.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812714016.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812714017.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>As lulas-colossais, quando mais jovens, possuem o corpo transparente e vão ficando mais opacas com o tempo. (Fonte: Schmidt Ocean Institute/Divulgação)</figcaption></figure><h2>Como a lula-colossal foi descoberta?</h2><ul><li>A primeira identificação de uma lula-colossal aconteceu em 1925;</li><li>Cientistas encontraram partes de seus tentáculos na barriga de uma baleia;</li><li>O tamanho dos tentáculos causou furor na comunidade científica;</li><li>Décadas depois, somente em 1981, um espécime completo foi encontrado;</li><li>O maior indivíduo já encontrado pesava quase 500 kg e está exposto no museu Te Papa Tongarewa, na Nova Zelândia.</li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812980021.jpg" alt="FKt250110-Dive782-20250126T065721Z-GaliteuthisGlacialis-LOGO-ss_113301 .jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812964020.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114813073022.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114813073023.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114813073024.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>“É emocionante ver a primeira filmagem in situ de uma lula-colossal jovem". (Fonte: Schmidt Ocean Institute/Divulgação)</figcaption></figure><h2>Como a pesquisa encontrou a lula-colossal?</h2>A descoberta da lula-colossal viva se deu durante uma expedição de 35 dias realizada pelo Schmidt Ocean Institute no último mês de março. Apesar de adultos chegarem a ter até 6 metros de comprimento, a jovem que foi registrada tinha apenas cerca de 30 cm.“É emocionante ver a primeira filmagem in situ de uma lula-colossal jovem e pensar que eles não fazem ideia da existência de humanos nos faz mais humildes”, disse a Dra. Kat Bolstad, bióloga de cefalópodes da Universidade de Tecnologia de Auckland. “Por 100 anos, nós as encontramos principalmente como presas em estômagos de baleias e aves marinhas e como predadores de peixes-marinhos capturados”, ela explicou.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812605006.jpg" alt="FKt250220-S0802-20250309T094828Z-Colossal_Squid-LOGO-ss_115814 .jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812542005.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812652009.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812667012.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/30/30114812636008.jpg 1000w," sizes="100vw">As imagens vão servir como guia para que cientistas compreendam melhor o comportamento da lula-colossal, mas já sabemos que elas, quando mais jovens, possuem o corpo transparente e vão ficando mais opacas com o tempo.<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon-com-ate-80-off.htm?ab=true&amp;" target="_blank">Economize em milhares de livros aplicando o cupom Amazon em suas compras!</a>&nbsp;</li></ul>“Felizmente, captamos imagens de alta resolução dessa criatura o suficiente para permitir que especialistas, que não estavam no navio, identificassem a espécie”, concluiu a diretora-executiva do Schmidt Ocean Institute, a Dra. Jyotika Virmani. &nbsp;

Misteriosa lula-colossal é vista viva pela primeira vez em seu habitat; veja imagens

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Testado com sucesso em camundongos, o método pode se tornar uma nova opção para tratar a degeneração macular.

A cegueira causada pela degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e outros problemas oculares pode um dia ser revertida com a injeção de nanopartículas de ouro na retina. É o que sugere um estudo liderado por pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, publicado no final de março.Testado com sucesso em camundongos, o tratamento inovador utiliza pedaços microscópicos de ouro, milhares de vezes mais finos que um fio de cabelo humano, misturados com anticorpos. A combinação é injetada na câmara vítrea, que fica entre o cristalino e a retina e tem papel essencial na manutenção da forma do olho e na transmissão da luz.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/224990-doencas-oculares-aumentam-risco-desenvolver-demencia-entenda.htm">Doenças oculares podem aumentar risco de desenvolver demência; entenda</a></li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/24/24121232782218.jpg" alt="restaurando-a-visao-com-ouro-1.webp" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/24/24121232813219.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/24/24121232875221.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/24/24121232875220.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>Os testes do sistema com camundongos se mostraram promissores. (Imagem: ACS Nano/Reprodução)</figcaption></figure>O passo seguinte envolve o uso de um pequeno dispositivo a laser, que aquece levemente as nanopartículas de ouro, estimulando a ativação de células oculares específicas. O processo, que imita a estimulação natural dos pulsos fotorreceptores, tem potencial para restaurar a visão perdida, de acordo com os autores.“Acreditamos que esta técnica pode transformar os paradigmas de tratamento para <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263793-terapia-genetica-restaura-visao-perdida-doencas-degenerativas.htm">doenças degenerativas</a> da retina”, afirmou a pesquisadora de pós-doutorado do Instituto Nacional de Saúde (NIH), Jiarui Nie, em comunicado divulgado pela Universidade Brown. Ela chefiou a equipe de especialistas.<h2>Restaurando a visão com ouro</h2>Durante o experimento, os cientistas injetaram a solução na cavidade ocular de camundongos com danos na retina e usaram um laser adaptado para a estimulação das nanopartículas. Por meio de sondas especiais, eles confirmaram que o processo gerou atividade cerebral no <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402271-como-o-nosso-cerebro-processa-tempo-e-espaco.htm">córtex visual</a> dos animais.O resultado indica que a informação visual estava chegando ao cérebro e sendo processada lá, o que não acontecia anteriormente. Isso sugere a reversão da cegueira, pelo menos em parte, demonstrando a potencial aplicação de um método semelhante em humanos.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294367-concorrente-neuralink-restaura-visao-pessoas-cegas-chip-retina.htm">Concorrente da Neuralink restaura visão de pessoas cegas com chip na retina</a></li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/24/24121232594214.jpg" alt="restaurando-a-visao-com-ouro-2.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/24/24121232610215.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/24/24121232641217.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/24/24121232641216.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>A abordagem ainda não foi experimentada em humanos. (Imagem: Universidade Brown/Divulgação)</figcaption></figure>A pesquisa também verificou a segurança da técnica, com a observação de marcadores metabólicos em busca de sinais de inflamação ou toxicidade. E a boa notícia é que os camundongos não apresentaram efeitos colaterais graves, conforme o artigo.Além disso, a abordagem traz vantagens em relação a tratamentos convencionais para DMRI e outras <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/238916-nistagmo-doenca-olhos-que-limita-visao.htm">doenças oculares</a>, como a retinite pigmentosa. Menos invasiva, a terapia com nanopartículas de ouro não depende de cirurgia nem de grandes implantes na parte interna do olho e ainda pode cobrir um campo de visão mais amplo.<h2>O que é degeneração macular?</h2>Uma das causas mais comuns da perda da visão central em idosos, a condição afeta a mácula, área central da retina responsável pela visão de detalhes e cores. O principal fator de risco é o envelhecimento, mas ela também pode estar associada a doenças metabólicas e circulatórias, tabagismo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402395-quando-a-noite-nao-existe-a-ciencia-do-sol-da-meia-noite.htm">exposição ao Sol</a> e hábitos alimentares.Embaçamento da visão central, distorção visual e mancha fixa no centro da visão são os principais sintomas da doença que não leva à <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150911-cientistas-tentam-tratar-cegueira-tecnica-crispr.htm">cegueira total</a>, embora cause grande prejuízo visual. O tratamento para retardar a progressão e preservar a visão pode incluir suplementos nutricionais e antioxidantes, medicamentos intravítreos ou terapia a laser.Caso o novo método se mostre adequado para humanos, o que exigirá uma maior quantidade de testes, o sistema poderá ser montado em óculos. Câmeras integradas a eles coletariam imagens do ambiente e as usariam para acionar a padronização do laser, com o dispositivo estimulando as nanopartículas na retina para restaurar a visão.<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/236728-glaucoma-diabetes-levar-cegueira-saiba.htm">Glaucoma e diabetes podem levar à cegueira; saiba mais</a></li></ul>“Este é um novo tipo de prótese retiniana que tem o potencial de restaurar a visão perdida devido à degeneração retiniana sem a necessidade de qualquer tipo de cirurgia complexa ou modificação genética”, apontou Nie.Curtiu o conteúdo? Não se esqueça de compartilhar a notícia com os amigos e interaja com a gente nas redes sociais do TecMundo.

Injeções de ouro nos olhos: tratamento promete reverter cegueira com nanopartículas

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Tendo suas células cone estimuladas seletivamente por laser, os cinco participantes do estudo conseguiram enxergar uma cor totalmente inédita até hoje.

Considerada por especialistas como uma façanha tecnológica jamais vista (literalmente), uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia afirma ter tornado visível uma cor inédita, por meio de modificações nos fotorreceptores humanos. No experimento, cinco participantes receberam disparos de laser em seus olhos, e testemunharam uma cor azul-esverdeada chamada pelos autores do estudo de “olo”.&nbsp;Em uma entrevista recente ao programa “Today” da BBC Radio 4, o líder da equipe e coautor, Ren Ng, que foi um dos cinco participantes da experiência, afirmou que o “olo” era "mais saturado que qualquer cor que você pode ver no mundo real". A percepção foi obtida após um pulso de laser disparado na pupila de um olho de cada participante.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274949-povos-antigos-enxergavam-cor-azul-descubra.htm" target="_blank">Os povos antigos enxergavam a cor azul?</a></li></ul>"Digamos que você dê uma volta a vida inteira e veja apenas rosa, rosa bebê, um rosa pastel", disse ele aos ouvintes da emissora. "E então um dia você vai ao escritório, e alguém está vestindo uma camisa, e é o rosa bebê mais intenso que você já viu, e eles dizem que é uma nova cor, e nós a chamamos de vermelho", explicou.<h2>Produzindo a experiência de uma nova cor</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23115303818276.jpg" alt="b19158f922744397a2d741a8f4e1f8c7jsls1VJcfOdNs7ht-0.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23115303975278.jpg 190w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23115303959277.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23115303975279.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23115303975280.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Visão geral do princípio e do protótipo do sistema. (Fonte: James Fonge et al., ScienceAdvances, 2025/Divulgação)</figcaption></figure>Publicado na revista ScienceAdvances, o estudo apresenta um princípio chamado Oz, “para a exibição de imagens coloridas: controlar diretamente a atividade fotorreceptora do olho humano por meio da entrega de luz célula a célula”. Trata-se de um dispositivo com espelhos, lasers e dispositivos ópticos, projetado por alguns dos autores, e atualizados para este estudo.Palco biológico da experiência, a retina é a camada sensível localizada na parte posterior do olho, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128859-sensibilidade-as-cores-diminui-conforme-envelhecemos-diz-estudo.htm" target="_blank">que converte a luz em sinais elétricos transmitidos ao cérebro pelo nervo óptico, para possibilitar a visão</a>. Nessa estrutura, há três tipos de células cone, cada uma sensível a comprimentos de onda específicos: S (azul), L (vermelho) e M (verde).Na experiência da cor “olo”, os pesquisadores usaram laser para estimular os cones M, fenômeno impossível na visão natural, na qual a estimulação de um cone sempre afeta os outros devido à sobreposição funcional. Produzido artificialmente, o estímulo mandou ao cérebro um sinal inédito de cor, com percepção registrada pelos participantes em um mostrador colorido, para atestar a coincidência com a nova cor.<h2>Contestações e aplicações práticas da produção de cores na retina</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23120417090291.jpg" alt="GettyImages-1273819392.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23120417106292.jpg 227w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23120417121293.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23120417137294.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23120417153295.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A nova pesquisa poderia beneficiar pessoas daltônicas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Como acontece com todas as experiências revolucionárias, esta também produziu alguns “olocéticos”, como o cientista da visão John Barbur, da City St George’s, University of London. Para o especialista, a propagada nova cor não passa de “um verde mais saturado que só pode ser produzido em um sujeito com mecanismo cromático vermelho-verde normal quando a única entrada vem dos cones M”.&nbsp;Ele argumenta que se, por exemplo, os glóbulos do cone vermelho (L) fossem estimulados, as pessoas "perceberiam um vermelho profundo". Em vez de nova cor, a percepção do "olo" segue os mesmos princípios neurológicos básicos de como percebemos outras cores, ou seja, é só um padrão de ativação dos fotorreceptores que nosso cérebro nunca experimentou antes, de forma natural.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/233175-veja-descobrir-cartela-cores-online-gratuitamente.htm" target="_blank">Veja como descobrir sua cartela de cores online gratuitamente</a></li></ul>Em defesa do “olo”, o professor Ng admite, a princípio, que a nova cor é "certamente muito difícil tecnicamente" de ver, pois demanda equipamento especializado. Mas ele também aponta uma possível aplicação prática desta pesquisa: a tecnologia e os princípios descobertos poderiam potencialmente beneficiar pessoas daltônicas, criando novas formas de corrigir ou compensar deficiências na visão de cores.O que você acha do “olo”? É realmente uma nova cor ou uma percepção customizada para algumas pessoas? Comente o assunto nas redes sociais, e aproveite para compartilhar a matéria com amigos e seguidores. E, por falar em cor, <a href="https://www.tecmundo.com.br/mito-ou-verdade/20349-mito-ou-verdade-o-sol-e-amarelo-.htm" target="_blank">é verdade que o Sol é amarelo?</a>

Cor jamais vista pelo olho humano é mostrada a 5 pessoas em laboratório

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Um novo estudo sugere a possível presença de indícios de vida no exoplaneta K2-18b; entenda as implicações dessa detecção.

Nos últimos dias, um estudo publicado na revista científica The Astrophysical Journal Letters sugeriu a presença de um possível indicador de vida no exoplaneta K2-18b, localizado a aproximadamente 124 anos-luz da Terra.Os dados sugerem sinais de DMS ou de uma molécula semelhante, como o DMDS, compostos químicos que são produzidos por organismos vivos — na Terra, os fitoplânctons são os maiores produtores de DMS. Mas será que isso confirma a existência de vida fora da Terra?<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/280497-inteligencias-artificiais-ajudando-busca-vida-extraterrestre.htm" target="_blank">Inteligências artificiais estão ajudando na busca por vida extraterrestre; entenda</a></li></ul>Em uma publicação no site&nbsp;The Conversation, o professor de astronomia e ciências planetárias Daniel Apai afirma que os dados são consistentes e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404049-k2-18b-indicios-de-vida-em-exoplaneta-sao-os-mais-fortes-ja-descobertos.htm" target="_blank">indicam a possível presença de DMS em K2-18b</a>, ou uma molécula semelhante. Acontece que esse é mais um estudo que aponta para essa hipótese, reforçando outros dados anteriores.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/EJU-Rj53BQk?si=GawaHcWq8bDPvxoJ" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>No artigo recente, os pesquisadores reforçam que ainda existem dúvidas em relação aos dados, mas que essas incertezas não parecem responsáveis por interferências na interpretação de que seja DMS. Apesar de reforçar a ideia de que talvez exista vida em K2-18b, os cientistas ainda precisam compreender melhor o exoplaneta.“[Neste estudo] relatamos novas evidências independentes da presença de DMS e/ou DMDS na atmosfera, com significância de 3σ, indicando alta abundância de pelo menos uma das duas moléculas. No entanto, são necessárias mais observações para aumentar a robustez dos resultados e resolver a ambiguidade entre DMS e DMDS”, o estudo descreve.<h2>K2-18b: um planeta com água e vida?</h2>Até agora, a ciência compreende que K2-18b é aproximadamente oito vezes mais massivo do que a Terra. Por isso, os cientistas acreditam que o exoplaneta pode ter metade da densidade terrestre e muito mais água.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22131935884200.jpg" alt="a-ilustracao-mostra-o-exoplaneta-k2-18b" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22131935852199.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22131936009202.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22131936009201.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>K2-18b (ilustração) foi o primeiro planeta descoberto no 18º sistema planetário observado pela missão estendida do Telescópio Espacial Kepler. (Fonte: NASA / CSA / ESA / J. Olmsted / N. Madhusudhan)</figcaption></figure>Caso essa informação seja confirmada, K2-18b poderia ser um mundo hiceano, um tipo de planeta com oceanos profundos cobertos por uma espessa atmosfera de hidrogênio. Os dados observados são compatíveis com essas características, mas existem outras possibilidades.Algumas hipóteses sugerem que K2-18b pode ser um exoplaneta do tipo mini-Netuno ou um anão gasoso:<ul><li>Mini-Netuno: no primeiro caso, ele seria um planeta menor que Netuno, mas com características semelhantes em relação ao gigante gelado;</li><li>Anão gasoso: já na hipótese do anão gasoso, seria um corpo celeste rochoso, sem água e com uma atmosfera rica em hidrogênio.</li></ul>O problema dessas duas últimas hipóteses é que elas não oferecem condições favoráveis à vida. Ou seja, caso a presença de dimetilsulfeto seja confirmada, é mais provável que o exoplaneta seja um mundo hiceano.&nbsp;De qualquer forma, ainda são necessárias mais observações e coletas de dados; seja para confirmar esse possível sinal de DMS ou para mostrar outros caminhos.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272239-vida-extraterrestre-encontrada-65-anos-luz-terra-propoe-estudo.htm" target="_blank">Vida extraterrestre pode ser encontrada a 65 anos-luz da Terra, propõe estudo</a></li></ul>"Os resultados também destacam a necessidade de mais estudos experimentais e teóricos para determinar seções de choque precisas de gases bioassinatura importantes e identificar possíveis fontes abióticas. Discutimos as implicações das descobertas atuais para a possibilidade de atividade biológica em K2-18b", o resumo do estudo conclui.A busca por vida fora da Terra tem ligação direta com a análise de certos elementos químicos em planetas distantes. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403357-bioassinaturas-as-pistas-ate-a-descoberta-da-vida-extraterrestre.htm" target="_blank">Entenda o que são bioassinaturas: as pistas até a descoberta da vida extraterrestre</a>. Até a próxima!

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Existe mesmo vida em K2-18b? Entenda os possíveis indícios biológicos no exoplaneta

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Os continentes se movem por causa do deslocamento das placas tectônicas. Mas qual deles se movimenta mais rápido que os demais?

A Terra possui uma crosta dividida em várias placas tectônicas, que flutuam livremente sobre o manto e influenciam diretamente o movimento dos continentes. Mas você sabe qual é a placa que se move mais rápido no planeta?Há milhões de anos, todos os continentes formavam um único bloco de terra chamado Pangeia. Com o passar do tempo, o movimento dessas placas separou os continentes, até que eles alcançaram a disposição atual. No Brasil, consideramos que a Terra possui seis continentes: América, África, Europa, Ásia, Oceania e Antártida.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294780-africa-partindo-ciencia-responde.htm" target="_blank">Por que a África está se partindo? A ciência responde!</a></li></ul>Nos Estados Unidos e em países ingleses, são considerados sete continentes: África, América do Norte, América do Sul, Antártida, Ásia, Europa e Austrália.Se analisarmos nessa visão, podemos dizer que a Austrália é o continente que se move mais rapidamente. Cientistas estimam que sua velocidade de deslocamento é de aproximadamente sete centímetros por ano, enquanto os demais continentes costumam se mover cerca de 1,5 centímetro por ano.A placa tectônica também é chamada de indo-australiana, pois abrange o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/278227-continente-perdido-atlantida-descoberto-australia-estudo.htm" target="_blank">território continental da Austrália</a>, a Tasmânia, partes da Nova Zelândia, da Nova Guiné e do Oceano Índico. Até 2017, a Austrália usava as mesmas coordenadas geográficas em seus mapas desde 1994. No entanto, foi necessário atualizá-las após detectar um deslocamento de 1,6 metro causado pelo movimento da placa.“O movimento das placas é possível porque a fronteira entre a litosfera e a astenosfera é uma zona de desprendimento. À medida que as placas litosféricas se deslocam pela superfície da Terra, impulsionadas por forças ainda não totalmente compreendidas, elas interagem entre si nas suas bordas, divergindo, convergindo ou deslizando umas em relação às outras”, a enciclopédia Britannica descreve.<h2>Continente mais rápido</h2>Apesar de todas as placas tectônicas apresentarem movimentações, cada uma se desloca em velocidades diferentes. Um estudo publicado na revista científica Earth and Planetary Science Letters indica que a placa indo-australiana pode se mover até 8,5 centímetros por ano, enquanto as placas mais lentas avançam entre 2,6 e 2,8 centímetros anualmente.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16085842907016.jpg" alt="a-ilustração-apresenta-as-placas-tectonicas-da-Terra" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16085842844014.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16085842922017.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16085842891015.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16085842938018.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Especialistas sugerem que a maioria das placas tectônicas (imagem) se movimenta na mesma velocidade do crescimento das unhas em seres humanos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Normalmente, os cientistas medem esse deslocamento por meio de sistemas de GPS via satélite. Porém, também existem métodos que analisam rochas do fundo do oceano, que possuem informações sobre as inversões do campo magnético da Terra. Com base na duração aproximada dessas inversões, é possível calcular a taxa média de movimentação das placas tectônicas.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287893-terra-tem-seis-continentes-nao-sete-aprendemos-diz-estudo.htm" target="_blank">A Terra tem seis continentes, e não sete como aprendemos, diz estudo</a></li></ul>Em dezenas de milhões de anos, é possível que parte da placa australiana entre em colisão com a placa eurasiana, que fica ao redor do Sudeste Asiático e China. Com esse movimento, provavelmente, as duas deixariam se fundiriam em uma nova placa: a Austrásia.É importante destacar que como essas mudanças são muito pequenas em comparação com o tamanho do planeta, a sociedade não sente essa movimentação.A movimentação dos continentes só é possível graças à dinâmica das placas tectônicas, mas elas não apenas moldam os continentes, pois também explicam terremotos, vulcões e até a formação de montanhas. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274162-pesquisadores-criam-mapa-definitivo-placas-tectonicas-terra.htm">Confira o mapa definitivo das placas tectônicas da Terra</a>. Até a próxima!

Qual é o continente que se move mais rápido? Descubra

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Estudo de cientistas brasileiros sugere que tardígrados podem auxiliar no futuro da sobrevivência dos humanos no espaço.

O tardígrado é um animal microscópico conhecido por sua incrível resistência a ambientes extremos. Também chamado de “urso-d’água”, ele foi o primeiro ser vivo a sobreviver no espaço sem auxílio de instrumentos, com temperaturas extremas e radiação cósmica. E talvez eles também ajudem na sobrevivência dos humanos no espaço.Durante a Conferência de Ciência Lunar e Planetária de 2025, realizada de 10 a 14 de março nos Estados Unidos, um grupo de pesquisadores apresentou um estudo que investiga como os tardígrados podem contribuir para a sobrevivência humana no espaço. Afinal, esses micro-organismos suportam temperaturas extremas, de −271 °C a 150 °C, e níveis de pressões que seriam letais para o corpo humano.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269077-viver-espaco-prejudicar-sistema-imunologico-astronautas.htm" target="_blank">Viver no espaço pode prejudicar o sistema imunológico dos astronautas, diz estudo</a></li></ul>A partir do estudo, os cientistas analisaram as estratégias de sobrevivência dos tardígrados por meio de simulações da dinâmica molecular de uma proteína chamada Dsup. Segundo os pesquisadores, os resultados mostram que essa proteína atua como uma barreira física, ajudando a minimizar os danos causados pela radiação ao DNA.A pesquisa foi realizada pela brasileira Isadora Arantes, embaixadora da NASA e candidata a astronauta, em parceria com o professor Geancarlo Zanatta, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/IxndOd3kmSs?si=qzAS5gF5iPnPB9ka" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Os resultados do estudo podem contribuir para áreas como a astrobiologia e a biotecnologia, com o objetivo de aumentar a resiliência dos seres humanos em ambientes extremos.“Além da Dsup, a pesquisa investiga outras adaptações moleculares cruciais para a sobrevivência em condições extremas. Por exemplo, as proteínas de choque térmico (HSPs) são analisadas por sua função na manutenção da estabilidade das proteínas durante o estresse térmico, enquanto as enzimas antioxidantes são estudadas por seu papel na mitigação dos danos oxidativos causados por esses ambientes hostis”, o estudo descreve.<h2>Tardígrados e humanos no espaço</h2>A proteína Dsup ajuda a prevenir mutações genéticas nos tardígrados, pois minimiza a radiação e reduz seus efeitos nocivos sobre o DNA. O estudo também analisou as proteínas HSPs, que mantêm a estabilidade das proteínas sob estresse térmico, e enzimas antioxidantes, responsáveis por minimizar os danos causados por alta pressão e outros fatores extremos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/17/17090304730006.jpg" alt="a-fotografia-microscópica-mostra-um-tardigrado-real" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/17/17090304261001.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/17/17090304261000.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/17/17090304745009.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/17/17090304651004.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A imagem apresenta uma captura microscópica de um tardígrado. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A ideia do estudo é que, no futuro, outros cientistas utilizem essas informações para entender como aumentar a resistência dos astronautas à radiação, ao clima extremo do espaço e a outras adversidades que afetam a saúde humana em ambientes espaciais.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/247442-voos-espaciais-causar-mutacoes-dna-sugere-estudo.htm" target="_blank">Voos espaciais podem causar mutações de DNA, sugere estudo</a></li></ul>No futuro, os pesquisadores pretendem desenvolver modelos computacionais e realizar novos experimentos para compreender melhor os mecanismos de sobrevivência de animais extremófilos.“Este trabalho destaca a importância dos tardígrados como modelo biológico, não apenas para ampliar nosso conhecimento sobre os limites da vida na Terra, mas também por suas implicações na biotecnologia e na busca por vida no universo”, o estudo descreve.A resistência dos tardígrados a condições extremas está ajudando a ciência a repensar os limites dos humanos fora da Terra. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273397-vida-espaco.htm" target="_blank">Entenda como a vida no espaço pode estar mais perto do que nunca</a>. Até a próxima!

Como tardígrados podem ajudar humanos a sobreviver no espaço?

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A Grande Mancha de Lixo do Pacífico é uma grande massa de plásticos enredados.

A grande mancha de lixo não forma só uma “ilha” boiando nas águas do oceano, mas é hoje uma massa compacta e definida que pode ser observada do espaço.

A Grande Mancha de Lixo do Pacífico (GPGP na sigla em inglês) é uma imensa área de acumulação de lixo marinho localizada no Oceano Pacífico Norte, entre o Havaí e a Califórnia. É formada principalmente por plásticos e outros detritos que são arrastados pelas correntes oceânicas e se concentram naquela região.Em entrevista recente à Popular Science, o líder de modelagem computacional da organização The Ocean Cleanup, Bruno Sainte-Rose, descreve uma viagem de navio, do porto de Victoria, no Canadá, até a chamada “sopa de microplásticos”. Após três dias e meio de navegação no sentido sudoeste, "você vê um aumento de avistamentos de detritos", diz Sainte-Rose.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128541-1-litro-de-agua-pode-abrigar-240-mil-pedacos-de-microplasticos-comprova-estudo.htm" target="_blank">Um litro de água pode abrigar 240 mil pedaços de microplásticos, comprova estudo</a></li></ul>O termo “sopa de microplásticos” é o mais apropriado, segundo o engenheiro aeroespacial, pois a GPGP não é apenas uma “ilha” de resíduos boiando no oceano, mas sim uma massa compacta, claramente vista por satélites ou navios. Como 86% dos plásticos provêm da atividade pesqueira, segundo a Ocean Cleanup, a sopa é pontuada por redes de pesca descartadas ou perdidas.&nbsp;<h2>Por que a Grande Mancha de Lixo não para de crescer?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16110616849202.jpg" alt="4e3950ae704e4e43e5a401c0896fed28Adnb8kcKL4whftIa-0 (1).jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16110616786201.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16110616880204.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16110616849203.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16110616880205.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A GPGP se dividiu em duas: a Ocidental e a Orienta. (Fonte: (Fonte: NOAA/Divulgação)</figcaption></figure>A GPGP começou a ser notada em 1973, quando alguns navegantes perceberam uma quantidade anormal de objetos artificiais no Pacífico Norte. Embora plásticos flutuantes sejam comuns nos oceanos (são 171 trilhões de fragmentos segundo um estudo de 2023), a surpresa foi encontrá-los tão distantes da costa. "A estação espacial internacional está realmente mais próxima da GPGP na maior parte do tempo do que do resto dos seres humanos", diz Sainte-Rose.A massa de plásticos enredados se concentra em uma área remota, envolvida pelo Giro do Pacífico Norte, uma grande corrente oceânica que gira no sentido horário e captura detritos e os move gradualmente pelo oceano. Os vórtices lentos desse giro vão acumulando os resíduos. Hoje a mancha de divide em duas: a Ocidental, perto do Japão, e a Oriental, entre Califórnia e Havaí. O plástico circula entre essas zonas, mas não escapa das correntes.A Ocean Cleanup é uma organização sem fins lucrativos holandesa que tem como missão desenvolver tecnologias para remover plástico dos oceanos e evitar que ele chegue até lá.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403445-praias-brasileiras-sao-transformadas-em-lixao-de-embalagens-asiaticas.htm" target="_blank"> Só em 2024, 11,5 milhões de quilos de lixo foram retirados dos oceanos e rios mundiais</a>. A fundação estima que, com um investimento de US$ 7,5 bilhões, seria possível eliminar o GPGP em uma década.&nbsp;<h2>Os plásticos já formaram um ecossistema</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16111656713280.jpg" alt="GettyImages-1255120096.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16111656713279.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16111656806281.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16111656822282.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16111656822283.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Muitos microrganismos são retirados junto com o lixo removido dos mares. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure> Embora apresentadas como uma solução para limpar os oceanos, as soluções da Ocean Cleanup enfrentam críticas. A principal delas é que suas redes capturam plásticos maiores, mas deixam para trás os microplásticos, que são 90% do problema. Outra questão é que, embora as redes permitam que animais marinhos escapem, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/pesquisadores-descobrem-o-unico-animal-imune-aos-microplasticos" target="_blank">ecossistemas aderidos aos detritos (compostos por microrganismos) são removidos com o lixo</a>. "Você vê uma diversidade muito ampla de microrganismos ligados ao plástico", afirma a microbiologista marinha Sonja Oberbeckmann, do Instituto Federal de Pesquisa e Teste de Materiais na Alemanha, à PopSci. Sainte-Rose contra-argumenta que esses “surfistas de plástico” são espécies invasoras, que nem deveriam estar nos oceanos.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403447-a-perigosa-conexao-entre-os-microplasticos-e-as-superbacterias.htm" target="_blank">A perigosa conexão entre os microplásticos e as superbactérias</a></li></ul>Ele lembra que a GPGP é apenas uma das abordagens da Ocean Cleanup, que trabalha também em rios, bloqueando a ida de plásticos para os oceanos, em projetos mais viáveis financeiramente para governos locais e mais visíveis para o público. Enquanto isso, a limpeza da GPGP, mais distante e complexa, enfrenta problemas de financiamento. &nbsp;"É problema de todos e de ninguém, certo?" provoca Sainte-Rose.Se o plástico no mar é problema de todos e de ninguém, quem vai agir primeiro? Compartilhar esta matéria pode ser um bom começo, pois, compreender a dimensão da poluição plástica pode inspirar ações como; reduzir o uso de plásticos descartáveis e reciclá-los corretamente. &nbsp;

A Grande Mancha de Lixo do Pacífico está se transformando em um ecossistema

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Foram encontrados sinais de compostos químicos em K2-18b que, na Terra, são produzidos exclusivamente por microorganismos.

Pode haver vida no exoplaneta K2-18b, segundo evidências apontadas por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Foram identificados sinais de moléculas que, na Terra, são produzidas exclusivamente por organismos simples.“Essa é a evidência mais forte de que possivelmente há vida lá fora”, afirmou o professor Nikku Madhusudhan, líder da pesquisa no Instituto de Astronomia de Cambridge. “Posso dizer, de forma realista, que podemos confirmar esse sinal em um ou dois anos”, acrescentou.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404023-rotacao-do-universo-poderia-explicar-a-tensao-de-hubble-entenda.htm">Rotação do universo poderia explicar a tensão de Hubble; entenda</a></li></ul>As evidências se baseiam em assinaturas químicas dos gases dimetil sulfeto (DMS) e dimetil dissulfeto (DMDS), que na Terra são produzidos como subprodutos de organismos marinhos, como fitoplânctons e bactérias — sugerindo, portanto, a possível presença de vida microbiana.<h2>Como é o exoplaneta K2-18b?</h2>O K2-18b tem 8,6 vezes a massa da Terra e diâmetro 2,6 vezes maior, localizado a 124 anos-luz de distância, na constelação de Leão. Ele orbita uma estrela anã vermelha, menor e menos luminosa que o Sol.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/17/17130130686291.jpg"><figcaption>K2-18b orbita um sol vermelho e é 2,6 vezes maior do que a Terra. (Fonte: GettyImages)</figcaption></figure>De acordo com o estudo publicado na revista Astrophysical Journal, o K2-18b é classificado como um planeta hycean, termo cunhado pelo próprio Madhusudhan para descrever mundos repletos de oceanos de água líquida e atmosferas ricas em hidrogênio — uma categoria de exoplanetas conhecida como sub-Netuno.As detecções foram feitas pelo telescópio James Webb (JWST), da NASA, que é capaz de analisar a composição atmosférica de exoplanetas a partir da luz filtrada pelas estrelas que eles orbitam.<h2>Indício importante para constatar vida extraterrestre</h2>“Se confirmarmos que há vida em K2-18b, então basicamente confirmamos que a vida é algo bem comum na galáxia”, disse Madhusudhan. “Se existe um único exemplo, e considerando que o universo é infinito, há grandes chances de que existam muitos outros.”<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403987-duas-chuvas-de-meteoro-acontecerao-em-abril-e-maio-saiba-como-observar.htm">Duas chuvas de meteoro acontecerão em abril e maio; saiba como observar</a></li></ul>Apesar do entusiasmo, os pesquisadores reforçam que a descoberta ainda representa apenas um indício da presença de vida. Há um longo caminho até que a existência de organismos em K2-18b possa ser comprovada com certeza.A pesquisa completa pode ser consultada no <a href="https://arxiv.org/abs/2504.12267">repositório arXiv</a>.Curte esse tipo de descoberta sobre o espaço? Então siga o TecMundo nas redes sociais para acompanhar mais notícias incríveis sobre astronomia, ciência e tecnologia!

K2-18b: indícios de vida em exoplaneta são os mais fortes já descobertos

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Compartilhando a Terra com os dinossauros.

O estudo propõe que não houve declínio na população de dinossauros antes da queda do asteroide, mas uma indisponibilidade do registro fóssil da época.

Uma das questões mais debatidas na paleontologia foi tema de uma pesquisa publicada recentemente: “os dinossauros estavam condenados e já estavam a caminho da extinção antes de o asteroide atingir a Terra?”, indaga o principal autor, dr. Chris Dean, paleontólogo da University College London (UCL) em um comunicado.Publicado na revista Current Biology, o novo estudo desafia a visão de que os dinossauros estavam em declínio quando o asteroide de Chicxulub colidiu com a Terra há 66 milhões de anos. Em vez disso, os autores sugerem que o realmente ocorreu foi uma diminuição na qualidade ou quantidade dos fósseis preservados daquele período.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274298-extincao-dinossauros-comecou-asteroide-cair-diz-estudo.htm" target="_blank">Extinção dos dinossauros começou antes do asteroide cair, diz estudo</a></li></ul>Para testar sua hipótese, a equipe examinou mais de 8 mil fósseis na América do Norte (maior repositório desses registros do final do Cretáceo) durante os 18 milhões de anos anteriores ao impacto do asteroide. Os dados sugerem um aparente pico na diversidade de dinossauros há cerca de 75 milhões de anos, seguido por um declínio nos nove milhões de anos finais do Cretáceo, antes da extinção.<h2>Como foram investigadas as populações de dinossauros?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/10/10133732089060.jpg" alt="GettyImages-1569778216.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/10/10133732027059.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/10/10133732167063.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/10/10133732152061.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/10/10133732152062.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Os cientistas usaram uma modelagem de ocupação da América do Norte pelos dinossauros. (Fonte/; Getty I</figcaption></figure>Na pesquisa fóssil, os autores analisaram a distribuição de quatro grupos de dinossauros: Ankylosauridae, Ceratopsidae, Hadrosauridae e Tyrannosauridae na América do Norte Eles utilizaram modelagem de ocupação, uma técnica estatística que divide o continente em células, e avalia a probabilidade de cada clado habitar áreas específicas, conforme geologia, clima e geografia da época.&nbsp;Os resultados mostraram estabilidade nos habitats dos dinossauros, sugerindo baixo risco de extinção. No entanto, a probabilidade de detectar fósseis diminuiu ao longo do tempo, principalmente devido à redução de rochas expostas e acessíveis. Uma exceção foram os ceratopsídeos (como Triceratops), mais detectados no final do período, provavelmente por sua preferência por ambientes propícios à preservação, como planícies distantes de cursos d'água.Para o coautor Alessandro Chiarenza, da UCL, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403020-extincao-dos-dinossauros-e-a-evolucao-das-frutas-qual-e-a-relacao.htm" target="_blank">o declínio aparente dos dinossauros</a> “é mais provavelmente resultado de uma janela de amostragem reduzida, causada por mudanças geológicas nessas camadas terminais mesozoicas contendo fósseis — impulsionadas por processos como tectônica, elevação de montanhas e recuo do nível do mar — do que por flutuações genuínas na biodiversidade”.<h2>O sumiço dos fósseis no final do Cretáceo</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/10/10132926906040.jpg" alt="1a.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/10/10132926922041.jpg 111w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/10/10132927078042.jpg 357w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/10/10132927078043.jpg 535w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/10/10132927125044.jpg 713w," sizes="100vw"><figcaption>Resumo gráfico do novo estudo sobre a extinção dos dinossauros. (Fonte: Tim Bird/Divulgação)</figcaption></figure>A idade dos fósseis norte-americanos analisados os situou no andar Campaniano (83,6 a 72,1 milhões de anos atrás) e no estágio Maastrichtiano (72,1 a 66 milhões de anos atrás), ambos pertencentes ao final do período Cretáceo. Se considerarmos esses registros verdadeiros, diz Chiarenza, “podemos concluir que os dinossauros já estavam passando por um declínio antes de sua extinção final”.&nbsp;No entanto, não há indicação de condições ambientais ou outros fatores que expliquem esse declínio, com todas as famílias de dinossauros amplamente distribuídas e com baixo risco de extinção. Para os autores, essa suposta queda estaria ligada a algumas condições geológicas do Maastrichtiano, como o recuo do Mar Interior Ocidental (que dividia a América Norte), eliminando grandes áreas de ambiente marinho raso, ideais para a preservação de fósseis.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403000-o-que-aconteceria-se-os-dinossauros-nao-tivessem-sido-extintos.htm" target="_blank">O que aconteceria se os dinossauros não tivessem sido extintos?</a></li></ul>Outras fontes-chave para detecção de fósseis, os afloramentos de rochas do Maastrichtiano da América do Norte estavam mal expostos ou cobertos por vegetação. Esse cenário tornou as rochas daquele período praticamente inacessíveis aos pesquisadores. "Se não fosse por esse asteroide, eles [os dinossauros] ainda poderiam compartilhar este planeta com mamíferos, lagartos e seus descendentes sobreviventes: os pássaros", conclui Chiarenza.Gostou de saber que os dinossauros estavam passando bem (obrigado!) muito antes da queda do asteroide? Compartilhe o artigo com seus amigos e comente nas redes sociais o que você acha dessa teoria. &nbsp;Você sabia que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401842-primeiros-dinossauros-podem-ter-surgido-na-amazonia-diz-estudo.htm" target="_blank">os primeiros dinossauros podem ter surgido na Amazônia</a>?&nbsp;

Se não fosse o asteroide, estaríamos dividindo a Terra com os dinossauros?

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Uma empresa afirma ter revivido filhotes de lobo-terrível, uma espécie extinta há dez mil anos; mas a realidade é diferente.

Recentemente, a internet foi inundada com a notícia de que um grupo de cientistas da empresa Colossal Biosciences, nos Estados Unidos, teria conseguido recriar uma espécie de lobo extinta há cerca de 10 mil anos: o lobo-terrível, também conhecido como lobo pré-histórico. Mas a história não é bem assim.A empresa responsável pelo projeto realmente afirma que ‘reviveu’ três filhotes da espécie extinta, mas a realidade é um pouco diferente. Na verdade, parece que são lobos-cinzentos que passaram por edições genéticas para se assemelharem aos lobos-terríveis.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280688-estamos-passo-ressuscitar-um-mamute-2028-diz-estudo.htm" target="_blank">Estamos a um passo de 'ressuscitar' um mamute até 2028, diz estudo</a></li></ul>“Em 1º de outubro de 2024, pela primeira vez na história da humanidade, a Colossal restaurou com sucesso uma espécie outrora erradicada por meio da ciência da desextinção. Após uma ausência de mais de dez mil anos, nossa equipe tem orgulho de devolver o lobo terrível ao seu devido lugar no ecossistema”, é descrito no site oficial da Colossal Biosciences.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/F5uCuOwK_VE?si=dcXr76r1mTf-jf9k" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Apesar das alegações da empresa de biotecnologia, a pesquisa que sustenta o suposto retorno da espécie extinta ainda não passou pelo processo científico de revisão por pares <span style="-webkit-text-stroke-width:0px;display:inline !important;float:none;font-size:18px;font-style:normal;font-variant-caps:normal;font-variant-ligatures:normal;font-weight:400;letter-spacing:normal;orphans:2;text-align:start;text-decoration-color:initial;text-decoration-style:initial;text-decoration-thickness:initial;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;widows:2;word-spacing:0px;">— isso quer dizer que ela não foi validada por outros cientistas.Até o momento, tudo o que foi divulgado se resume a um comunicado de imprensa, acompanhado de imagens e vídeos dos filhotes.<h2>Lobo-terrível ou lobo-cinzento?</h2>Em mensagem enviada ao site ScienceAlert, o diretor do Centro Australiano de DNA Antigo, Jeremy Austin, afirmou que os animais apresentados são, na verdade, lobos-cinzentos geneticamente modificados para se parecerem com o que a empresa acredita ser um lobo-terrível.&nbsp;<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/08/08131229851097.jpg" alt="a-fotografia-apresenta-dois-lobos-que-supostamente-são-da-especíe-lobo-terrivel" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/08/08131229867099.jpg 218w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/08/08131229851098.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/08/08131229851096.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>O lobo-terrível extinto inspirou os lobos gigantes da série&nbsp;Game of Thrones, da HBO; na vida real, eles habitavam a América do Norte. (Fonte: Colossal Biosciences)</figcaption></figure>Até mesmo a aparência desse <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400978-clonar-o-passado-conheca-6-animais-extintos-que-os-cientistas-buscam-reviver.htm" target="_blank">animal extinto</a> ainda é motivo de debate na comunidade científica. Ou seja, não há como saber exatamente como eles eram no passado.Diferenças entre os animais:<ul><li>Lobo-terrível: o lobo-terrível, cientificamente chamado de&nbsp;Aenocyon dirus, viveu até cerca de 10 mil anos atrás e habitava principalmente a América do Norte. A aparência do animal ainda é um debate, mas há quem acredite que ele apresentava uma pelagem branca.</li><li>Lobo-cinzento: a principal diferença em relação ao lobo-cinzento é que ele não está extinto. Essa espécie ainda vive em várias partes do mundo, desde regiões dos Estados Unidos até áreas do território russo. Apesar de os lobos-terríveis serem frequentemente retratados como gigantes, na realidade eles eram apenas um pouco maiores que os lobos-cinzentos.</li></ul><h2>Nenhum lobo-terrível foi “revivido”?</h2>Segundo a Colossal Biosciences, foram realizadas apenas 20 alterações no genoma dos filhotes. No entanto, especialistas afirmam que apenas 15 dessas mudanças se baseiam, de fato, em características do lobo-terrível — as outras cinco teriam sido feitas apenas para clarear a pelagem dos animais.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/08/08131943298119.jpg" alt="a-fotografia-apresenta-um-lobo-sendo-alimentado-por-um-cientista-em-um-laboratorio" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/08/08131943298120.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/08/08131943345122.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/08/08131943329121.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>A empresa afirma que pretende liberar mais dados científicos sobre os lobos geneticamente modificados, mas não disse quando. (Fonte: Colossal Biosciences)</figcaption></figure>Como ainda não existem dados científicos, não há como provar que realmente se trata de um lobo-terrível verdadeiro. A maior parte dos cientistas da área criticou a pesquisa e a falta de dados, e sugere que é apenas uma versão de um lobo-cinzento.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/248940-laboratorio-chines-clona-primeiro-lobo-selvagem-artico.htm?f=" target="_blank">Laboratório chinês clona primeiro lobo selvagem do Ártico</a></li></ul>"O artigo não foi oficialmente publicado ainda, mas pelo que foi relatado, o genoma editado foi do lobo-cinzento, uma espécie que ainda vive nas áreas temperadas", disse a bióloga e mestre em biodiversidade e evolução Raissa Tancredi em mensagem ao TecMundo.Ambientes congelados podem preservar mais do que apenas fósseis e estudos recentes sugerem que microorganismos antigos podem permanecer ativos sob certas condições. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286432-lobo-mumificado-44-mil-anos-encontrado-permafrost-siberia-conter-bacterias-vivas.htm" target="_blank">Entenda como um lobo mumificado de 44 mil anos encontrado no permafrost da Sibéria pode conter bactérias vivas</a>. Até a próxima!

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A mentira sobre o lobo-terrível: animal extinto não foi 'revivido' por cientistas; entenda

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