Signal e Telegram crescem na China; WhatsApp estagna

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Na China, o WeChat pode dominar o mercado de comunicação virtual, mas existe espaço para aplicações concorrentes, ainda que modesto. Após a divulgação das novas regras impostas pelo WhatsApp, adiadas por enquanto, Signal e Telegram testemunharam um crescimento expressivo no número de usuários nas plataformas, algo que segue tendências visualizadas em outros locais do mundo.

De acordo com a empresa de pesquisas Sensor Tower, enquanto o primeiro somou 9 mil novos downloads entre 8 e 12 de janeiro (alta de 500% em comparação com o período de 3 a 7 de janeiro), o segundo foi baixado ao menos 17 mil vezes nos mesmos dias citados, movimento 6% maior que nos anteriores. Por outro lado, a adesão ao WhatsApp estagnou, limitada a 10 mil downloads em ambos os períodos.

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No cenário geral, segundo a companhia, o Telegram atingiu 2,7 milhões de instalações no país asiático, o Signal 458 mil e o WhatsApp 9,5 milhões.

Mensageiros disputam espaço modesto no mercado chinês.Mensageiros disputam espaço modesto no mercado chinês.Fonte:  Reprodução 

Censura e artifícios

Os maiores aplicativos de mensagem ocidentais não são censurados por lá. Ainda que serviços da Google sejam amplamente bloqueados na região, usuários se valem de ferramentas para contornar o grande firewall e instalar mensageiros criptografados.

Para operar legalmente na China, empresas devem armazenar seus dados localmente e enviar informações a autoridades para verificações pontuais de segurança, de acordo com uma lei de cibersegurança promulgada em 2017. A Apple, por exemplo, faz parceria com um provedor de nuvem local para armazenar os dados de seus usuários chineses.

Os maiores desafios para aplicativos como o Signal na China, segundo Charlie Smith, da Great Fire, uma organização que monitora a internet chinesa, virão da Apple, que é constantemente criticada por investidores e ativistas.

"A Apple tem um histórico de censura preventiva de aplicativos que eles acreditam que as autoridades gostariam que fossem censurados", observou Smith. "Se decidir remover o Signal na China, por sua própria iniciativa ou em resposta direta a um pedido das autoridades, os clientes da Apple na China ficarão sem opções de mensagens seguras."

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