O Serviço Secreto dos Estados Unidos estabeleceu a recompensa de US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 13,8 milhões) a quem fornecer informações que possam a levar ao paradeiro de um cibercriminoso de origem bielorrusa. Ele é acusado de múltiplos crimes de fraude por meios tecnológicos que começaram há pelo menos dez anos na internet.
O suspeito em questão é Volodymyr Iuriyovych Kadariya, conhecido também pelos codinomes "Stalin", "Eseb" e "baxus". Ele seria um dos responsáveis pela disponibilização de ferramentas maliciosas como o Angler Exploit Kit, em ações ilegais que datam de outubro de 2013 a março de 2022.
As fotos conhecidas do suspeito divulgadas pelo Serviço Secreto
A promotoria do estado norte-americano de Nova Jérsei revelou agora em agosto detalhes das acusações contra o Kadariya, junto da divulgação da recompensa. O caso está sob posse de uma divisão do Departamento de Justiça do país que lida com crimes cibernéticos ou de propriedade intelectual.
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Os crimes de Volodymyr Kadariya
Nascido na Bielorrússia em 1986, Volodymyr é acusado principalmente pelas práticas de malvertising e scareware.
O malvertising é a prática de distribuir malwares a partir de espaços de publicidade ou anúncios online. Essa era a principal forma de aplicação do Angler Exploit Kit, que conseguia explorar brechas em plataformas como Adobe Flash, Java, Microsoft Silverlight e Internet Explorer.
O funcionamento do kit de exploit do grupo
Em alta no ano passado, o scareware envolve o envio de mensagens falsas com o objetivo de assustar o usuário e levar ele a cair em uma armadilha — como clicar em um link suspeito ou baixar um arquivo após avisos falsos de que o seu dispositivo está infectado, por exemplo.
Kadariya é considerado foragido atualmente e tem o paradeiro desconhecido. Ele era um dos membros mais influentes do chamado Ransom Cartel, grupo também especializado em ransomwares.
Já Maksim Silnikau, líder e criador do grupo cibercriminoso que desenvolveu o Angler Exploit Kit, foi preso na Espanha nas últimas semanas e já teve a extradição confirmada para os EUA. Ainda sem data para julgamento, o hacker pode pegar até 100 anos de detenção.
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