Hackers roubam R$ 490 milhões em criptomoedas de corretora

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Imagem: Michael Förtsch/Unsplash/Reprodução

Nesta quinta-feira (19), a corretora japonesa de criptomoedas Liquid anunciou que foi vítima de um ataque cibernético. Segundo a companhia, os hackers conseguiram roubar US$ 91,3 milhões em moedas digitais — cerca de R$ 491,3 milhões.

Em nota, a corretora informou que algumas carteiras de criptomoedas foram comprometidas durante a ação. Então, os invasores estavam desviando ativos para fundos não autorizados.

Regulamentada pela Agência de Serviços Financeiros do Japão, a Liquid revelou que está realizando uma investigação sobre o ataque. Enquanto isso, os depósitos e saques estão temporariamente suspensos.

Invasores usaram trocas descentralizadas sem intermediários durante a ação.Invasores usaram trocas descentralizadas sem intermediários durante a ação.Fonte:  Freepik/Reprodução 

Como aconteceu o ataque?

A Elliptic, empresa de análise de blockchain, revelou como os hackers conseguiram desviar as criptomoedas. Conforme os especialistas, parte do valor roubado estava sendo convertido em ethereum através de trocas descentralizadas sem intermediários.

“Isso permite que o invasor evite que esses ativos sejam congelados como é possível com muitos tokens ethereum”, explica um dos analistas da Elliptic.

Ainda em nota, a Liquid disse que do montante desviado, US$ 16,13 milhões (R$ 87,4 milhões) de ativos foram congelados. Isso ocorreu devido ao auxílio que a empresa teve da comunidade de criptomoedas e de outras corretoras.

A japonesa Liquid é uma das corretoras com maior volume de negociações diárias.A japonesa Liquid é uma das corretoras com maior volume de negociações diárias.Fonte:  Liquid/Divulgação 

Uma das principais corretoras de criptomoedas do mundo

A Liquid está entre as 20 principais corretoras de criptomoedas com maior volume de negociações diárias do mundo. Segundo a CoinMarketCap, a companhia processou mais de US$ 133 milhões (R$ 716,6 milhões) em transações nas últimas 24 horas.

A ação na empresa japonesa coincide com o recente ataque à plataforma de finanças Poly Network, que resultou no roubo de mais de US$ 600 milhões em tokens digitais. Equivalente a R$ 3 bilhões, o caso ficou conhecido como o “maior roubo de moedas digitais já feito”, mas foi resolvido após o hacker espontaneamente devolver o dinheiro.

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