Fundador do Telegram afirma ser um dos alvos do Pegasus

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O fundador do Telegram Pavel Durov estaria entre as pessoas cujos telefones foram alvo do Pegasus, software espião usado para monitorar líderes políticos, jornalistas e ativistas de todo o mundo. Conforme relatório divulgado no domingo (18) por jornais americanos e britânicos, o programa teria infectado ao menos 50 mil vítimas.

Em postagem na quarta-feira (21), o programador russo disse estar ciente de que um dos seus celulares vem sendo vigiado pela ferramenta desde 2018, “apesar de uma fonte do Grupo NSO (responsável pelo spyware) negar”. Durov também comentou que não se preocupou com a invasão, pois não guarda informações sigilosas no dispositivo.

“Qualquer um que obtiver acesso aos meus dados privados ficará totalmente desapontado, eles encontrarão apenas milhares de conceitos de design e mensagens relacionadas ao nosso produto”, escreveu. Ele contou ainda que está acostumado com tentativas de invasão desde quando morava na Rússia (sua mudança ocorreu por motivos de segurança).

Pavel Durov também criticou a vigilância promovida pelas big techs.Pavel Durov também criticou a vigilância promovida pelas big techs.Fonte:  Wikimedia Commons 

No texto, o especialista em informática afirmou que não há como se proteger do Pegasus, independente do modelo de dispositivo que você estiver utilizando, seja um Android ou um iPhone. “Não importa quais aplicativos você usa, o sistema é violado em um nível mais profundo”, explicou.

"Programa de vigilância global"

Em outro trecho da publicação, o criador do app Telegram relembrou o vazamento de documentos da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) por Edward Snowden para criticar Google e Apple. Segundo ele, as empresas fazem parte de um programa de vigilância global que permite acessar informações de qualquer celular.

Ao final, Durov fez um apelo aos governantes de todo o mundo para tomarem medidas contra as violações de “bilhões” promovidas pelas big techs. Ele disse acreditar que como os próprios políticos foram vítimas do Pegasus, talvez agora mudem de ideia em relação à criação de uma nova legislação sobre o tema.

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