Índia pede a redes sociais que deletem menções à variante da covid-19
Governo local afirma que chamar a cepa B.1.617 de 'variante indiana' é impreciso e mancha a imagem do país

24/05/2021, às 10:30
O governo da Índia pediu formalmente às principais plataformas de rede social do mercado que apaguem conteúdos que chamem a mais recente cepa do coronavírus de "variante indiana".
Segundo a agência de notícias Reuters, a carta foi enviada na última sexta-feira (21) e solicita a remoção imediata de conteúdos que se refiram à cepa B.1.617 como "variante indiana".
De acordo com as autoridades locais, a classificação oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS) nunca se referiu ao vírus com esse nome, chamando ele apenas de B.1.617 e sem relacioná-lo à região. Além disso, a ligação entre a cepa e o local de origem poderia "gerar erros de comunicação e ferir a imagem do país".
E agora?
A B.1.617 foi encontrada pela primeira vez na Índia ainda em outubro de 2020 e possivelmente foi responsável pelo último surto de covid-19 no país, agora em abril de 2021. Ela também já foi registrada no Brasil, a partir de um caso no Maranhão confirmado em maio deste ano.
As demais variantes também foram batizadas em relação ao país de origem — incluindo uma "variante brasileira", a P.1.
Até agora, nenhuma rede social se manifestou a respeito do pedido do governo indiano.
Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.