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Séries: 5 produções para acompanhar o amadurecimento dos personagens

Neste texto, listamos 5 séries que nos dão a oportunidade de assistir à transição de personagens adolescentes para a vida adulta.

Avatar do(a) autor(a): Maura Martins

schedule22/08/2022, às 16:00

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Imagem de Séries: 5 produções para acompanhar o amadurecimento dos personagens no tecmundo

Dentro da literatura, há um tipo de livro bastante tradicional que se costuma chamar de “romance de formação” (no original, em alemão, chama-se bildungsroman; já em inglês, o gênero é denominado coming of age). Basicamente, tratam-se de romances em que um aspecto central do enredo é o crescimento dos personagens, que saem da adolescência ou da infância rumo à vida adulta, com todas as dificuldades que envolvem essa passagem.

Várias obras tocantes costumam surgir dentro deste estilo. Afinal, não tem quem não se identifique com as dores e as delícias da época do amadurecimento, que costuma trazer muitos traumas (no sentido literal de quebras, de mudanças de perspectiva) nas nossas vidas.

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Mas saiba que há várias séries de TV que – intencionalmente ou não – operam como se fossem romances de formação transferidos para as telas. Durante anos, estas séries nos oferecem narrativas focadas em tramas familiares e nos fazem encarar, de maneira comovente ou cômica, que talvez este período da passagem para a vida adulta tenha sido um dos melhores das nossas vidas. 

Neste texto, trazemos 5 séries para você recordar ou reassistir. Confira!

1. Anos Incríveis

(Fonte: US Magazine)(Fonte: US Magazine)

É impossível iniciar este texto sem mencionar a mais clássica das séries de formação: a comovente Anos Incríveis, da NBC. Durante seis temporadas exibidas entre 1988 e 1993, acompanhamos o crescimento de Kevin Arnold, de seus irmãos e de seus amigos (especialmente Paul e sua namorada Winnie Cooper).

A série se iniciava nos anos 1960 e tinha como subtexto paralelo as mudanças culturais que transcorriam nos Estados Unidos neste período: a Guerra do Vietnã, os movimentos de contracultura, o Festival de Woodstock, as bandas de rock, entre tantos outros eventos. 

O roteiro primoroso, que fazia Kevin narrar em off sua história a partir do seu olhar como homem adulto, fez com que Anos Incríveis se tornasse uma série que até hoje é muito querida no mundo todo.

2. Todo Mundo Odeia o Chris

(Fonte: Hollywood Reporter)(Fonte: Hollywood Reporter)

Já no gênero de humor, temos outro clássico, este mais recente: Todo Mundo Odeia o Chris, a série escrita pelo comediante Chris Rock a partir de suas experiências pessoais enquanto crescia em Nova York nos anos 1980. Ela foi produzida pela CBS e suas quatro temporadas foram ao ar entre 2005 e 2009.

Todo Mundo Odeia o Chris, diferente de Anos Incríveis, traz um recorte racial: ela foca na realidade de uma família negra que rala muito para conseguir ter uma boa condição de vida. Os pais de Chris, aliás, são figuras inesquecíveis: Rochelle (Tichina Arnold) morre de medo que os três filhos se envolvam com gangues ou com drogas, e Julius (Terry Crews, de Brooklyn Nine-Nine) se mata de trabalhar em dois empregos e é extremamente sovina, o que gera muitas situações cômicas.

A série virou também um hit e está entre as comédias que mais repercutiram na cultura popular – a ponto de que, treze anos depois de seu fim, ela segue sendo repetida sem parar na TV aberta, inclusive no Brasil.

3. My So-Called Life

(Fonte: Pinterest)(Fonte: Pinterest)

My So-Called Life (no Brasil, ela foi chamada de Minha Vida de Cão e transmitida pelo Multishow) é uma série um tanto obscura por uma razão simples: ela era excelente e durou apenas uma temporada, deixando todos os fãs desiludidos, pois a história foi interrompida no meio. Produzida pela ABC em 1994, ela trouxe para televisão dois atores que mais tarde se tornariam astros: Claire Danes (que tinha 16 anos) e Jared Leto (que tinha 23).

A série colocava o foco na vida de Angela Chase (Claire Danes), uma estudante de ensino médio. Ela é uma menina comum que está enfrentando problemas recorrentes da adolescência: a dificuldade na convivência com os pais, a paixão platônica por um menino popular, as brigas com os amigos, a sensação incontornável da solidão. A ótica sobre estes assuntos é extremamente tocante, e nos faz lembrar do quanto esta época costuma ser difícil.

Para completar, a série trouxe, em 1994, vários temas que, na época, eram bem raros de serem abordados na TV, como drogas, homofobia e o preconceito racial. Se você tiver curiosidade de conferir, a única temporada de My So-Called Life está disponível na plataforma Disney Plus.

4. Caras & Caretas

(Fonte: Rotten Tomatoes)(Fonte: Rotten Tomatoes)

Antes de Anos Incríveis, houve outra série familiar que trazia como um dos temas centrais o crescimento de três filhos de uma família. Ela se chamava Caras & Caretas (no original, Family Ties) e tinha como protagonista o jovem ator Michael J. Fox, antes de ele estourar com a franquia De Volta para o Futuro.

Produzida pela NBC, Caras & Caretas durou 7 temporadas entre 1982 e 1989. Ela fez um sucesso tremendo ao trazer dois pais que são antigos hippies, e que criam três filhos bem diferentes: Alex (Michael J. Fox) é super ambicioso e empreendedor; Mallory (Justine Bateman) é mais vaidosa e interessada em moda; e Jeniffer (Tina Yothers) é uma menina moleca.

Muito do humor da série se concentra em fazer um comentário sobre o embate entre gerações: os filhos, crescendo nos anos 1980, rejeitam os ideais de contracultura que foram abraçados pelos seus pais e têm motivações mais materialistas. Tudo isto é feito com muito humor.

5. Two and a Half Men

(Fonte: Veja)(Fonte: Veja)

Pode parecer estranho colocar Two and a Half Men nesta lista. Mas destaco aqui dois aspectos. O primeiro é que um dos personagens (a “metade” do título da série) é o menino Jake (Angus T. Jones), que foi crescendo durante as 12 temporadas (ele deixou a série na temporada 10). Por isso, acompanhamos o desenvolvimento de Jake, que foi de uma criança sem noção para um adolescente igualmente sem noção.

Mas lembro também que há outro “adolescente” na série: o protagonista Charlie Harper (vivido por Charlie Sheen), um homem adulto que tem comportamentos imaturos e sexistas quase sempre – este, aliás, é o principal mote do humor de Two and a Half Men

Mas um olhar mais atento ao roteiro e aos episódios faz a gente notar que a série é completamente atravessada pelo tema da dificuldade de Charlie em crescer – o que normalmente se traduz como uma reação à convivência traumática com a mãe. 

A julgar do que se acompanhava da sua vida fora da série, parece que o papel tinha tudo a ver com o próprio Charlie Sheen.                                                                           

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