Google pagou R$ 131 bilhões para ser buscador padrão do iPhone e da Samsung

1 min de leitura
Imagem de: Google pagou R$ 131 bilhões para ser buscador padrão do iPhone e da Samsung
Imagem: Getty Images/Reprodução

O Google gastou um total de US$ 26,3 bilhões em 2021 para ser o mecanismo de busca padrão em celulares, navegadores e outras plataformas. É o que revelam os dados divulgados no início da semana durante o julgamento do caso em que o governo dos Estados Unidos acusa a empresa de violar leis antitruste.

A quantia, equivalente a mais de R$ 131 bilhões pela cotação desta sexta-feira (27), foi paga a diferentes marcas. Porém, a maior parte dela, US$ 18 bilhões (R$ 90 bilhões), teve como destino os cofres da Apple, segundo o The New York Times, para que o buscador mais popular do mundo apareça como padrão no Safari, navegador oficial de iPhones, iPads e Macs.

smart people are cooler

Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.

Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo

O Google paga às concorrentes para ser o buscador padrão em seus dispositivos.O Google paga às concorrentes para ser o buscador padrão em seus dispositivos.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Empresas como a Samsung e outras fabricantes de celulares e tablets também receberam para adicionar o Google como motor de busca padrão em seus dispositivos. O dinheiro foi destinado ainda à Mozilla, para o uso do serviço no Firefox, operadoras de telefonia móvel e mais plataformas.

O valor pago pelo Google à Apple para o uso do buscador nos dispositivos da rival sempre foi motivo de muitas especulações, já que as empresas não costumam divulgar informações sobre o acordo comercial. Rumores antigos sugeriam que a quantia variava entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões.

Complicação no tribunal

As altas quantias gastas pela gigante das buscas em seus acordos de distribuição podem complicar a situação da companhia no tribunal. Para o Departamento de Justiça dos EUA, a quantia revelada agora demonstra que a empresa não mede esforços para acabar com a competitividade, violando as leis antimonopólio do país.

Por sua vez, a big tech justifica o investimento como necessário para se manter em alta enquanto plataformas como ChatGPT e TikTok fazem cada vez mais sucesso, principalmente entre os jovens. Para o chefe de busca do Google, Prabhakar Raghavan, a companhia deve fazer de tudo para permanecer relevante.

Embora o valor destinado pela marca aos acordos com concorrentes possa parecer alta, representa apenas 16% da receita obtida com o buscador e 29% do seu lucro. O julgamento do caso está em andamento e terá mais depoimentos nas próximas semanas.

smart people are cooler

Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.

Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.