Getty Images está processando a Stability AI por piratear imagens
O processo da Getty Images refere-se ao uso de imagens do seu banco pela Stability AI para treinar sua ferramenta de IA Stable Diffusion
Por Jorge Marin
17/01/2023, às 16:45
A Getty Images, um dos maiores bancos de imagens do mundo, anunciou na manhã desta terça-feira (17) que está entrando com um processo legal em um tribunal de Londres contra a Stability AI, a empresa criadora da popular ferramenta de arte de IA Stable Diffusion. A acusação é sobre "violação de direitos autorais" por supostamente piratear imagens.
Em comunicado, a empresa de fotografias alega que a Stability AI “copiou e processou ilegalmente milhões de imagens protegidas por direitos autorais” supostamente para treinar seu software, e que a Getty Images “iniciou processos legais no Tribunal Superior de Justiça em Londres” contra a startup britânica.
Em entrevista ao The Verge, o CEO da Getty Images, Craig Peters, explicou que, "antes da ação", sua empresa emitiu uma notificação formal de processo pendente no Reino Unido. “O condutor desta é o uso da propriedade intelectual de terceiros pela Stability AI — sem permissão ou consideração — para criar uma oferta comercial de seu próprio benefício financeiro”, diz a carta.
O que diz a Stability AI?
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Imagem gerada pelo Stable Difusion voi com a marca d'água da Getty Images. (Fonte: Stable Diffusion/captura de tela pelo The Verge/Reprodução.)
Procurada pelo The Verge para comentar o assunto, a representante de imprensa da Stability AI, Angela Pontarolo, se limitou a declarar que “a equipe da Stability AI não recebeu informações sobre este processo, então não podemos comentar”.
Em seu comunicado de imprensa, a Getty Images reconhece que a empresa acredita no potencial criativo da IA para estimular empreendimentos criativos, tanto que "forneceu licenças aos principais inovadores de tecnologia".
Porém, "a Stability AI não buscou tal licença da Getty Images" e, em vez disso, optou aparentemente por ignorar "proteções legais de longa data em busca de seus interesses comerciais autônomos". Ou seja, ainda que negue violações legais, não há como ignorar os criadores de conteúdo.
Por Jorge Marin
Especialista em Redator
Redator do Mega Curioso e do TecMundo, Jorge Marin escreve sobre Ciências e Tecnologia desde 2019, conectando conhecimento acadêmico com experiências humanas do dia a dia. É psicólogo, cinéfilo e botafoguense inveterado.
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