Artistas processam ferramentas de criação de ilustrações por IA

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Imagem: Shutterstock

Três artistas se uniram para iniciar um processo contra proeminentes ferramentas de criação de imagens digitais através de inteligência artificial (IA). A Stable Diffusion, a Midjourney e a DreamUp — nova ferramenta do DeviantArt — são acusadas de ferirem os direitos autorias de "milhões de artistas".

O processo vem das artistas Sarah Andersen, Kelly McKerna e Karla Ortiz, representadas pelo advogado Matthew Butterick. A principal acusação do documento foca na maneira que a IA é treinada para gerar suas imagens: analisando bilhões de trabalhos de diferentes artistas.

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Essa pesquisa para o treinamento do robô é feita usando imagens disponíveis na internet, sem o consentimento ou até mesmo o conhecimento de seus autores. Butterick afirma que essas ferramentas, então, "inundam o mercado com um número essencialmente ilimitado de imagens infratoras que vão causar dano permanente no mercado para a arte e artistas".

A defesa das empresas

As empresas por trás de ferramentas como a Stable Diffusion e Midjourney se defendem dizendo que o treinamento de suas IAs é amparado pela lei de fair use (uso justo) dos EUA, que permite o uso de trabalhos alheios em condições específicas. É uma lei bastante aberta à interpretação e é esse tipo de processo que abre precedentes para o seu entendimento em situações inéditas, como estamos vivendo na atualidade com as IAs capazes de desenhar.

Aparece um erro técnico importante nos documentos do processo, no entanto. Butterick afirma que ferramentas de geração de imagens por IA "armazenam cópias" dos trabalhos dos artistas e que depois fariam uma "colagem", misturando diversas dessas artes.

O robô, na verdade, gera padrões matemáticos com base nas gravuras que analisa e depois usa essas equações na geração de imagens do zero. Se de fato fossem usados trabalhos originais diretamente na composição das ilustrações, seria mais favorável ao processo contra essas empresas.

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