The BRIEF

Dona do TikTok adia lançamento de IPO por 'questões de segurança'

Avaliada em US$ 140 bilhões, a empresa está focada em resolver pendências de segurança na China

Avatar do(a) autor(a): Adriano Camacho

13/07/2021, às 14:30

Dona do TikTok adia lançamento de IPO por 'questões de segurança'

Fonte:  Caixin Global 

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Nesta segunda-feira (12), o site The Wall Street Journal revelou que a empresa ByteDance, dona do TikTok, teria adiado os planos de lançamento de sua oferta pública de ações (IPO) para focar em questões de segurança. A decisão teria ocorrido em março, após reguladores chineses sugerirem que o foco da gestão deveria ser direcionado para solucionar "preocupações com a segurança de dados" em seus aplicativos.

Em resposta ao The Verge, a ByteDance não ofereceu explicações: "não comentamos rumores ou especulações," disse um porta-voz da empresa. No entanto, a companhia afirmou, em abril deste ano, não "estar pronta" e não possuir planos para o lançamento de um IPO, em resposta à pressão da mídia sobre rumores de sua estreia no mercado de ações.

Admissão de Shou Zi Chew como Diretor Financeiro motivou rumores sobre o IPO da ByteDance em março.Admissão de Shou Zi Chew como Diretor Financeiro motivou rumores sobre o IPO da ByteDance em março.

A decisão da ByteDance pode ter sido influenciada pela recente onda de restrições imposta por autoridades chinesas em investigações de companhias no ramo da tecnologia. As medidas têm como foco o combate de práticas anticompetitivas, precificação inconsistente de produtos e a gerência de dados de usuários.

Eficiência

Neste contexto, já é possível verificar resultados da pressão das autoridades chinesas. A Didi, empresa de viagens urbanas, removeu seu app das lojas de aplicativos após ser acusada de coletar dados pessoais de usuários pela Administração do Ciberespaço da China (CAC). 

O IPO da Didi, lançado no último dia 30 de junho, se tornou um dos mais bem sucedidos entre as empresas chinesas com papéis norte-americanos desde 2014, na estreia do Alibaba no mercado de ações. Desde então, a companhia encara uma desvalorização de 40% no seu preço de negociação, cotado atualmente em US$ 11, cerca de R$ 57.


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Por Adriano Camacho

Especialista em Redator

Escreve para o TecMundo desde 2020.