No início da década de 90, enquanto a internet se popularizava, muitas pessoas acreditavam que ela seria o algoz das outras mídias. Jornais impressos e livros estariam condenados com a chegada da Era Digital e tudo se concentraria exclusivamente na tela dos computadores.
Apesar do apocalipse editorial profetizado, a verdade é que isso nunca aconteceu. Ainda lemos jornais em sua forma física e o livro nunca foi completamente substituído pela sua versão digital. O que se viu não foi o digital tomando o lugar do material, mas uma nova forma de utilizá-los.
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Com as histórias em quadrinhos não foi diferente, porém, houve um final ainda mais feliz. Mesmo condenadas à extinção, as editoras souberam utilizar a web a seu favor e transformaram a possível desgraça em bonança. O segredo desse sucesso foi a convergência. Ao invés de lutar contra o formato digital, uniram todos os meios para fazer com que seus personagens ficassem ainda mais famosos do que antes.
Liga dos Direitos Autorais
No mundo da internet, o maior de todos os vilões é a pirataria e os heróis das histórias em quadrinhos até hoje sofrem para enfrentá-lo. Os “scans”, como são chamadas as páginas digitalizadas distribuídas ilegalmente, ainda são o maior problema que as editoras devem enfrentar.
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Reprodução: Graphic.ly
Algumas empresas decidiram não enfrentar esse gigante ilegal, mas sim aliar-se a ele. Tanto a DC quanto a Marvel, as duas maiores empresas de quadrinhos do mundo e responsáveis por personagens como Batman e Homem-Aranha, respectivamente, simplesmente passaram a produzir seus próprios scans e vendê-los a preços menores do que as das revistas de bancas e alguns diferenciais.
A primeira solução foi não apenas digitalizar suas publicações, mas transformá-las em conteúdo multimídia. Como? A DC, quando relançou Watchmen, por exemplo, inseriu quadros com animações de movimento, narração e até mesmo música de fundo.
Sua rival, a Marvel, também fez um misto de quadrinhos e desenhos animados com o chamado “Marvel Motion Comics”. Diversas histórias já existentes em revistas foram adaptadas e transformaram-se em verdadeiras obras impossíveis de serem reproduzidas ilegalmente. O único ponto negativo é que esse serviço está indisponível para fora dos Estados Unidos.
Outra estratégia para encurralar a pirataria foi atacar todos os locais em que as scans proliferavam e oferecer ao usuário ainda mais possibilidades de acesso. Assim, além da tela do computador, é possível ler as aventuras de seus heróis pelo seu iPhone, iPad (por meio da loja do iTunes) e até mesmo pelo video game.
Além de sua loja virtual, a Marvel criou um canal dentro da Playstation Network para que usuários do portátil da Sony pudessem adquirir suas publicações sem desligar o console, algo praticamente impossível para os scans.
Outras alternativas
Enquanto as empresas maiores criam páginas próprias para vender seu material digital, editoras menores buscam alternativas enfrentar esse mal. Uma delas é a mais clássica no mundo dos super -heróis: unir forças.
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Programas como o Graphic.ly criam uma espécie de leitor, loja e rede social em que pessoas com gostos em comum conversam e trocam ideias sobre o universo das histórias em quadrinhos. Além de oferecer revistas a preços reduzidos, o programa também possui edições gratuitas para que você inicie sua coleção sem nenhum gasto.
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Produto Nacional
Até agora você viu como empresas americanas lutam para conquistar espaço em um território tomado pela pirataria. Mas estamos no Brasil, e nem todos os serviços descritos são disponíveis em nosso país. Então como fazer para adquirir conteúdo digital legalmente?
O iPad mal foi lançado e está para receber uma publicação totalmente em português. A editora Conrad, em parceria com a empresa Gol Mobile, anunciou que vai lançar a HQ nacional “Sábado dos meus amores”, de Marcello Quintanilha, para o tablet da Apple.
Apesar de ainda não ter seu preço divulgado, a iniciativa da editora mostra que é possível a utilização dos mesmos recursos que grandes empresas internacionais fazem em território nacional.
As páginas não são o limite
Para que os heróis ganhassem ainda mais força no mundo digital, não bastou apenas adequar o modo de leitura às novas tecnologias, mas mantê-los presentes no imaginário popular. Era preciso transformá-los em filmes, jogos, livros e tudo o mais que fizesse o Batman ser ainda mais famoso e o Homem-Aranha ainda mais querido.
Algumas tentativas deram certo, outras nem tanto. E você sabe agora o que houve de melhor (e pior) nesse mundo.
Top 5 - Jogos
Quem nunca sonhou em seu um super-herói? Ter poderes, lutar contra o crime e ser reconhecido por isso. Atire a primeira pedra de Kryptonita quem nunca se fantasiou de Batman ou de Homem-Aranha alguma vez na vida!
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Então pedimos para o pessoal do Baixaki Jogos listar os cinco melhores jogos de super heróis para saber quais aventuras mais prendem você em frente ao video game.
- Batman – Arkham Asylum
- Marvel VS Capcom 2
- Spider-Man and Venom: Maximum Carnage
- Marvel Ultimate Alliance
- Wolverine: Adamantium Rage
Top 5 – Melhores filmes
Nosso redator e cinéfilo de plantão, Wikerson Landim, fez uma pequena lista com os melhores filmes já produzidos com a temática super-heróis, Será que você concorda com os indicados?
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- Batman – O Cavaleiro das Trevas
- Homem-Aranha
- Superman – O Filme
- Homem de Ferro
- Batman – O Filme
Top 5 – Piores filmes
“Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”. Quando Tio Bem disse isso ao jovem Peter Parker, nunca imaginou que esse pensamento seria tão simbólico e profético. E para um diretor de cinema, há a grande responsabilidade de se fazer um filme sem destruir a aura mágica dos quadrinhos, como aconteceu com estes heróis, ainda segundo nosso redator convidado:
- Mulher Gato
- Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
- Elektra
- Spawn
- Batman e Robin
Agora é sua vez! Qual o futuro dos super-heróis e demais histórias em quadrinhos na era digital? A guerra contra os scans será vencida? Confira no próximo episódio neste mesmo "bat-site" e deixe sua opinião nos "bat-comentários".
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