Facebook: Safety Check usará padrões da comunidade para avaliar tragédias

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A ferramenta de Safety Check ou Confirmação de Status de Segurança, implementada pelo Facebook há pouco mais de um ano, se tornou uma poderosa arma da rede social para ajudar seus usuários e facilitar a comunicação em meio a tragédias e catástrofes. Embora sua criação tenha motivos nobres, a ativação seletiva do recurso por parte da empresa de Mark Zuckerberg já rendeu críticas pesadas dos internautas. Agora, ao que parece, a funcionalidade pode estar prestes a evoluir e se tornar muito mais democrática.

No final do ano passado, por exemplo, quando o Facebook ativou o Safety Check durante os ataques terroristas em Paris, pessoas de outros países também sofrendo com guerras e conflitos – como o povo de algumas nações árabes – reclamaram do suposto preconceito da rede. A resposta oficial do site foi de que era difícil monitorar tudo o que acontece no mundo e tomar as medidas necessárias para ajudar o público local. Apesar disso, ficou a promessa de que, futuramente, isso seria mais inclusivo.

O recurso já foi ativado no Brasil durante alagamentos em São Paulo

A evolução do recurso demorou um pouco para sair do papel, mas finalmente faz sua estreia. Isso quer dizer que, a partir de agora, a ferramenta de segurança ganha ares comunitários, baseando-se nos principais assuntos de cada localidade para ser ativado. O funcionamento é relativamente simples: o sistema – disponível em 80 idiomas – vai conferir os compartilhamentos a respeito de notícias de desastres ou ataques em uma determinada área e cruzar esses dados com um serviço terceirizado de alertas.

Se a emergência for confirmada, o mecanismo passa a oferecer as opções para que o usuário dessa região se marque como seguro ou convide contatos para fazer essa checagem – além de sugerir a criação de refúgios ou abrigos, dependendo da crise em andamento. Levando-se em conta que a Confirmação de Status de Segurança já foi acionada 28 vezes desde a sua implementação inicial, sendo 17 delas apenas em 2016, essa mudança parece ser um passo importante para que a rede social transforme a função em algo útil para mais pessoas.

Deixando a zoeira de lado...

Mesmo que o Facebook faça checagens em cima dos padrões detectados na plataforma, uma abertura mais ampla da ferramenta à comunidade pode significar uma maior incidência de utilizações indevidas dela. Muitos internautas brasileiros, por exemplo, abusaram da marcação de segurança no começo de 2015, por conta de uma tragédia no Nepal. Restar torcer para que todos sejam mais responsáveis na hora de usar o serviço remodelado, afinal situações sérias e que exijam a ativação do sistema também podem ocorrer a qualquer momento no Brasil.

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