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Detritos espaciais gerados após a explosão do protótipo da nave Starship, da SpaceX, quase atingiram aviões comerciais, colocando mais de 400 pessoas em risco. É o que afirma um relatório da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) obtido pelo The Wall Street Journal e revelado no último domingo (21).
O incidente aconteceu no dia 16 de janeiro deste ano, durante voo de teste da espaçonave apontada por Elon Musk como essencial para o futuro da exploração espacial. Os fragmentos gerados pela explosão passaram perto de três aviões que sobrevoavam a região do Caribe.
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Voos em risco
Uma aeronave da JetBlue e outra da Iberia Airlines estavam entre os aviões quase atingidos por lixo espacial da SpaceX, bem como um jato executivo. Os três voos foram alertados sobre a possibilidade de colisão com os destroços da Starship e precisaram agir rápido, segundo o jornal.
- Os pilotos dos três aviões declararam emergência de combustível e decidiram atravessar a área que havia sido bloqueada temporariamente por causa do teste da espaçonave;
- Apesar dos riscos de serem atingidas pelo lixo espacial, as aeronaves passaram pela zona de exclusão e pousaram com segurança em seus destinos;
- Como detalha a investigação, os destroços caíram em diferentes partes do território caribenho durante cerca de 50 minutos;
- Naquele dia, o incidente gerou atrasos em voos que partiram de aeroportos internacionais no estado da Flórida (EUA).
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De acordo com a reportagem, um painel de especialistas foi criado pela FAA para reavaliar riscos relacionados a detritos espaciais logo após o caso. No entanto, a iniciativa acabou suspensa em agosto, mesmo ganhando uma análise de urgência no mês de março.
Procurada, a JetBlue comentou que o seu voo conseguiu evitar os locais considerados arriscados durante a explosão, transportando os passageiros em segurança. A Iberia, por sua vez, declarou que sua aeronave passou pela área após a queda dos destroços, descartando qualquer perigo.
SpaceX critica reportagem
Já a SpaceX recusou-se a comentar o incidente, em um primeiro momento, mas se pronunciou depois da publicação do relatório. Ela afirmou que o texto traz informações incompletas e classificou a reportagem de “enganosa”.
Depois daquele dia, a empresa de Musk realizou mais três testes com a Starship, nos quais a nave voou por mais tempo e se desintegrou perto do local de pouso. Ela deve ganhar uma versão maior e mais potente em 2026.
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