A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA), em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e o Observatório Europeu do Sul (ESO), apresentou imagens deslumbrantes obtidas através dos dados coletados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), pelo Telescópio Espacial Hubble e por outras tecnologias.
Uma das imagens divulgadas apresenta algumas paisagens características do Sol, com registros de manchas solares, campos magnéticos e plasmas inquietos. Confira esta e outras imagens que foram destaque durante o mês!
Estrela Vega
Logo no início do mês, o site oficial do Telescópio James Webb apresentou duas fotografias de um mesmo objeto celestial. A primeira foi registrada pelo próprio Webb, enquanto a segunda é uma versão semelhante capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. Ambas as imagens mostram o disco de poeira estelar que circunda a estrela Vega.
Vega é considerada a estrela mais brilhante da constelação de Lira. Enquanto o Hubble registrou uma versão com ‘cores falsas’, o Webb apresentou uma imagem um pouco mais realista. Em ambas as fotografias, destaca-se o círculo escuro no centro da estrela, resultado da ausência de dados nessa região.
“O Telescópio Espacial James Webb resolve o brilho da poeira quente em um halo de disco, a 23 bilhões de milhas de distância. O disco externo (análogo ao Cinturão de Kuiper do sistema solar) se estende de 7 bilhões de milhas a 15 bilhões de milhas”, é descrito em comunicado oficial
Estrela WOH G64
Pela primeira vez, a ciência conseguiu capturar uma imagem ampliada de uma estrela localizada fora da nossa galáxia, a uma distância de 160 mil anos-luz da Terra. Nomeada WOH G64, a estrela está em um dos últimos estágios antes de se transformar em uma supernova. Na imagem, é possível observá-la expelindo gás e poeira cósmica.
Segundo a equipe, captar imagens ampliadas de estrelas na Via Láctea já é um trabalho extremamente complicado; até o momento, cerca de 24 dessas fotos foram registradas. Ou seja, fazer isso fora da nossa galáxia é ainda mais difícil.
A fotografia da estrela, localizada na Grande Nuvem de Magalhães, foi obtida por meio dos dados Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul.
“Descobrimos um casulo em forma de ovo cercando de perto a estrela. Estamos animados porque isso pode estar relacionado à ejeção drástica de material da estrela moribunda antes de uma explosão de supernova”, disse o astrofísico da Universidade Andrés Bello, no Chile, e principal autor de um estudo sobre as observações, Keiichi Ohnaka.
Sol em alta qualidade
A ESA publicou novas imagens do Sol, que revelam diferentes fenômenos da estrutura solar. Vale destacar que essas fotografias não foram capturadas diretamente no Sol; na verdade, as imagens foram geradas a partir de dados de alta qualidade coletados pelos instrumentos PHI e EUI durante uma observação realizada em março de 2023.
Ao todo, são quatro imagens coletadas com dados da sonda Solar Orbiter, que apresentam visuais de alta qualidade. Segundo a ESA, essas são as capturas com a melhor resolução da superfície visível do Sol, mostrando plasma quente, o campo magnético da estrela, entre outros dados importantes.
"O campo magnético do Sol é essencial para entender a natureza dinâmica da nossa estrela-mãe, das menores às maiores escalas. Esses novos mapas de alta resolução do instrumento PHI da Solar Orbiter mostram a beleza do campo magnético da superfície do Sol e flui em grande detalhe", disse o cientista do Solar Orbiter, Daniel Müller.
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