Cientistas descobriram estrela anã branca com possível ‘diamante cósmico’

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Imagem: Reprodução/Harvard

Em um estudo aceito pela revista científica Monthly Notices da Royal Astronomical, cientistas descrevem a descoberta de uma anã branca a apenas 104 anos-luz de distância da Terra. Conforme o artigo explica, a estrela morreu e está esfriando para, gradualmente, endurecer e se cristalizar no espaço — como um ‘diamante cósmico’.

A equipe internacional de astrônomos detectou uma anã branca relativamente próxima da Terra; a estrela é composta, principalmente, por carbono e oxigênio metálico. Ao analisar os dados, eles perceberam que o objeto estelar tem um perfil de temperatura-massa que sugere o processo de endurecimento e a cristalização.

O estudo também descreve que a anã branca, nomeada de HD 190412 C, faz parte de um sistema de outras três estrelas, chamado de HD 190412 — semelhante a Sirius. A partir dos dados das outras estrelas no sistema, eles conseguiram descobrir algumas informações interessantes sobre anã.

As descobertas indicam que pode haver outros sistemas parecidos com estrelas anãs brancas pelo universo.As descobertas indicam que pode haver outros sistemas parecidos com estrelas anãs brancas pelo universo.Fonte:  Reprodução/Harvard 

“Em virtude de sua associação com essas companheiras da sequência principal, esta é a primeira anã branca em cristalização cuja idade total pode ser externamente restrita, um fato que usamos tentando medir empiricamente um atraso de resfriamento causado pela cristalização do núcleo na anã branca”, os pesquisadores disseram no estudo.

Anã branca e ‘diamantes cósmicos’

Os dados coletados pelo telescópio espacial Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), sugerem que a HD 190412 C tem cerca de 4,2 bilhões de anos, em um sistema estelar com cerca de 7,3 bilhões de anos. Com a discrepância de 3,1 bilhões de anos, os pesquisadores acreditam que a taxa de cristalização reduziu a taxa de resfriamento em cerca de 1 bilhão de anos.

Normalmente, a densidade das anãs brancas é de um milhão de quilos por metro cúbico, mas a densidade dos diamantes é de 3.500 quilos por metro cúbico. Ou seja, os cientistas ainda não sabem se a estrela é feita, ou não, de diamante — de qualquer forma, é amplamente reconhecido que existem diversos diamantes no espaço.

Os corpos celestes conhecidos como anã brancas são o resultado de um fenômeno curioso: a morte das estrelas. Para chegar ao nível de uma anã branca, uma estrela brilhará intensamente por bilhões de anos, até começar a ficar sem combustível e lançar material externo para o espaço ao seu redor. A partir daí, o corpo celeste entra em colapso e transforma-se em um objeto ultradenso e comprimido.

Apesar de serem fracas, as estrelas anãs mantêm um brilho residual, mas após o esfriamento completo, é esperado que elas evoluam para anãs negras. As anãs negras são corpos celestes de carbono cristalizado que não emitem mais calor, contudo, os cálculos sugerem que é necessário mais tempo do que a atual idade do universo para atingir este estado.

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