Planeta que orbita estrela 'pequena demais' é encontrado por cientistas

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Astrônomos descobriram um sistema planetário atípico que consiste em um planeta do mesmo tamanho de Júpiter, que está orbitando uma estrela que tem apenas 4 vezes o tamanho do gigante gasoso do sistema solar — considerada pequena demais para ter um planeta com essas características em sua órbita.

O exoplaneta, que recebeu o nome de TOI-5205b, foi descoberto por uma equipe de astrônomos da Carnegie Institute of Science, liderados por Shubham Kanodia e divulgado em um artigo no mês de fevereiro de 2023 no The Astronomical Journal.

A estrela, TOI-5205, é considerada uma anã vermelha. Tipicamente menores que o nosso sol, são as estrelas mais comuns da nossa galáxia.

Devido ao seu tamanho menor, tendem a ter aproximadamente metade do calor do sol, o que significa que parecem mais brilhantes e muitas vezes assumem uma cor mais avermelhada.

Elas também têm a vida útil bastante longa devido a sua menor luminosidade e isso possibilita que elas hospedem mais planetas, porque eles se acumulam com o tempo, mas a forma que eles são formados também significa que eles raramente hospedam gigantes gasosos.

Comparação entre um gigante gasoso orbitando um planeta anão vermelho (esquerda) e um gigante gasoso orbitando uma estrela do tamanho do Sol (direita). Reprodução: Katherine Cain/Carnegie Science.Comparação entre um gigante gasoso orbitando um planeta anão vermelho (esquerda) e um gigante gasoso orbitando uma estrela do tamanho do Sol (direita). (Reprodução: Katherine Cain/Carnegie Science).Fonte: Carnegie Science

Kanodia diz que "a estrela hospedeira tem apenas cerca de 4 vezes o tamanho de Júpiter, e é surpreendente que, de alguma forma, ela tenha conseguido formar um planeta do tamanho de Júpiter."

Os planetas são formados em um disco giratório de gás e poeira reunido por estrelas jovens. Acredita-se que a massa leva cerca de 10 anos-luz para se acumular e formar um núcleo rochoso no centro de uma galáxia, e muitos milhões de anos para formar um gigante gasoso.

Kanodia explicou que a existência do TOI-5205b amplia o que se sabe sobre os discos nos quais esses planetas nascem. "Não é possível que se crie um gigante gasoso quando não há material rochoso para formar o núcleo inicial ou quando o disco evapora antes que o núcleo maciço seja formado", explica.

"No entanto, o TOI-5205b se formou. Com base na nossa compreensão atual da formação do planeta, ele não deveria existir. É um 'planeta proibido'", conclui ele.

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