Novas imagens do Sol podem ajudar a desvendar mistério de sua temperatura

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Imagem: NASA/JPL-Caltech/JAXA

O NuSTAR, sigla em inglês para Conjunto de Telescópios Espectroscópicos Nucleares, é um satélite da NASA lançado em junho de 2012 com a missão de pesquisar buracos negros massivos. Recentemente, as imagens geradas pelo satélite têm sido usadas pelos cientistas para resolver um dos maiores mistérios sobre o Sol: por que sua atmosfera externa – a coroa – é pelo menos 100 vezes mais quente do que sua superfície?

Como o calor da nossa estrela tem origem em seu núcleo e viaja para fora, é difícil explicar por que a coroa solar chega a atingir mais de um milhão de graus, quando a camada externa do Sol não passa de 6.000°C. "É como se o ar ao redor do fogo fosse 100 vezes mais quente do que as chamas", diz um comunicado divulgado na semana passada pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

Para solucionar o problema, os cientistas decidiram fazer uma espécie de “radiografia”, sobrepondo imagens de raios-X de alta energia emitidos pelo material mais quente da atmosfera solar, vistas em azul nas imagens abaixo, com as de outros dois observatórios. Em verde, aparecem as do Telescópio de Raios-X (XRT) da agência japonesa JAXA, e em vermelho, do Observatório Solar Dinâmico (SDO) também da NASA.

Fonte: NASA/JPL-Caltech/JAXA/Divulgação.Fonte: NASA/JPL-Caltech/JAXA/Divulgação.Fonte:  NASA/JPL-Caltech/JAXA 

O que as imagens dos três telescópios mostraram?

Comparando os três conjuntos de imagens, os cientistas perceberam que a fonte de calor da coroa solar pode ser atribuída a pequenas erupções na atmosfera do Sol chamadas nanoflares (algo como nano lampejos). Esses eventos foram assim chamados para distingui-los das chamadas flares (lampejos), grandes explosões de calor, luz e partículas amplamente visíveis. Porém, independentemente do tamanho, os dois fenômenos produzem material mais quente do que a média da coroa.

Embora os lampejos sozinhos não possam explicar as altas temperaturas da coroa solar, o NuSTAR mostrou que as nanoexplosões podem ocorrer com muito mais frequência do que o imaginado, mesmo porque passam despercebidas pelos outros meios de observação, em meio à luz escaldante do astro. Com isso, os físicos passaram observar a ocorrência de nanoflares e avaliar a energia que elas liberam.

Essas observações poderão ser cotejadas, pois coincidirão com a 12ª aproximação do Sol (periélio) pela Sonda Solar Parker da NASA, que está voando "perto" da estrela.

Fontes

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