Um estudante brasileiro de pós-graduação da Universidade da Pensilvânia chamado Pedro Bernardinelli descobriu, em conjunto com o astrônomo norte-americano Gary Bernstein, um cometa gigante nas profundezas do sistema solar, que pode ser o maior corpo gelado do tipo já descoberto até hoje.
O chamado “cometa Bernardinelli-Bernstein" foi analisado por uma equipe de pesquisadores do observatório de Paris e do Instituto de Astrofísica da Andaluzia-CSIC, que calculou o seu tamanho, usando dados do Atacama Large Millimiter Array (ALMA), que estuda o comprimento das ondas de luz refletidas pelo corpo celeste. Os cálculos indicaram uma extensão de cerca de 137 quilômetros de diâmetro, quase um planeta menor, como Plutão.
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Fonte: Lellouch et al./Divulgação.
A que distância o cometa Bernardinelli-Bernstein passará da Terra?
O estudo do cometa oficialmente nomeado 2014 UN271, pois foi avistado pela primeira vez naquele ano, foi aceito para publicação na revista científica Astronomy & Astrophysics Letters no dia 1º de fevereiro deste ano. Quando foi descoberto, o cometa estava além da órbita de Urano. O brilho indicava ser um objeto extenso, cuja origem era uma nuvem de corpos gelados fora do nosso sistema solar, conhecida como Nuvem de Oort.
Passados sete anos, e à medida que se aproxima, ficou claro que o Bernardinelli-Bernstein é maior que a maioria dos cometas. Para o primeiro autor do estudo, Emmanuel Lellouch do Observatório de Paris, trata-se de uma "descoberta notável", que fará sua maior aproximação do Sol em 2031, a dez vezes a distância Terra-Sol.
Curiosamente, a luz refletida da superfície do cometa, cerca de 5%, faz com que sua refletividade, também chamada de albedo, seja igual a dos demais cometas do nosso sistema solar. “Não há tendência de que cometas maiores sejam intrinsecamente mais brilhantes”, conclui Lellouch.
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