Brasil pode atingir 5 mil mortes/dia por covid-19 em abril e maio

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O Brasil pode chegar a um pico de 5 mil mortes diárias por covid-19 entre abril e maio, superando os recordes que têm sido registrados em março. A projeção foi feita em um estudo liderado pelo professor do Departamento de Estatística da Universidade Federal Fluminense (UFF) Márcio Watanabe, divulgado nessa quarta-feira (24).

Segundo o estatístico, este número de óbitos causados pelo novo coronavírus foi calculado com base na sazonalidade da enfermidade. Assim como outras doenças respiratórias, a covid-19 apresenta uma alta de casos no outono e no inverno, por causa da baixa imunidade nestas estações e do tempo maior em ambientes fechados, entre outros fatores.

O professor afirma ainda haver evidências sobre a sazonalidade afetando a transmissão do Sars-CoV-2 e disse que as contaminações também tendem a crescer em todo o hemisfério Sul neste período e em países com padrões sazonais parecidos com o do Brasil, como Bangladesh e Índia.

A vacinação determinará o número real do pico, segundo o estudo.A vacinação determinará o número real do pico, segundo o estudo.Fonte:  Pixabay 

Até mesmo nos países da região onde a vacinação está avançada, como o Chile, têm experimentado o efeito sazonal, conforme Watanabe, apresentando crescimento de casos nos últimos dias. Já no hemisfério Norte, pode haver um platô alto de contaminações, mas com menor tendência de aumento.

Covid-19 será endêmica

Intensificar a vacinação, incluindo no grupo prioritário as pessoas com idade entre 50 e 60 anos, que representam uma parcela significativa das internações e mortes, é a melhor forma de evitar o pico projetado, segundo Watanabe. Manter o distanciamento social é outra medida essencial.

Ele acredita que após a maioria da população receber a imunização, será possível conviver com a covid-19 da mesma forma como convivemos com a pneumonia e outras doenças respiratórias, Porém, ela será endêmica, continuando a registrar casos.

“Assim, um ponto fundamental para o futuro é a ciência encontrar algum tratamento que seja significativamente eficaz para pacientes hospitalizados com coronavírus”, afirma o pesquisador.

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