Ciência

Reino Unido autoriza vacina contra covid-19 da AstraZeneca e Oxford

As autoridades de saúde britânicas não apenas autorizaram o uso da vacina de Oxford, como determinaram uma nova estratégia de vacinação

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30/12/2020, às 10:00

Reino Unido autoriza vacina contra covid-19 da AstraZeneca e Oxford

Fonte:  Andrew Testa/The New York Times 

Imagem de Reino Unido autoriza vacina contra covid-19 da AstraZeneca e Oxford no tecmundo

O Reino Unido se tornou nesta quarta-feira (30) o primeiro país a conceder uma autorização emergencial de uso para a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, com preço mais baixo e de fácil armazenamento, que poderá beneficiar grande parte da população mundial.

Segunda vacina autorizada pelas autoridades de saúde britânicas (a primeira foi a da Pfizer), o imunizante do consórcio Oxford/AstraZeneca deverá começar a ser aplicado já na próxima segunda-feira (4) em grupos de risco que serão prioritários.

Fonte: Andrew Testa/The New York Times/ReproduçãoFonte: Andrew Testa/The New York Times/Reprodução

Mudanças na estratégia de vacinação

O governo do Reino Unido também determinou uma mudança corajosa na estratégia de aplicação das vacinas: a prioridade agora é aplicar a primeira dose dos imunizantes disponíveis, tanto o de Oxford quanto o da Pfizer, no maior número de pessoas em grupos de risco. Ou seja, em vez de reter os suprimentos para uma segunda aplicação em três semanas, os britânicos receberão a segunda dose dentro de 12 semanas.

Embora os efeitos do adiamento da segunda dose, para poder vacinar mais pessoas, não sejam inteiramente conhecidos, o procedimento teve respaldo de cientistas que entendem que a estratégia poderá reduzir o sofrimento causado por uma pandemia que tem matado centenas de pessoas diariamente no país e milhares em todo o mundo.

Uma das quatro vacinas testadas no Brasil, a do consórcio AstraZeneca/Oxford já tem um contrato de compra e transferência de tecnologia para produção do imunizante, pela Fiocruz no Rio de Janeiro. No entanto, o uso da vacina depende ainda da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


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Por Jorge Marin

Especialista em Redator