Mesmo sem gases do efeito estufa, temperaturas continuarão subindo

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“Ponto sem volta” é a expressão que, cada vez mais, surge em pesquisas científicas sobre mudanças climáticas. O alerta, dado para as geleiras da Groelândia, agora diz respeito ao aquecimento global: mesmo se todas as emissões de gases do efeito estufa sumirem amanhã, as temperaturas e os oceanos continuarão a subir.

“De acordo com nossos modelos, a humanidade está além do ponto de retorno quando se trata de deter o derretimento do permafrost usando a redução dos gases do efeito estufa como única ferramenta”, disse o estrategista climático da BI Norwegian Business School e principal autor do estudo publicado no Nature Scientific Reports, Jorgen Randers.

Mesmo se as emissões de gases do efeito estuda cessassem hoje, as temperaturas continuariam a subir.Mesmo se as emissões de gases do efeito estuda cessassem hoje, as temperaturas continuariam a subir.Fonte:  Unsplash/Ella Ivanescu 

Randers e seu colega Ulrich Goluke criaram, usando um modelo climático, dois cenários até o ano 2500: um, com a cessação instantânea das emissões e o outro, com a redução gradual dos gases de efeito estufa a zero até 2100.

Entre o ruim e o apocalíptico

No primeiro, as temperaturas sobem nos próximos 50 anos, atingindo 1,1°C acima do que é hoje, para caírem logo depois e, a partir de 2150, voltarem a subir mais um grau nos 350 anos seguintes. O nível do mar se elevaria ao menos três metros.

No segundo cenário, as temperaturas subiriam ao ponto de abalar a própria sobrevivência da civilização muito mais rapidamente; o quadro geral, no ano 2500, seria o mesmo que o do primeiro cenário.

O mar está engolindo cidades litorâneas, como a de Cedeño, em Honruras.O mar está engolindo cidades litorâneas, como a de Cedeño, em Honruras.Fonte:  El País/Monica Gonzalez/Reprodução 

Segundo os pesquisadores, os principais pontos de retorno no sistema climático já foram ultrapassados, desencadeando um processo de aquecimento que se autoperpetua.

"Se quisermos interrompê-lo, devemos tomar outros caminhos, como retirar o dióxido de carbono da atmosfera e armazená-lo no subsolo”, diz ele, acrescentando que isso pode ser feito plantando bilhões de árvores. Já existe tecnologia para sugar o dióxido de carbono da atmosfera, mas não em larga escala.

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