TikTok terá mega data center em cidade com histórico de seca no Ceará

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O Google teria aumentado em 51% as emissões de carbono entre 2019 e 2024, mas estudos independentes mostram que o número real representa um salto de 65%.

Em sua 10ª edição do Environmental Report, divulgada no fim de junho, o Google revelou que suas emissões de carbono aumentaram 51% entre 2019 e 2024 — e esse número pode ser uma subestimativa.O crescimento se deu, principalmente, nas emissões de escopo 3, também conhecidas como emissões da cadeia de valor — ou seja, emissões indiretas de gases de efeito estufa (GEE) provenientes de atividades que estão fora do controle direto da empresa, como fornecedores, transporte e uso de produtos.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/405464-gemini-for-education-ia-do-google-ganha-versao-para-estudantes-e-professores.htm">Gemini for Education: IA do Google ganha versão para estudantes e professores</a></li></ul>Segundo o próprio Google, essa área continua sendo um “desafio”. O relatório aponta que, em 2024, foram emitidas 8,4 milhões de toneladas de CO₂ (tCO₂) no escopo 3 — um aumento de 25% em relação a 2019. Já as emissões operacionais (escopos 1 e 2) somaram 3,1 milhões de tCO₂, representando um salto de 241% no mesmo período.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/07/02/02132039829134.jpg"><figcaption>As emissões de gases do Google aumentaram desde 2019. (Fonte: Google/Reprodução)</figcaption></figure>“Em 2024, nossas emissões totais baseadas em ambição foram de 11,5 milhões de tCO₂e, representando um aumento de 51% em relação a 2019”, destaca o relatório.“Um desafio fundamental é a implantação mais lenta do que o necessário de tecnologias de energia livre de carbono em escala, e chegar lá até 2030 será muito difícil”, reconhece o Google. “Embora continuemos a investir em tecnologias promissoras, como geotérmica avançada e SMRs (Small Modular Reactors), sua adoção generalizada ainda não foi alcançada por estarem em estágio inicial, serem caras e pouco incentivadas pelas estruturas regulatórias atuais”.<h2>Emissões podem ser ainda maiores, diz estudo independente</h2>Mas o cenário pode ser ainda mais preocupante. Um estudo do grupo Kairos Fellowship estima que o Google tenha emitido cerca de 65% mais carbono entre 2019 e 2024 do que os números oficiais indicam. O levantamento também aponta um aumento de impressionantes 1.515% nas emissões em relação a 2010, ano em que a empresa começou a reportar seus dados ambientais.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/07/02/02132405586135.jpg"><figcaption>As métricas utilizadas pelo Google aliviam os números reais da empresa. (Fonte: Kairos Fellowship/Reprodução)</figcaption></figure>Segundo a análise, o salto mais brusco nas emissões ocorreu entre 2023 e 2024, com um aumento de 26%. Coincidentemente (ou não), o <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/274628-google-gemini-modelo-ia-lancamento.htm" target="_blank">Gemini, modelo de IA generativa do Google, foi lançado oficialmente em dezembro de 2023</a>.“Os dados do próprio Google deixam claro: a corporação contribui para a catástrofe climática. As métricas que importam — emissões, uso de água e tendência de consumo de recursos — estão indo na direção errada, tanto para nós quanto para o planeta”, criticou Nicole Sugerman, gerente de campanha da Kairos, em entrevista ao The Guardian.<h2>A fome energética da inteligência artificial</h2>Com a popularização de ferramentas de IA generativa, o alto consumo de energia dos data centers virou um ponto central no debate ambiental. O Google, como uma das líderes do setor, reconhece essa demanda crescente.“A rápida evolução da IA muda fundamentalmente nosso negócio e a indústria como um todo. Isso impulsiona uma demanda não linear por energia, tornando nossas trajetórias de consumo e emissões difíceis de prever”, afirma a empresa.Apesar das críticas, o Google destaca que houve uma redução de 12% nas emissões energéticas dos data centers em 2024, em comparação a 2023, graças à aquisição de novas fontes de energia limpa. No entanto, os próprios dados da empresa sugerem que a meta de zerar as emissões até 2030 pode não ser alcançada.<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/405485-google-fotos-renova-interface-e-torna-atalhos-mais-uteis-confira-novo-visual.htm">Google Fotos renova interface e torna atalhos mais úteis</a></li></ul>Você pode conferir o relatório do Google na íntegra (em inglês) <a href="https://www.gstatic.com/gumdrop/sustainability/google-2025-environmental-report.pdf" target="_blank">neste link</a>. O estudo independente da Kairos Fellowship também <a href="https://noclimateresultsfound.com/wp-content/uploads/2025/07/Kairos_NCRFGoogleReport_FINAL.pdf" target="_blank">está disponível na web</a>.Quer entender como a inteligência artificial impacta o meio ambiente e acompanhar a corrida das big techs rumo à neutralidade de carbono? Siga o TecMundo nas redes sociais e não perca nossas próximas análises!

Google reporta 51% de aumento na emissão de CO2 desde 2019; IA pode ser 'culpada'

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Estudo confirma de forma definitiva que mancha fria persistente no Atlântico Norte é causada pela desaceleração da Circulação Meridional do Atlântico.

Uma região de centenas de milhares de quilômetros quadrados localizada no Atlântico Norte, ao sul da Groenlândia e a leste do Canadá, tem intrigado os cientistas há décadas. Conhecida como “buraco de aquecimento”, ela, na verdade, vem experimentando um resfriamento em suas águas nos últimos 100 anos, o que contraria o padrão de aquecimento do resto do planeta.&nbsp;Agora, um estudo recente publicado na revista Communications, Earth and Environment fornece uma prova conclusiva e definitiva do que tem sido teorizado há mais de dez anos: o resfriamento das temperaturas da superfície do mar ao sul da Groenlândia é impulsionado pela desaceleração da Circulação Meridional de Revolvimento do Atlântico (AMOC na sigla em inglês).<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403064-colapso-da-corrente-do-oceano-atlantico-pode-acontecer-neste-seculo.htm" target="_blank">Colapso da corrente do Oceano Atlântico pode acontecer neste século?</a></li></ul>Essa importante corrente oceânica, que transporta águas quentes superficiais do sul para o norte do Atlântico, está enfraquecendo há pelo menos um século devido principalmente<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294143-principal-corrente-oceano-atlantico-entrar-colapso-em.htm" target="_blank"> ao aquecimento global e ao derretimento acelerado do gelo da Groenlândia</a>, que adiciona água doce ao sistema e perturba o delicado equilíbrio de densidade que mantém a circulação funcionando.<h2>Comparando temperatura/salinidade com modelos climáticos</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/26/26223559554050.jpg" alt="Temperatura-da-superfície-do-Atglântico-Norte.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/26/26223559570051.jpg 189w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/26/26223559633053.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/26/26223559617052.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/26/26223559633054.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Temperaturas da superfície do Atlântico Norte entre 1900 e 2005. (Fonte: Kai-Yuan Li/UCR/Divulgação):&nbsp;</figcaption></figure>Comparando a AMOC a uma correia transportadora gigante, o autor sênior do estudo, Wei Liu, climatologista da Universidade da Califórnia em Riverside, nos EUA, explica em comunicado que dados de salinidade e temperatura podem ser usados para entender a força da AMOC, pois, quando a corrente diminui, menos calor e sal chegam ao Atlântico Norte.&nbsp;Por isso, a dupla (que inclui o doutorando Kai-Yuan Li) concentrou sua metodologia na análise de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288884-oceanos-colapso-novo-capitulo-crise-climatica-global.htm " target="_blank">um século de dados de temperatura e salinidade oceânica (entre 1900 e 2005)</a>, para compensar a limitação das observações diretas da AMOC, que existem há apenas duas décadas. Em seguida, compararam esses registros com quase 100 modelos climáticos diferentes.“Se você analisar as observações e compará-las com todas as simulações, apenas o cenário de AMOC enfraquecido reproduz o resfriamento nesta região”, afirma Li em comunicado. A análise também mostrou que o enfraquecimento da AMOC está correlacionado com a diminuição da salinidade, indicando que menos água quente e salgada está sendo transportada para o norte.<h2>Quais são as consequências do estudo sofre o resfriamento do Atlântico Norte?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/26/26224438777066.jpg" alt="Cientista-coletando-dados-na-costa-gelada-da-Islândia.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/26/26224438761065.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/26/26224438808068.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/26/26224438824069.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/26/26224438808067.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A metodologia da pesquisa oferece uma ferramenta eficiente para analisar mudanças climáticas de longo prazo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>As consequências desse estudo são amplas. Embora ter uma área mais fria dentro de águas oceânicas cada vez mais quentes possa parecer uma mudança benéfica, esse resfriamento regional é capaz de alterar a distribuição de espécies marinhas, afetar as cadeias alimentares e impactar a pesca comercial.&nbsp;Além disso, o estudo põe fim a um importante debate científico sobre as reais causas do resfriamento. Enquanto modelos recentes apostavam em fatores atmosféricos, como a poluição por aerossóis, a pesquisa não deixa dúvidas de que somente as simulações com a AMOC enfraquecida reproduzem as condições observadas.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281030-zona-subduccao-formaria-anel-fogo-engolir-oceano-atlantico-diz-estudo.htm" target="_blank">Zona de subducção formaria “Anel de Fogo” que pode engolir o Oceano Atlântico, diz estudo</a></li></ul>Além dessa descoberta, a metodologia desenvolvida oferece uma ferramenta valiosa para compreender mudanças climáticas de longo prazo. Ao utilizar dados indiretos de temperatura e salinidade para superar a limitação das observações diretas da AMOC, os pesquisadores conseguiram reconstruir um século de variações oceânicas.A pesquisa reforça a urgência da ação climática. Compartilhe essa matéria e apoie políticas de redução de emissões de gases de efeito estufa. Para saber mais sobre a crise climática, saiba <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404700-cumprir-meta-de-1c-do-acordo-de-paris-nao-evitara-aumento-do-nivel-do-mar.htm" target="_blank">por que cumprir meta de 1°C do Acordo de Paris não evitará aumento do nível do mar</a>.

Corrente marítima que parte do Brasil enfraquece e gera bolha fria no Atlântico Norte

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Relatório aponta que no ritmo atual, limite de 1,5 °C do Acordo de Paris pode ser ultrapassado em apenas três anos.

Os gases de efeito estufa têm provocado mudanças climáticas que afetam diversas regiões do mundo, principalmente em relação ao aumento da temperatura. Agora, pesquisadores alertam que o limite de 1,5 °C estabelecido pelo Acordo de Paris, assinado por dezenas de países, pode ser ultrapassado em apenas três anos.De acordo com um estudo publicado na revista científica Earth System Science Data, um grupo de pesquisadores afirma que o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279941-fenomeno-quantico-explicar-impacto-co2-aquecimento-global.htm" target="_blank">limite de emissões de carbono para que o aquecimento global atinja 1,5 °C</a> é de 130 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂). Com o ritmo atual das atividades industriais e das emissões de gases de efeito estufa, os cientistas estimam que esse limite será atingido em pouco mais de três anos.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404700-cumprir-meta-de-1c-do-acordo-de-paris-nao-evitara-aumento-do-nivel-do-mar.htm" target="_blank">Cumprir meta de 1 °C do Acordo de Paris não evitará aumento do nível do mar</a></li></ul>Apesar de surpreender muitas pessoas, os cientistas apontam que as temperaturas têm aumentado ano após ano desde o último relatório sobre os indicadores de emissão de carbono, publicado em 2021. Ou seja, mesmo com o Acordo de Paris e outras políticas climáticas em vigor, os impactos continuam se intensificando.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/G9t__9Tmwv4?si=qNzWwwSiomR-hmDF" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>As evidências indicam que a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402485-estudos-indicam-que-a-terra-pode-entrar-em-uma-nova-fase-climatica-perigosa.htm" target="_blank">temperatura média global já aumentou cerca de 1,52 °C</a> em relação aos níveis do período pré-industrial. Desse total, aproximadamente 1,36 °C estão diretamente ligados à atividade humana.Nos últimos dez anos, foram emitidas aproximadamente 53 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano. Por isso, os pesquisadores alertam que, se esse ritmo continuar, em apenas três anos atingiremos o limite para o aumento de 1,5 °C na temperatura global.“Nossa terceira edição anual dos Indicadores de Mudanças Climáticas Globais mostra que tanto os níveis de aquecimento quanto as taxas de aquecimento não têm precedentes. As emissões recordes contínuas de gases de efeito estufa significam que mais pessoas estão enfrentando níveis inseguros de impactos climáticos”, disse o professor da Universidade de Leeds e principal autor do estudo, Piers Forster, em comunicado oficial.<h2>Limite de 1,5 °C no aquecimento global</h2>O limite de 1,5 °C no aquecimento global é uma meta internacional definida pelo Acordo de Paris, assinado por quase todos os países em 2015. O objetivo é conter o aumento descontrolado das emissões de gases de efeito estufa e evitar os efeitos mais graves das mudanças climáticas.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24144048483052.jpg" alt="A-fotografia-mostra-uma-pessoa-tomando-água-com-o-sol-ao-fundo" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24144048639055.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24144048843058.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24144048843057.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24144048858059.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O relatório aponta que as temperaturas médias globais foram 1,24 °C mais intensas, entre 2015 e 2024, do que durante os períodos pré-industriais. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Os cientistas destacam que uma das maiores preocupações com o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403730-economia-mundial-pode-derreter-40-com-aumento-climatico-de-3c-entenda.htm" target="_blank">aumento da temperatura global</a> é que o nível do mar tende a subir lentamente, o que poderia afetar milhares de regiões ao redor do mundo. No Brasil, Recife já enfrenta problemas relacionados à elevação do nível do mar, e especialistas alertam que essa situação pode se agravar nos próximos anos.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400596-ondas-de-calor-mortais-e-inexplicaveis-estao-pipocando-pelo-planeta.htm" target="_blank">Ondas de calor mortais e inexplicáveis estão pipocando pelo planeta</a></li></ul>A taxa de aquecimento global aumentou consideravelmente na última década. Segundo o relatório, esse ritmo quase dobrou em comparação com os valores registrados nas décadas de 1970 e 1980. Nos últimos cinco anos, o nível médio do mar subiu aproximadamente 26 milímetros; mais que o dobro do esperado."A janela para permanecer dentro de 1,5 °C está se fechando rapidamente. O aquecimento global já está afetando a vida de bilhões de pessoas em todo o mundo. Cada pequeno aumento no aquecimento é importante, levando a eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos. As emissões na próxima década determinarão a rapidez e a rapidez com que o aquecimento de 1,5 °C será alcançado", disse o preofessor do Imperial College London e coautor, Joeri Rogelj.O ritmo acelerado das mudanças climáticas reforça um alerta global: estamos nos aproximando de pontos críticos no equilíbrio da Terra. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400236-limites-planetarios-e-o-desafio-da-humanidade-para-evitar-o-colapso.htm" target="_blank">Entenda os limites planetários e o desafio da humanidade para evitar o colapso</a>. Até a próxima!

Aquecimento global: mudanças climáticas podem ultrapassar limite de 1,5 °C em três anos

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O novo estudo revela como a morte de milhões de indígenas durante a colonização europeia impactou os níveis globais de metano em 1592. 

Desde que, no ano 2000, o Prêmio Nobel de Química Paul Crutzen e o limnólogo Eugene Stoermer propuseram a hipótese de que a atual época geológica do planeta Terra, o Holoceno, havia se encerrado e em seu lugar se iniciara o Antropoceno, diversos estudiosos têm tentado definir quando realmente a “era do homem” começou a impactar a Terra.Infelizmente, o órgão que tem autoridade para reconhecer essa mudança, a União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS) rejeitou-a em março de 2024. Isso não impediu que várias propostas continuassem sendo apresentadas, ora situando o início do Antropoceno no início do século 17 ou em meados do século 20 com a detonação das bombas atômicas.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280676-antropoceno-holoceno-futuro-terra-debate.htm " target="_blank">Antropoceno ou Holoceno? O futuro da Terra em debate</a></li></ul>Em um estudo recente, publicado na revista Nature Reviews, Earth and Environment, o cientista de ecossistemas e biogeoquímico Vincent Gauci, da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, propõe uma nova data de início para o Antropoceno. Baseada em mudanças nos níveis globais de metano, sua hipótese é de que a era geológica teria começado em 1592.<h2>Vantagens de uma teoria baseada no metano atmosférico</h2><div class="raw-html-embed"><iframe width="665" height="374" src="https://www.youtube.com/embed/FWOhcSVW3p0" title="Global Atmospheric Methane from Jan 1, 2018 through Nov 30, 2018" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Embora a proposta de Gauci tenha também como pano de fundo o colonialismo europeu, ele sugere que o Antropoceno começou cerca de 18 anos antes da data proposta de 1610, baseada nos níveis de CO₂ identificados nos registros de núcleos de gelo. A nova data se apoia em uma pesquisa sobre a concentração atmosférica de metano.&nbsp;A metodologia baseada em metano oferece algumas vantagens sobre os indicadores anteriores. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275253-retrospectiva-seculo-pesquisadores-analisam-66-milhoes-anos-do-co2.htm " target="_blank">Enquanto o CO₂ pode permanecer na atmosfera por décadas ou séculos</a>, o metano responde rapidamente a alterações ambientais, além de ser 80 vezes mais potente. Em outras palavras, representa um marcador temporal mais preciso para mudanças antropogênicas.&nbsp;Assim como na pesquisa de Simon Lewis e Mark Maslin, as descobertas de Gauci se basearam em indícios de mudanças históricas na composição da atmosfera global detectados em testemunhos de gelo coletadas de geleiras e calotas polares da Antártida. A pesquisa atual mostra uma concentração mínima de metano 100 anos depois da chegada de Colombo às Américas.<h2>Morte e renascimento de homens e árvores</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24115040461170.jpg" alt="Medindo-a-absorção-de metano-pelas-árvores.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24115040461169.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24115040617172.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24115040586171.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24115040664173.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Medindo a absorção de metano pelas árvores. (Fonte: Vincent Gauci/Divulgação)</figcaption></figure>A chegada dos europeus em 1492 e a colonização a partir de 1500 resultaram em um colapso demográfico (leia-se genocídio indígena) de cerca de 50 milhões de pessoas nas Américas. Com isso, grandes extensões de terras agrícolas deixaram de ser cuidadas, o que provocou um reflorestamento sem precedentes. Resultado: menos CO₂ e metano na atmosfera.&nbsp;Em seu artigo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150489-efeito-estufa-humanos-emitem-metano-pensava.htm " target="_blank">Gauci se apoia no poder das árvores como sumidouros de metano</a>. Com mais árvores crescendo em terras agrícolas abandonadas, havia mais área de superfície de árvores lenhosas em contato com a atmosfera. Segundo o autor, essas árvores hospedam micróbios que removem diretamente o metano da atmosfera.&nbsp;Outro mecanismo, a retenção de parte das chuvas pelas copas das árvores faz com que a água evapore diretamente de volta à atmosfera, sem chegar ao solo. Na prática, isso significa um “sequestro” da água que iria para os pântanos, reduzindo uma grande fonte produtora de metano.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273158-antropoceno-podemos-testemunhando-morte-natureza-alerta-especialista.htm" target="_blank">Antropoceno, podemos estar testemunhando a morte da Natureza, alerta especialista</a></li></ul>Esses vestígios de nossa influência antiga sobre o planeta indicam que “sempre houve uma conexão íntima e evolutiva entre a humanidade e o mundo natural”, diz Gauci. “Uma conexão tão fundamental que, durante toda a nossa existência como espécie, fomos inseparáveis da própria natureza”, conclui ele em um comunicado.Você acha que o fato de algumas vozes não estarem sendo ouvidas nas discussões climáticas invalida a existência do Antropoceno? Comente nas redes sociais e aproveite para compartilhar esta matéria. Para saber mais sobre aquecimento global, explore <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289574-explorando-aquecimento-global-guia-completo-gases-efeito-estufa.htm" target="_blank">este guia completo de gases de efeito estufa</a>.

Embora oficialmente negado, início do Antropoceno é mostrado em estudo

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Descubra o que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e como eles impactam empresas, governos e a sociedade. Acesse o blog!

Até 2030, as nações do mundo se comprometeram a realizar 17 grandes objetivos globais conhecidos como ODS. Mas o que exatamente são esses objetivos e qual é a meta da Agenda 2030 da ONU?Para te ajudar a entender melhor, reunimos informações sobre o que é a ODS, quais são os pilares dessa agenda, os objetivos definidos e como o Brasil tem colocado esses compromissos em prática.<h2>O que é ODS?</h2>ODS é a sigla para Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, um conjunto de metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015 como parte de um plano global nomeado de Agenda 2030.<ul><li>Conheça: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400808-solucoes-baseadas-na-natureza-como-resposta-as-mudancas-climaticas.htm" target="_blank">Soluções baseadas na natureza como resposta às mudanças climáticas</a></li></ul>Ao todo, são 17 objetivos que se conectam entre si, acompanhados de 169 metas específicas que cobrem temas fundamentais do desenvolvimento sustentável; desde a erradicação da pobreza até a proteção do meio ambiente.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/j8L1CcanjT8?si=3xniGQtYksjQQ4Me" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Esses objetivos representam um apelo para erradicar a miséria, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas do mundo alcancem paz e prosperidade até 2030.O objetivo central da Agenda 2030 da ONU é orientar países, empresas e a sociedade como um todo em direção a um desenvolvimento sustentável interconectado. Assim, os países poderão crescer economicamente, com inclusão social e respeito ao meio ambiente.Em outras palavras, a agenda busca equilibrar as dimensões social, econômica e ambiental do desenvolvimento, promovendo qualidade de vida para a geração atual e futura. Trata-se de um pacto global que define metas claras a serem atingidas até 2030.<h2>Quais são os 5 pilares da ODS?</h2>A Agenda 2030 tem cinco pilares fundamentais, conhecidos como os 5 P’s para o desenvolvimento de um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294211-fotossintese-artificial-chave-futuro-sustentavel.htm" target="_blank">futuro sustentável</a>.São eles:<ul><li>Pessoas: erradicar a fome e a pobreza, assegurando dignidade e igualdade de oportunidades a todos. Este pilar foca no desenvolvimento social para garantir qualidade de vida, saúde, educação e justiça social para as pessoas;</li><li>Planeta: proteger os recursos naturais e o clima do planeta para as gerações futuras. Está relacionado às ações de preservação ambiental, uso sustentável dos ecossistemas e combate às mudanças climáticas;</li><li>Prosperidade: promover progresso econômico e tecnológico que seja sustentável e inclusivo. Nesse caso, a agenda busca crescimento econômico, maior geração de emprego e inovação em conjunto com a proteção da natureza;</li><li>Paz: fomentar sociedades pacíficas, justas e inclusivas. Neste pilar, é enfatizado a necessidade de instituições eficazes, respeito aos direitos humanos, igualdade e cultura de paz, sem violência ou discriminação;</li><li>Parcerias: fortalecer a cooperação global e as parcerias entre diversos setores para atingir os objetivos. A ideia é que a Agenda 2030 só terá sucesso com a parceria entre governos, setor privado, universidades e organizações da sociedade, tanto em escala local quanto internacional.</li></ul><h2>Quais são as 17 ODS da ONU?</h2>A ONU definiu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, cada um voltado a uma área para melhorar a dinâmica da sociedade no mundo.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17162748166069.jpg" alt="a imagem-apresenta-os-17-objetivos-da-agenda-2030-da-onu" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17162748213070.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17162748385071.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17162748416072.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17162748432073.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A Agenda 2030 da ONU tem 17 objetivos principais. (Fonte: ONU)</figcaption></figure>Cada um desses objetivos possui metas detalhadas e indicadores para monitorar o progresso. Juntos, os 17 ODS oferecem um panorama das prioridades globais para alcançar um futuro sustentável e equilibrado.As 17 ODS da ONU são:<ol><li>Erradicação da pobreza: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;</li><li>Fome zero e agricultura sustentável: eliminar a fome, alcançar a segurança alimentar e promover a agricultura sustentável;</li><li>Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades;</li><li>Educação de qualidade: garantir acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, a fim de promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida;</li><li>Igualdade de gênero: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;</li><li>Água potável e saneamento: garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos;</li><li>Energia limpa e acessível: assegurar acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos;</li><li>Trabalho decente e crescimento econômico: promover crescimento econômico inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos;</li><li>Indústria, inovação e infraestrutura: construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;</li><li>Redução das desigualdades: reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;</li><li>Cidades e comunidades sustentáveis: tornar as cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;</li><li>Consumo e produção sustentáveis: assegurar padrões de consumo e de produções sustentáveis;</li><li>Ação contra a mudança global do clima: tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos;</li><li>Vida na água: conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;</li><li>Vida terrestre: proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir florestas, combater a desertificação, reverter a degradação da terra e a perda de biodiversidade;</li><li>Paz, justiça e instituições eficazes: promover sociedades pacíficas e inclusivas, proporcionar acesso à justiça para todos e construir instituições efetivas, responsáveis e inclusivas em todos os níveis;</li><li>Parcerias e meios de implementação: fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.</li></ol><h2>Quais ODS o Brasil já colocou em prática?</h2>O Brasil adotou oficialmente a Agenda 2030 e incorporou os ODS em suas políticas públicas. Em 2016, foi criada a Comissão Nacional para os ODS visando adaptar as metas globais à realidade brasileira.Desde então, governos locais, empresas e organizações da sociedade têm trabalhado para implementar projetos alinhados a esses objetivos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17165229432097.jpg" alt="pontos-da-ods-da-agenda-2030-da-onu-no-brasil" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17165229432098.jpg 143w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17165229432099.jpg 459w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17165229572100.jpg 689w," sizes="100vw"><figcaption>A imagem mostra o desempenho dos 17 ODS no Brasil entre 2016 e 2022. (Fonte: RNV)</figcaption></figure>O Relatório Nacional Voluntário divulgado em 2024 mostra que a refundação do Bolsa Família em 2023 ampliou cobertura e ajudou a tirar milhões de pessoas da linha de miséria; reforçando a meta de erradicar a pobreza prevista no ODS 1.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/207741-83-startups-brasileiras-apoiam-desenvolvimento-sustentavel.htm" target="_blank">83% das startups brasileiras apoiam desenvolvimento sustentável</a> &nbsp;</li></ul>O acesso à água segura (ODS 6) avançou de 95,1% para 97,9% entre 2015 e 2022. Além disso, o Programa Cisternas em conjunto com obras de infraestrutura hídrica possibilitam abastecimento de água a áreas rurais e da Amazônia. Contudo, é importante destacar que o saneamento ainda é um grande problema no território brasileiro.Além disso, o Brasil incorporou mais três ODS locais; alguns outros países, como a Índia, também receberam ODS específicas. No Brasil, as novas adições foram:<ul><li>18. Igualdade étnico-racial: promover a igualdade racial e acabar com o racismo estrutura no Brasil, propiciando uma sociedade justa para todos;</li><li>19. Arte, cultura e comunicação: visa proteger arte e cultura, fomentando políticas que auxiliem na preservação da cultura;</li><li>20. Direitos dos povos originários e comunidades tradicionais: garantir segurança, direito e preservação de comunidades tradicionais e de povos indígenas.</li></ul>Mesmo assim, ainda falta muito para o Brasil e o mundo alcançarem os objetivos da ONU. Pode ser que o tempo até 2030 não seja suficiente para terminar tudo, mas governos, organizações e empresas devem seguir nesses compromissos nos próximos anos.Unir progresso econômico com preservação ambiental se tornou uma das prioridades de grandes empresas em todo o mundo. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/260201-esg-x-sustentabilidade-diferenca.htm" target="_blank">Entenda a diferença entre ESG e sustentabilidade</a>. Até a próxima!

O que são os ODS e qual o objetivo da Agenda 2030

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No Dia Mundial do Meio Ambiente, o primatólogo Tiago Falótico falou ao TecMundo sobre como macacos-prego estão lidando com os impactos ambientais.   

Hoje, 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi instituída em 1972, pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de chamar a atenção para as questões ambientais, em especial para a preservação dos recursos naturais do nosso planeta.&nbsp;Nos últimos anos, o mundo tem enfrentado os impactos severos das mudanças climáticas, causadas pelo aumento da temperatura global. No Brasil, assistimos a dois extremos: chuvas torrenciais no Sul e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/222709-mudancas-climaticas-cientistas-preveem-brasil-seco-futuro.htm">secas históricas no Norte do país</a>.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401152-mudancas-climaticas-como-sera-o-clima-no-brasil-nas-proximas-decadas.htm">Com as atuais mudanças climáticas, como será o clima no Brasil nas próximas décadas?</a></li></ul>Desastres climáticos como esses podem se tornar cada vez mais frequentes, à medida que o avanço do desmatamento e a falta de políticas ambientais mais rigorosas contribuem para a perda do habitat natural de várias espécies do ecossistema brasileiro.O TecMundo, conversou com Tiago Falótico, primatólogo e explorador brasileiro da National Geographic, que faz parte do projeto Capuchin Culture, que, desde 2018, pesquisa o comportamento dos macacos-prego. A espécie enfrenta o risco de perda de habitat, especialmente por incêndios e desmatamentos na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.<h2>Estudando o kit de ferramentas dos macacos-prego</h2><div class="raw-html-embed"><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/ko9QigcC8DA" title="Macacos-prego já usavam ferramentas há 3 mil anos" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Ainda como acadêmico de Biologia da Universidade de São Paulo (USP), Tiago teve sua atenção capturada pelos macacos-prego (Sapajus libidinosus) que habitam parques estaduais. Ele ficou particularmente encantado com o modo como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113552-teste-feito-em-macacos-indica-mecanismo-de-consciencia-cerebral.htm" target="_blank">esses primatas utilizavam pedras como ferramentas para quebrar frutos duros</a>.Esse comportamento foi o tema de sua tese de doutorado, defendida em 2011, que alcançou repercussão internacional. O objetivo do trabalho foi descrever o kit de ferramentas usado por dois grupos de macacos-prego no Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí. Ele também estudou o aprendizado dessas técnicas por jovens macacos.&nbsp;Em outro artigo, de 2022, publicado na revista Scientific Reports, Falótico explica: “Em uma das populações que analisamos, mesmo quando possuem pedras adequadas para uso em determinado recurso alimentar, eles podem usar ferramentas desproporcionalmente pesadas, possivelmente evidenciando uma característica cultural daquele grupo”.<h2>Ameaças sofridas pelos macacos-prego atualmente</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03005113406005.jpg" alt="imagem-do-parque-nacional-da-serra-da -capivara.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03005113500006.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03005113656009.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03005113594007.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03005113609008.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado na Caatinga, é um importante habitat para os macacos-prego. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Na entrevista ao TecMundo, Falótico falou sobre uma característica surpreendente ligada ao sucesso ecológico dos macacos-prego: sua notável tolerância social quando comparados a outras espécies de primatas. “Autorizando” que os macacos mais jovens acompanhem as atividades de adultos, eles criam um ambiente propício à aprendizagem por observação.&nbsp;Ao permitir que múltiplos indivíduos acessem as mesmas fontes de alimento e técnicas, o grupo aumenta suas chances coletivas de sobrevivência, adaptando-se melhor às mudanças ambientais. Embora nem todas as espécies de macaco-prego estejam ameaçadas de extinção, conforme a IUCN, muitas sofrem redução populacional e fragmentação do habitat, diz o primatólogo.&nbsp;Entre as ameaças enfrentadas pelos primatas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/5-casos-surreais-de-trafico-de-animais" target="_blank">está a adoção de macacos-prego como animais de estimação</a>, destaca Falótico. Ele enfatiza que manter primatas como pets é prejudicial tanto para os animais quanto para os humanos. Nesse sentido, uma das grandes questões da conservação é entender como os primatas lidam com os impactos ambientais atualmente.&nbsp;<h2>Desafios para os macacos-prego em um cenário de mudanças climáticas</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03005623550011.jpg" alt="macaco-prego.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03005623550010.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03005623566012.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03005623800014.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03005623644013.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>As futuras pesquisas sobre os macacos-prego serão direcionadas para entender como eles lidam com os impactos das mudanças climáticas. (Fonte: Tiago Falótico/Flickr/Divulgação)</figcaption></figure>Fazendo pesquisas em áreas inóspitas da Caatinga, com temperaturas extremas e isolamento, Tiago diz ter percebido “o quão resiliente pode ser a vida selvagem para lidar com esses desafios ambientais, que tendem a ser maiores e mais extremos com as mudanças climáticas”. Curiosamente, a afirmação revela tanto a força quanto a vulnerabilidade do bioma semiárido.Nesse cenário, diz o primatólogo, novas tecnologias estão revolucionando a conservação dos macacos-prego: drones localizam grupos em terrenos inacessíveis, câmeras-trap monitoram comportamentos continuamente e análises genéticas revelam adaptações evolutivas populacionais. Contudo, “a observação direta ainda é insubstituível”, afirma Falótico.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/143024-macacos-prego-idade-pedra-brasil.htm" target="_blank">Macacos-prego já estão na Idade da Pedra aqui no Brasil</a></li></ul>Sobre o futuro de seu trabalho, Tiago Falótico declara: “Acredito que as futuras pesquisas ainda serão bastante direcionadas para entender como os primatas lidam com fragmentação de habitats, coexistência com humanos, e tentativas de minimizar o impacto”, conclui o pesquisador.Gostou da entrevista? Que tal se inspirar na cultura e na tolerância dos macacos-prego para agir neste Dia Mundial do Meio Ambiente? Apoie a ciência, respeite a vida silvestre e defenda a causa ambiental. Por um futuro sustentável!

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Dia Mundial do Meio Ambiente: macacos-prego dão lições de tolerância

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Novo estudo alerta: o aquecimento global pode ampliar a disseminação de fungos causadores de doenças em humanos, animais e plantas.

A ideia, popularizada pela série The Last of Us, de que uma pandemia causada pelo fungo Cordyceps poderia transformar humanos em criaturas agressivas parasitadas, possui um certo fundo de realidade. Isso porque, com as mudanças climáticas atuais, diversos fungos patogênicos estão se tornando mais prevalentes e resistentes, aumentando o risco de surtos difíceis de controlar.&nbsp;Em um estudo recente, ainda não revisado por pares, pesquisadores da Universidade de Manchester alertam que, “com o aumento das temperaturas globais, espera-se <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401152-mudancas-climaticas-como-sera-o-clima-no-brasil-nas-proximas-decadas.htm" target="_blank">que as mudanças climáticas</a> alterem os nichos ecológicos e a disseminação de muitos patógenos fúngicos”, principalmente as espécies do gênero Aspergillus, causadoras de graves infecções em humanos, gado e plantas.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294503-fungos-causar-apocalipse-zumbi-descubra.htm" target="_blank">Os fungos podem causar o apocalipse zumbi?</a>&nbsp;</li></ul>Hospedado no repositório de pré-impressões Research Square, o estudo esclarece que, como os fungos são saprotróficos ambientais, ou seja, se alimentam de matéria orgânica morta, mudanças causadas pelo aumento das temperaturas globais nos lugares onde eles vivem e prosperam podem fazer com que se disseminem para novas áreas onde antes não conseguiam sobreviver.<h2>Um cenário pessimista sobre infestação fúngica</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/26/26132904398278.jpg" alt="imagem-mostra-uma-cidade-após-um-evento-pós-apocaltico.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/26/26132904351276.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/26/26132904366277.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/26/26132904398279.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/26/26132904413280.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Temperaturas mais elevadas facilitariam a disseminação fúngica na Europa. (Fonte: Wallpaper Abyss/Reprodução)</figcaption></figure>Liderada pelo Dr. Norman van Rhijn, a equipe de Manchester utilizou modelagem e previsões climáticas para mapear como três patógenos fúngicos (Aspergillus flavus, fumigatus e niger) podem se disseminar globalmente em função das mudanças climáticas. Com genomas flexíveis e maleáveis, esses fungos se adaptam facilmente a novas geografias à medida que o ambiente se transforma.Com base no cenário climático SSP585, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o estudo sugere “mudanças para o norte na adequação de todas as três espécies, particularmente sob aquecimento severo”. Na Europa, estima-se que a distribuição de A. flavus aumente 16%, enquanto o A. fumigatus cresça 77,5%, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128284-7-doencas-que-podem-aumentar-devido-as-mudancas-climaticas.htm" target="_blank">expondo milhões de europeus a infecções pulmonares graves e frequentemente fatais.</a>As altas taxas de mortalidade por infecções fúngicas se devem à falta de diagnósticos precoces, vacinas e tratamentos eficazes. A dificuldade de desenvolver antifúngicos está relacionada à nossa similaridade biológica com esses organismos: assim como nós, eles são eucariotos. Por isso, um medicamento capaz de matar fungos também pode prejudicar células humanas.<h2>Quais seriam os impactos globais de uma infestação de fungos?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/26/26133506180282.jpg" alt="imagem-de-um-pesquisador-segurando-uma-amostra-fungos.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/26/26133506118281.jpg 200w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/26/26133506321285.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/26/26133506227283.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/26/26133506258284.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Fungos são mais resistentes hoje devido ao uso agrícola de fungicidas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Em comunicado, Van Rhijn afirma: “Já vimos o surgimento do fungo Candida auris devido ao aumento das temperaturas, mas, até agora, tínhamos poucas informações de como outros fungos poderiam responder a essa mudança no ambiente”. Isso acontece porque os fungos ainda permanecem pouco estudados, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400096-virus-ou-bacterias-quem-surgiu-primeiro.htm" target="_blank">quando comparados a vírus e parasitas</a>.&nbsp;Segundo os autores, as mudanças climáticas produzem efeitos paradoxais: enquanto temperaturas elevadas facilitam a disseminação fúngica na Europa, a África pode se tornar excessivamente quente para alguns fungos sobreviverem. Isso é preocupante, pois os fungos são essenciais aos ecossistemas, decompondo matéria orgânica, reintroduzindo nutrientes no solo e contribuindo para o ciclo do carbono, que regula temperaturas globais.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269098-mudanca-climatica-causar-bilhao-mortes-2100-diz-cientista.htm " target="_blank">Mudança climática pode causar um bilhão de mortes até 2100</a></li></ul>As infecções fúngicas, transmitidas por esporos aéreos, ameaçam especialmente pessoas imunocomprometidas, embora possam também afetar indivíduos saudáveis à medida que esses organismos se adaptam. Hoje eles são mais resistentes devido ao uso agrícola de fungicidas. No entanto, mesmo com riscos crescentes, menos de 10% das espécies fúngicas estimadas foram descritas, pois há poucos recursos para a pesquisa.Embora não estejamos em Boston, e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259399-cordyceps-fungo-the-last-of-us-real.htm" target="_blank">o Cordyceps real continue afetando apenas formigas e grilos</a>, a crise climática afeta não apenas o clima, mas também a saúde pública. Compartilhe esta matéria, e apoie pesquisas sobre fungos e doenças infecciosas.

The Last of Us? Saiba como as mudanças climáticas ampliam risco de infecções fúngicas reais

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Limitar o aquecimento global a 1,5 °C, como prevê o Acordo de Paris, não basta para evitar o derretimento das geleiras e a elevação do nível do mar.

Atualmente, não estamos dando conta de cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, conforme estabelecido no Acordo de Paris. Mas, mesmo que conseguíssemos atingir essa meta, ou mesmo se permanecermos no nível atual de aquecimento, em torno de +1,2 °C, o nível do mar ainda deverá se elevar em vários metros nos próximos séculos.A afirmativa, feita por uma equipe de pesquisa liderada pela Universidade de Durham, no Reino Unido, leva em consideração que essas duas temperaturas são inadequadas para proteger as grandes camadas de gelo da Groenlândia e da Antártida. Ou seja, se não houver uma redução das temperaturas médias atuais, o derretimento dessas massas de gelo poderia ser catastrófico.<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403680-mapa-mostra-como-seria-a-antartica-sem-nenhum-gelo.htm" target="_blank">Mapa mostra como seria a Antártica sem nenhum gelo</a></li></ul>Segundo o estudo, publicado recentemente na revista Communications Earth &amp; Environment, a única forma de evitar perdas significativas das camadas de gelo polares, que podem desencadear uma aceleração rápida e irreversível da elevação do nível dos oceanos, seria manter <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402485-estudos-indicam-que-a-terra-pode-entrar-em-uma-nova-fase-climatica-perigosa.htm" target="_blank">o aquecimento global na faixa de +1 °C</a>, que é inferior ao que temos hoje.<h2>Comparando aquecimentos globais do passado com o atual</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/23/23124001179195.jpg" alt="imagem-mostra-pesquisadores-estudando-as-gelereiras.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/23/23124001195197.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/23/23124001179196.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/23/23124001320199.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/23/23124001211198.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O derretimento das camadas de gelo é um alerta constante para as comunidades científica e política. (Fonte: Richard Jones/Divulgação)</figcaption></figure>Em um comunicado, o primeiro autor do artigo Chris Stokes, professor de Durham, afirmou que, no início da década de 1990, as camadas de gelo eram mais estáveis. Naquela época, as temperaturas globais estavam cerca de 1 °C acima dos níveis pré-industriais, e o dióxido de carbono era 350 ppm, considerado mais seguro. Hoje, os níveis CO₂ ultrapassam 424 ppm e continuam subindo rapidamente, o que agrava o problema climático.Para testar suas hipóteses, os autores compararam evidências de períodos quentes passados (parecidos ou um pouco mais quentes que os de hoje) com as medições atuais da perda de gelo. Eles também fizeram projeções para diferentes níveis de aquecimento ao longo dos próximos séculos. Esses registros históricos revelaram que os níveis do mar tendem a se elevar cada vez mais à medida que o aquecimento aumenta e persiste.Coautora do estudo, a professora Andrea Dutton, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, explicou que, conforme evidências anteriores, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403064-colapso-da-corrente-do-oceano-atlantico-pode-acontecer-neste-seculo.htm" target="_blank">o aquecimento global de 1,5 °C ou mais pode causar elevação do mar de vários metro</a>. O coautor Jonathan Bamber, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, alerta que “a perda de massa das camadas de gelo tem sido um grande alerta para toda a comunidade científica e política”.<h2>Consequências das previsões do estudo atual</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/23/23125643967205.jpg" alt="ilustração-mostra-o-degelo-das-geleriras" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/23/23125645858209.jpg 113w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/23/23125644092206.jpg 361w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/23/23125644139208.jpg 541w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/23/23125644107207.jpg 722w," sizes="100vw"><figcaption>A recuperação das camadas de gelo pode levar milênios. (Fonte: Chris Stokes et al., Communications Earth &amp; Environment, 2025/Divulgação)&nbsp;</figcaption></figure>Especialista em simulações computacionais da Antártida e coautor do estudo, o professor Rob DeConto, da Universidade de Massachusetts Amherst, EUA, afirma em comunicado: “É importante enfatizar que essas mudanças aceleradas nas camadas de gelo e suas contribuições para o nível do mar devem ser consideradas permanentes em escalas de tempo multigeracionais”. Ou seja, podem levar até milênios para uma recuperação completa.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265481-elevacao-nivel-oceanos-terra-assusta-cientistas-da-nasa.htm" target="_blank">A elevação do nível dos oceanos da Terra assusta até mesmo cientistas da NASA</a></li></ul>As consequências desse cenário são amplas e preocupantes. Segundo os autores, cerca de 230 milhões de pessoas vivem atualmente em áreas costeiras de baixa altitude, particularmente vulneráveis à elevação do nível do mar. Nessas cidades, uma elevação de apenas 20 centímetros até 2050 poderia resultar em danos anuais acima de US$ 1 trilhão.No Brasil, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286290-litoral-paulista-5-regioes-costeiras-brasil-submersas-diz-estudo.htm" target="_blank">cidades como Rio de Janeiro, Recife e Salvador enfrentam riscos significativos</a>. A elevação dos oceanos pode levar à erosão costeira, inundações frequentes e salinização de aquíferos, afetando a infraestrutura urbana, agricultura e disponibilidade de água potável. Além disso, comunidades inteiras podem ser obrigadas a se deslocar, gerando desafios sociais e econômicos inimagináveis.Assustou-se com o estudo? É natural que isso ocorra. Saber que o futuro das cidades costeiras — e de milhões de vidas — depende das decisões que tomamos hoje só aumenta a nossa responsabilidade. Compartilhe esta matéria e apoie políticas climáticas desafiadoras.&nbsp;

Cumprir meta de 1°C do Acordo de Paris não evitará aumento do nível do mar

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A Grande Mancha de Lixo do Pacífico é uma grande massa de plásticos enredados.

A grande mancha de lixo não forma só uma “ilha” boiando nas águas do oceano, mas é hoje uma massa compacta e definida que pode ser observada do espaço.

A Grande Mancha de Lixo do Pacífico (GPGP na sigla em inglês) é uma imensa área de acumulação de lixo marinho localizada no Oceano Pacífico Norte, entre o Havaí e a Califórnia. É formada principalmente por plásticos e outros detritos que são arrastados pelas correntes oceânicas e se concentram naquela região.Em entrevista recente à Popular Science, o líder de modelagem computacional da organização The Ocean Cleanup, Bruno Sainte-Rose, descreve uma viagem de navio, do porto de Victoria, no Canadá, até a chamada “sopa de microplásticos”. Após três dias e meio de navegação no sentido sudoeste, "você vê um aumento de avistamentos de detritos", diz Sainte-Rose.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128541-1-litro-de-agua-pode-abrigar-240-mil-pedacos-de-microplasticos-comprova-estudo.htm" target="_blank">Um litro de água pode abrigar 240 mil pedaços de microplásticos, comprova estudo</a></li></ul>O termo “sopa de microplásticos” é o mais apropriado, segundo o engenheiro aeroespacial, pois a GPGP não é apenas uma “ilha” de resíduos boiando no oceano, mas sim uma massa compacta, claramente vista por satélites ou navios. Como 86% dos plásticos provêm da atividade pesqueira, segundo a Ocean Cleanup, a sopa é pontuada por redes de pesca descartadas ou perdidas.&nbsp;<h2>Por que a Grande Mancha de Lixo não para de crescer?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16110616849202.jpg" alt="4e3950ae704e4e43e5a401c0896fed28Adnb8kcKL4whftIa-0 (1).jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16110616786201.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16110616880204.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16110616849203.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16110616880205.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A GPGP se dividiu em duas: a Ocidental e a Orienta. (Fonte: (Fonte: NOAA/Divulgação)</figcaption></figure>A GPGP começou a ser notada em 1973, quando alguns navegantes perceberam uma quantidade anormal de objetos artificiais no Pacífico Norte. Embora plásticos flutuantes sejam comuns nos oceanos (são 171 trilhões de fragmentos segundo um estudo de 2023), a surpresa foi encontrá-los tão distantes da costa. "A estação espacial internacional está realmente mais próxima da GPGP na maior parte do tempo do que do resto dos seres humanos", diz Sainte-Rose.A massa de plásticos enredados se concentra em uma área remota, envolvida pelo Giro do Pacífico Norte, uma grande corrente oceânica que gira no sentido horário e captura detritos e os move gradualmente pelo oceano. Os vórtices lentos desse giro vão acumulando os resíduos. Hoje a mancha de divide em duas: a Ocidental, perto do Japão, e a Oriental, entre Califórnia e Havaí. O plástico circula entre essas zonas, mas não escapa das correntes.A Ocean Cleanup é uma organização sem fins lucrativos holandesa que tem como missão desenvolver tecnologias para remover plástico dos oceanos e evitar que ele chegue até lá.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403445-praias-brasileiras-sao-transformadas-em-lixao-de-embalagens-asiaticas.htm" target="_blank"> Só em 2024, 11,5 milhões de quilos de lixo foram retirados dos oceanos e rios mundiais</a>. A fundação estima que, com um investimento de US$ 7,5 bilhões, seria possível eliminar o GPGP em uma década.&nbsp;<h2>Os plásticos já formaram um ecossistema</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16111656713280.jpg" alt="GettyImages-1255120096.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16111656713279.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16111656806281.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16111656822282.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16111656822283.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Muitos microrganismos são retirados junto com o lixo removido dos mares. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure> Embora apresentadas como uma solução para limpar os oceanos, as soluções da Ocean Cleanup enfrentam críticas. A principal delas é que suas redes capturam plásticos maiores, mas deixam para trás os microplásticos, que são 90% do problema. Outra questão é que, embora as redes permitam que animais marinhos escapem, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/pesquisadores-descobrem-o-unico-animal-imune-aos-microplasticos" target="_blank">ecossistemas aderidos aos detritos (compostos por microrganismos) são removidos com o lixo</a>. "Você vê uma diversidade muito ampla de microrganismos ligados ao plástico", afirma a microbiologista marinha Sonja Oberbeckmann, do Instituto Federal de Pesquisa e Teste de Materiais na Alemanha, à PopSci. Sainte-Rose contra-argumenta que esses “surfistas de plástico” são espécies invasoras, que nem deveriam estar nos oceanos.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403447-a-perigosa-conexao-entre-os-microplasticos-e-as-superbacterias.htm" target="_blank">A perigosa conexão entre os microplásticos e as superbactérias</a></li></ul>Ele lembra que a GPGP é apenas uma das abordagens da Ocean Cleanup, que trabalha também em rios, bloqueando a ida de plásticos para os oceanos, em projetos mais viáveis financeiramente para governos locais e mais visíveis para o público. Enquanto isso, a limpeza da GPGP, mais distante e complexa, enfrenta problemas de financiamento. &nbsp;"É problema de todos e de ninguém, certo?" provoca Sainte-Rose.Se o plástico no mar é problema de todos e de ninguém, quem vai agir primeiro? Compartilhar esta matéria pode ser um bom começo, pois, compreender a dimensão da poluição plástica pode inspirar ações como; reduzir o uso de plásticos descartáveis e reciclá-los corretamente. &nbsp;

A Grande Mancha de Lixo do Pacífico está se transformando em um ecossistema

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O aumento da temperatura ameaça as plantações de cacau, mas cientistas estão desenvolvendo técnicas para garantir sua sobrevivência.

O chocolate é um dos alimentos mais populares do mundo, presente em barras, bombons, ovos e diversas receitas da culinária. Mas será que o cacau, a fruta que dá origem ao chocolate, pode acabar? Um grupo de pesquisadores afirma que isso pode acontecer devido às mudanças climáticas, mas ainda há tempo para a salvação.Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em parceria com a empresa de alimentos Mars, estudou os desafios genéticos das plantas de cacau. Segundo a análise, eles sugerem que o aumento da temperatura global e o clima seco podem criar condições para o “desaparecimento” do cacau a partir de 2050.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/286364-crise-climatica-afetar-bolso.htm" target="_blank">Como a crise climática vai afetar o seu bolso?</a></li></ul>Felizmente, os pesquisadores afirmam que estão desenvolvendo uma técnica para ajudar o cacau a sobreviver no futuro. Com o uso <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401020-o-que-e-crispr-e-quais-sao-suas-implicacoes-para-a-humanidade.htm" target="_blank">da tecnologia de edição genética CRISPR</a>, eles estão criando mudas de cacau modificadas que poderão resistir mesmo nessas condições mais quentes e secas.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/EwRl6yaYdPc?si=CeFxwOd5FCwMaTti" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Atualmente, o cacau é uma planta que cresce em poucas regiões do mundo, onde a temperatura e a umidade se mantêm estáveis ao longo do ano. No Brasil, por exemplo, muitas áreas da Bahia cultivam cacau justamente por oferecerem essas condições climáticas ideais.Com o aumento das temperaturas previsto até 2050, essas regiões tendem a ficar mais quentes e, possivelmente, deixarão de ser adequadas para a fruta que dá origem ao chocolate.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/14/14140822326043.jpg" alt="a-fotografia-mostra-uma-pessoa-tocando-em-um-cacao-na-arvore" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/14/14140822185039.jpg 208w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/14/14140822263040.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/14/14140822310042.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/14/14140822295041.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Além de ser um problema ambiental, a crescente demanda pelo cacau é uma preocupação social, já que milhares de pessoas dependem das plantações. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Nesse caso, seria necessário realocar as plantações para áreas mais altas. Contudo, a edição genética desenvolvida pelos cientistas pode permitir que as plantas continuem sobrevivendo nos mesmos locais onde são cultivadas atualmente."Estamos tentando nos dedicar ao máximo. Obviamente, há compromissos aos quais o mundo está se inclinando, mas, francamente, não achamos que estamos chegando lá com rapidez suficiente coletivamente", disse o diretor de sustentabilidade da Mars, Barry Parkin, em mensagem ao site Business Insider.<h2>CRISPR, edição genética e o chocolate</h2>Apesar de diversas regiões do mundo cultivarem o fruto do qual se faz o chocolate, a maior parte da produção mundial de cacau vem da África Ocidental, especialmente da Costa do Marfim e de Gana.É importante deixar claro que o estudo não <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286343-evitar-6-extincao-massa-cientistas-propoem-proteger-1-2-terra.htm" target="_blank">descreve que o cacau será extinto até 2050</a>, mas que as áreas de plantações atuais deixariam de ser viáveis até essa período.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127020-o-que-e-o-cacau-alucinogeno-que-viralizou-na-internet.htm" target="_blank">O que é o 'cacau alucinógeno' que viralizou na internet?</a></li></ul>A geneticista da Universidade da Califórnia e autora do estudo, Jennifer Doudna, sugere que a tecnologia também poderá ser aplicada a outros alimentos. Como exemplo, ela menciona que adoraria ver uma planta de tomate capaz de produzir frutos que permanecessem por mais tempo na videira.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/14/14141634220049.jpg" alt="a-fotografia-apresenta-o-besouro-raro-goliathus-cacicus" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/14/14141634345053.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/14/14141634252050.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/14/14141634330051.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/14/14141634345052.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Com o aumento do consumo do cacau pelos humanos, o besouro-golias pode ser extinto; devido ao desmatamento de diversas áreas para plantação de cacau, a população desse besouro reduziu em 80%. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Em seu laboratório, estudantes de pós-graduação também pesquisam a mandioca, visando aplicar edições genéticas para reduzir uma toxina que se intensifica em plantações expostas a altas temperaturas.&nbsp;Além disso, uma empresa fundada por Doudna licenciou a técnica CRISPR para uso em outros alimentos, como milho e cogumelos.Diversas espécies estão desaparecendo sem que ninguém perceba, o que deixa lacunas nos ecossistemas. Quer saber mais?<a href="http://tecmundo.com.br/ciencia/283277-saiba-extincoes-sombrias-destruindo-vida-terra.htm" target="_blank"> Entenda como as "extinções sombrias" estão destruindo a vida na Terra</a>. Até a próxima!

Fim do chocolate? Os esforços da ciência para evitar a extinção do cacau

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Com o aumento da temperatura global devido às mudanças climáticas, uma nova pesquisa sugere que a economia pode derreter.

A mudança climática é um problema real que afeta o mundo inteiro, com impactos tanto no clima da Terra quanto na sociedade humana. Além de provocar alterações climáticas globais, essas mudanças podem reduzir a economia mundial em até 40%. É o que explica um novo estudo sobre o tema.Em um artigo publicado na revista científica Environmental Research Letters, uma equipe de pesquisadores analisou os possíveis danos que as mudanças climáticas podem causar à economia global. Eles sugerem que diversos fatores contribuem para esse cenário, como secas e tempestades que afetariam colheitas de alimentos.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402485-estudos-indicam-que-a-terra-pode-entrar-em-uma-nova-fase-climatica-perigosa.htm" target="_blank">Estudos indicam que a Terra pode entrar em uma nova fase climática perigosa</a></li></ul>Para realizar essa análise, a equipe utilizou dados sobre os impactos que as mudanças climáticas podem causar no PIB global.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/LwRTw_7NNJs?si=3eo8xVuBpruJSjPs" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Normalmente, os modelos que preveem essas consequências utilizam dados regionais, que nem sempre são aplicáveis a outras regiões. Porém, os pesquisadores do novo artigo corrigiram três modelos para entender como um país seria afetado pela economia global diante das <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269098-mudanca-climatica-causar-bilhao-mortes-2100-diz-cientista.htm" target="_blank">mudanças climáticas</a>.“Projeções de danos macroeconômicos de futuras mudanças climáticas tendem a sugerir impactos leves a moderados. Isso pode levar a políticas climáticas ótimas em termos de bem-estar em modelos de avaliação integrada (IAMs) que recomendam reduções de emissões muito lentas nas próximas décadas, em nítido contraste com as ambições do Acordo de Paris”, é descrito na introdução do estudo.<h2>Economia global e mudanças climáticas</h2>Enquanto a maioria das pesquisas semelhantes aponta que um aumento de 4 °C na temperatura pode reduzir a economia global entre 7% e 23%, o novo estudo prevê que a queda pode chegar a 40%. Antes desse cenário extremo, a projeção média é de uma redução de 11%.Os pesquisadores também explicam que modelos anteriores sugeriam que a Rússia e partes da Europa poderiam se beneficiar do aumento das temperaturas. Mas os novos dados indicam que, diante de um impacto global, todos os países seriam afetados.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02135057883405.jpg" alt="a-ilustração-mostra-a-terra-derretendo-em-referencia-as-mudanças-climaticas" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02135057898406.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02135058024409.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02135058008407.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02135058024408.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A crise climática pode impactar diversos setores da sociedade, e a economia global pode ser um dos mais afetados. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Para evitar esse cenário, os especialistas destacam que é preciso adotar várias medidas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Só assim será possível estabilizar o aumento da temperatura média global. O estudo recomenda que o aquecimento do planeta não ultrapasse a média de 1,7 °C.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289025-emergencia-climatica-agricultura-brasileira-risco.htm" target="_blank">Emergência Climática e a agricultura brasileira em risco</a></li></ul>Em uma publicação no site&nbsp;The Conversation, o professor de Economia e coautor do estudo, Timothy Neal, explica que a análise se concentrou em dados do PIB global per capita para entender como a sociedade seria impactada. Segundo ele, uma coisa ficou evidente: o aquecimento do planeta pode, de fato, afetar a economia em escala mundial.“Nossos resultados destacam a necessidade de integrar, de forma muito mais consistente, a modelagem econométrica com o conhecimento da ciência do clima sobre eventos extremos, para garantir que os custos das mudanças climáticas não sejam subestimados”, o estudo acrescenta.Secas prolongadas, tempestades mais intensas e colheitas comprometidas: os impactos da crise climática vão muito além do meio ambiente. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/286364-crise-climatica-afetar-bolso.htm" target="_blank">Entenda melhor como a crise climática vai afetar o seu bolso</a>. Até a próxima!

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Economia mundial pode derreter 40% com aumento climático de 3°C; entenda

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Uma nova pesquisa na Antártida possibilitou o desenvolvimento de um mapa que mostra como seria a região sem nenhum gelo.

Desde que as expedições e observações na Antártida se tornaram possíveis, é impossível não notar o ambiente dominado por neve, gelo, icebergs e uma paisagem intensamente branca. Sob a superfície da região, há milhares de quilômetros de gelo, que guardam diversos registros da vida pré-histórica na Terra. Mas e se todo esse gelo não existisse?Apesar de a humanidade só conhecer a Antártida coberta por neve, cientistas já descobriram evidências científicas que esse continente já abrigou árvores, animais e vastas paisagens verdes. Quase não dá para imaginar, né? Mas agora você pode.<ul><li>Confira: &nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403158-6-equivocos-sobre-a-antartida-o-continente-gelado.htm" target="_blank">6 equívocos sobre a Antártida, o continente gelado</a></li></ul>Em um estudo recente publicado na revista Scientific Data, uma equipe de pesquisadores do British Antarctic Survey (BAS) produziu um mapa que revela detalhadamente <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290053-ultima-vez-antartida-nao-teve-gelo-ciencia-responde.htm" target="_blank">como seria a Antártida sem o gelo</a>.Cerca de 70% de toda a água doce da Terra está armazenada nas geleiras da Antártida, cuja espessura média do gelo chega a 1,9 quilômetro. Um exemplo impressionante é o Lago Vostok, que está escondido a aproximadamente 4 quilômetros abaixo de uma camada de gelo&nbsp;— essa região está isolada há cerca de 15 milhões de anos.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/jMYcgD1ihB4?si=iGmO4VK-EGkV7rhY" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Nomeado Bedmap3, o mapa desenvolvido por um grupo internacional de cientistas do British Antarctic Survey (BAS) foi criado a partir de dados coletados por satélites, navios, trenós, aviões, entre outros meios.A partir das informações coletadas, os pesquisadores conseguiram reconstruir os 14 milhões de quilômetros quadrados da região, revelando como seria a Antártida sem a cobertura de gelo e neve que esconde suas partes mais inacessíveis — é estimado que existem cerca de 27 milhões de quilômetros cúbicos de gelo.Mas por que fazer um mapa da Antártida? O objetivo dos cientistas é entender melhor como o continente reage às mudanças climáticas dos últimos anos. Afinal, se o gelo da região continuar derretendo devido ao <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287915-temperatura-antartida-atinge-novo-recorde-28-graus-media.htm" target="_blank">aumento das temperaturas</a>, o nível do mar pode subir e afetar diversas áreas ao redor do mundo."Esta é a informação fundamental que sustenta os modelos de computador que usamos para investigar como o gelo fluirá pelo continente à medida que as temperaturas aumentam", disse o glaciologista do BAS e principal autor do estudo, Dr. Hamish Pritchard.<h2>Mapa da Antártida sem gelo</h2>O mapa pode ajudar os cientistas a entender melhor como as geleiras se movimentam sobre a superfície da Antártida, além de oferecer uma compreensão mais precisa sobre os efeitos de rios subterrâneos de água quente.Em outras palavras, o objetivo é investigar a interação entre os processos que ocorrem nas profundezas da Terra e o gelo que cobre o continente.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288179-espaco-verde-antartida-aumentando-mostra-1-mapa-feito.htm" target="_blank">Espaço verde na Antártida está aumentando, mostra único mapa feito até hoje</a></li></ul>Os cientistas utilizaram aviões para sobrevoar a região e também recorreram a dados de satélites. Ao todo, foram realizados 277 levantamentos de espessura do gelo, que resultaram em 82 milhões de pontos de dados.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/31/31153221700029.jpg" alt="a-imagem-mostra-um-mapa-da-antartica-sem-nenhum-gelo" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/31/31153221716030.jpg 148w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/31/31153221731031.jpg 474w," sizes="100vw"><figcaption>O mapa mostra uma versão da Antártica sem nenhum gelo. (Fonte: British Antarctic Survey)</figcaption></figure>Esses resultados permitiram a criação de um mapa muito mais detalhado do que o anterior produzido pela BAS, com diversas lacunas completamente preenchidas. Por exemplo, uma das lacunas revelou uma região com mais de quatro quilômetros de espessura de gelo.O novo mapa também trouxe descobertas no Polo Sul, nas Montanhas Transantárticas e nas áreas costeiras. Com a pesquisa concluída, os cientistas calcularam que o volume total de gelo na Antártida é de 27,17 milhões de quilômetros cúbicos — o que representa quase o dobro do tamanho do próprio continente.Confirmando estudos anteriores sobre o tema, os pesquisadores mostraram que os dados indicam que o nível do mar subiria cerca de 58 metros caso todo o gelo da Antártida derretesse de uma só vez. Em outras palavras, isso teria um impacto devastador, capaz de transformar completamente a sociedade como a conhecemos."Imagine despejar xarope sobre um bolo de rocha — todos os caroços, todas as saliências, determinarão para onde o xarope irá e quão rápido. E assim é com a Antártida: algumas cristas segurarão o gelo fluindo; as cavidades e partes lisas são onde esse gelo pode acelerar”, Pritchard acrescenta.<h2>Antártida pode descongelar?</h2>O Bedmap3 é apenas o terceiro mapa já desenvolvido pelo British Antarctic Survey; o primeiro foi publicado em 2001. Esta nova versão reúne mais do que o dobro de pontos de dados em comparação à anterior. Além disso, informações como precisão, altitude, espessura e formato das camadas de gelo foram registradas com muito mais detalhamento.À medida que o mundo continua a se aquecer, especialistas em clima alertam que o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273151-derretimento-camada-gelo-da-antartica-ocidental-inevitavel-diz-estudo.htm" target="_blank">derretimento da Antártida</a> deve impactar cada vez mais a sociedade humana.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/31/31153221700028.jpg" alt="a-imagem-mostra-um-mapa-da-antartica-coberta-de-gelo" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/31/31153221700027.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/31/31153221809032.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>O mapa criado pela BAS também mostra como é a região coberta com 27 milhões de quilômetros cúbicos de gelo. (Fonte: British Antarctic Survey)</figcaption></figure>Até 2050, estima-se que a Corrente Circumpolar Antártica fique cerca de 20% mais lenta do que é atualmente. Se isso realmente acontecer, pode haver uma redução significativa na biodiversidade marinha e um aumento na presença de espécies.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271293-formacao-gelo-antartida-explicada-lama-antiga-mississipi.htm" target="_blank">Formação do gelo na Antártida pode ser explicada por lama antiga no Mississipi</a></li></ul>Esse é apenas um dos efeitos. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281405-derretimento-gelo-polar-mudando-duracao-do-ano-terra-diz-estudo.htm" target="_blank">O derretimento das geleiras pode desencadear uma série de problemas</a> climáticos em escala global, que, por sua vez, gerariam novas consequências — criando um ciclo quase contínuo de impactos."Em geral, ficou claro que a camada de gelo da Antártida é mais espessa do que imaginávamos originalmente e tem um volume maior de gelo que está aterrado em um leito rochoso abaixo do nível do mar. Isso coloca o gelo em maior risco de derretimento devido à incursão de água quente do oceano que está ocorrendo nas franjas do continente”, disse outro autor do estudo e cartógrafo do BAS, Peter Fretwell.Mesmo coberta por uma espessa camada de gelo, a Antártida esconde segredos do passado — e um deles é que esse continente gelado já foi verde e cheio de vida. Quer saber mais? Então aproveite para descobrir o que pode acontecer, se os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281776-vulcoes-antartida-entrassem-erupcao-veja-estudo.htm" target="_blank">vulcões da Antártida entrassem em erupção.</a> Até a próxima!

Mapa mostra como seria a Antártica sem nenhum gelo

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Embora divertido, mascar chicletes pode ter consequências ambientais

Tratado como questão de limpeza urbana por descarte inadequado pelos mascadores, a goma de mascar é na verdade um grave risco ambiental quando fabricada com plásticos que poluem o meio ambiente. 

Um dos produtos de consumo diário mais diversificados no mundo, a goma de mascar superou o seu papel de simples produto alimentício para se tornar um importante cultural com variadas interpretações e associações, desde alívio do estresse a evocação de momentos nostálgicos da infância e adolescência.&nbsp;Se, por um lado, o nosso popular chiclete é um produto de consumo recreativo popular e barato, ele apresenta uma face sombria que o leva a ser proibido em alguns lugares do mundo, como Singapura. É que, após a mastigação, o descarte incorreto da goma causa poluição urbana, permanência no meio ambiente por vários anos, impacto na fauna e alto custos para ser removido das vias públicas. &nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/98991-o-que-acontece-quando-voce-engole-um-chiclete.htm" target="_blank">O que acontece quando você engole um chiclete?</a></li></ul>Agora, em um artigo recente para a plataforma The Conversation, o pesquisador David Jones, professor da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, acrescenta uma consequência gravíssima do descarte inconsequente da goma de mascar cuspida: poluição plástica. Para o especialista, a maioria das gomas de mascar modernas contém "uma variedade de borrachas sintéticas à base de óleo", parecidas com as que os pneus usam.<h2>Do que o chiclete é realmente feito?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24133757662306.jpg" alt="GettyImages-1013663798.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24133757677307.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24133757771309.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24133757771308.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24133757787310.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Chiclete é feito de estireno-butadieno, polímero sintético usado na fabricação de pneus. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Pesquisando plásticos por 15 anos, Jones diz que a maioria das pessoas em suas palestras geralmente se chocam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128935-novo-estudo-indica-que-toda-placenta-humana-contem-microplasticos.htm" target="_blank">ao saber que têm mastigado pedacinhos de plástico por longos anos</a>. Isso acontece porque quase ninguém sabe que a “base de goma” do chiclete é, na verdade, uma mistura de polímeros sintéticos. Os fabricantes, por sua vez, não dão detalhes dos ingredientes e falam vagamente em base de goma “sintética”.Até mesmo marcas consagradas, como a norte-americana Wrigley, fabricante da centenária Doublemint, se apresentam como defensoras da saúde bucal, com seus chicletes sem açúcar, mas omitem que sua base contém o estireno-butadieno (usado em pneus), o polietileno (de sacolas plásticas) e o acetato de polivinila (cola de madeira). A empresa de Chicago fala apenas em "textura suave" e "sabor duradouro" na descrição dos seus produtos.A “discrição” se justifica: a indústria do chiclete é hoje um negócio bilionário, com estimativa de uma movimentação de US$ 48,68 bilhões (o equivalente a R$ 279 bilhões) em 2025. Em um mercado monopolizado (75%) por três empresas, são produzidas anualmente 2,4 milhões de toneladas de goma de mascar, sendo 730 mil toneladas feitas com base sintética, que se transforma em microplásticos, que irão poluir o ambiente por dezenas de anos.<h2>Medidas paliativas para mascarar o problema ambiental</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24134708943311.jpg" alt="GettyImages-481552119.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24134708958312.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24134709021314.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24134709006313.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24134709037315.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Não basta lavar as calçadas, pois a goma de mascar permanece no meio ambiente. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>O descarte de chicletes feitos com base sintética cria dois problemas: um imediato, que é a sua remoção de calçadas e bancos públicos, avaliada em £ 7 milhões anuais (R$ 51,6 milhões) no Reino Unido. Esse gasto elevado, causado pela falta de educação dos mascadores, acaba se tornando ineficaz, pois o plástico permanece no ambiente. &nbsp;Segundo o autor, existem atualmente algumas soluções paliativas, como a instalação de coletores para reciclar chicletes pela Gumdrop Ltd., ou a campanha “Mantenha a Grã-Bretanha Limpa”, que recebeu £ 10 milhões de fabricantes (inclusive a Wrigley) <a href="https://www.tecmundo.com.br/the-brief/265493-plastico-biodegradavel-solucao-problema-meio-ambiente.htm" target="_blank">para limpar chicletes velhos das ruas e calçadas</a> .&nbsp; O grande equívoco desses programas é atacar os sintomas do problema e não a sua causa. Nessas iniciativas, a goma de mascar descartada é tratada como “lixo” e não como “poluição plástica”. Ao propagar que o problema não é mascar chiclete, mas descartá-lo incorretamente, a responsabilidade vai para o consumidor, e as indústrias se esquivam de sua responsabilidade corporativa de fabricar um produto sabidamente poluente.<h2>Soluções para a poluição por goma de mascar</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24135217187321.jpg" alt="GettyImages-1148332773.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24135217296325.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24135217218322.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24135217281323.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/24/24135217296324.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A poluição por chicletes com plásticos sintéticos deve passar pelo redesenho do produto (Fonte: Getty Images/reprodução)</figcaption></figure>Assim como ocorre com os demais plásticos descartáveis, a solução para o problema dos chicletes passa por diversos tipos de abordagem, como educação, regulamentação e inovação. Os consumidores precisam saber que estão mascando plástico, e esses ingredientes devem estar claramente descritos nos rótulos. Além disso, um imposto sobre chicletes sintéticos poderia não só financiar limpezas, como pressionar fabricantes a explorar soluções sustentáveisMas, a resolução do problema da poluição por plásticos sintéticos em gomas de mascar não deve se restringir a penalidades por descarte inadequado. A responsabilidade deve ser estendida aos fabricantes, com vistas a redesenhar completamente seu produto. Embora opções biodegradáveis já estejam disponíveis, na forma de biopolímeros à base de plantas, as grandes corporações resistem às mudanças devido ao baixo custo dos plásticos sintéticos.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/proibido-mascar-chiclete-e-outras-leis-estranhas-pelo-mundo" target="_blank">Proibido mascar chiclete e outras leis estranhas pelo mundo</a></li></ul>Independentemente do que venha a ser feito pelos governos, cada um de nós deve ter em mente que, assim como nos escandalizamos quando alguém joga uma garrafa PET na rua, cuspir um chiclete no chão tem o mesmo impacto. Dessa forma, tanto poluidores incivis como fabricantes de produtos poluentes precisam assumir sua parcela de responsabilidade. Pelo bem do planeta.O que você achou dessa matéria sobre o potencial poluidor do chiclete como microplástico? Comente, compartilhe com seus amigos nas redes sociais, e apoie iniciativas que pressionar a indústria a utilizar materiais biodegradáveis na goma de mascar. Conheça também<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403447-a-perigosa-conexao-entre-os-microplasticos-e-as-superbacterias.htm" target="_blank"> a perigosa conexão entre os microplásticos e as superbactérias</a>.&nbsp;

A goma de mascar é feita do material de pneus e causa poluição plástica

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O microplástico veio para ficar e aparentemente, para contribuir com a vida, proliferação e fortalecimento das superbactérias. Entenda.

Como algo tão pequeno pode provocar um impacto global? Estamos acostumados com doenças causadas por vírus e bactérias, que em seu tamanho microscópico, se alastram e destroem sistemas orgânicos, contudo, algo um pouco diferente e não diretamente patogênico tem causado impacto semelhante na destruição do sistema ambiental: microplásticos.O descarte incorreto dos diferentes tipos de polímeros plásticos ocasionou na formação do que conhecemos agora por microplástico. A ação dos agentes físicos e climáticos foram aos poucos quebrando esses polímeros, os tornando pequenas peças diminutas de contaminação que, agora, parecem poder ser potencializadores para linhagens mais fortes e resistentes de bactérias.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272633-microplasticos-encontrados-aguas-nuvens-diz-estudo-japao.htm" target="_blank">Microplásticos foram encontrados nas águas das nuvens, diz estudo no Japão</a></li></ul>Entenda um pouco mais sobre os microplásticos e como eles podem causar danos ao meio ambiente e para a saúde humana.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20102936910000.jpg" alt="imagem-mostra-microplasticos.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20102937520002.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20102937723003.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20102937738004.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20102936926001.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A sacolinha de lixo, a garrafa pet do refrigerante, a escova de dentes, todos unidos formando uma grande família em prol do impacto ambiental. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2>A invasão dos microplásticos</h2>Os microplásticos não são um problema tão recente na história da humanidade. A primeira detecção dessas peças minúsculas datam de meados de 1970 e a sua maior concentração está nos oceanos.&nbsp;Mas ainda que seja uma ameaça conhecida há 50 anos, seu potencial destruidor tem sido melhor compreendido atualmente, graças a extensos estudos de impacto na saúde ambiental e humana.&nbsp;Ainda que haja uma quantidade significativa de microplásticos no solo, é sempre interessante recordar que tudo que o que está na terra tem potencial para escoar durante os ciclos de chuva, jogando esses contaminantes nas redes de esgoto que depois tratados, ou não, desembocam em rios e tem seu destino nos oceanos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103008760005.jpg" alt="imagem-mostra-a-poluição-causada-pelo-plástico-na-água.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103008822006.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103008853007.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103008869009.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103008869008.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>&nbsp;Com o tempo, todo esse lixo vai se degradando e formando microplásticos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Com um tempo estimado de degradação em 400 anos a 500 anos, dependo do polímero, há tempo suficiente para causar grandes impactos no meio ambiente e a contaminação, inclusive, em organismos vivos.&nbsp;Dentre os principais problemas da presença do microplástico no meio ambiente, podemos destacar: liberação de substâncias tóxicas, desequilíbrio do sistema aquático com a morte de animais, estímulo à proliferação de algas e toda uma cadeia de vida em risco.&nbsp;Mas o problema não está apenas nos oceanos. Estudos recentes detectaram a presença de microplástico em seres humanos. No leite materno, no sangue, nos pulmões, no estômago e até no cérebro. Acredita-se que eles possam gerar uma grande influência em processos patológicos, contribuindo para o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/230589-estudo-mostra-microplasticos-prejudicar-celulas-humanas.htm" target="_blank">desenvolvimento de doenças cardiovasculares.&nbsp;</a>Esse tipo de comorbidade não atinge apenas o coração, mas pode gerar tromboses, flebite, que é um tipo de inflamação nas paredes vasculares, acidente vascular cerebral e também parece ser um fator contributivo para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.&nbsp;E novidades vem por aí com parcerias estrondosas. Esse problema crescente a cada vez mais urgente parece estar atuando em colaboração com outro problema de repercussões muito sérias para a saúde humana. Microplástico e superbactérias podem começar uma colaboração.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103233885021.jpg" alt="ilustração-de-uma-superbacteria.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103233854020.jpg 156w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103234026024.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103234010022.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103234010023.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>&nbsp;A resistência a antibióticos é um problema de atenção global, motivado pelo uso indiscriminado de medicações. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2>Melhores amigos: microplásticos e superbactérias</h2>O ditado “o que não te mata, fortalece” é o mantra das bactérias. Graças ao uso indiscriminado de antibióticos, certas cepas de bactérias foram se tornando cada vez mais fortes e resistentes, gerando um problema imenso de saúde pública.&nbsp;Ainda que elas estejam mais presentes em ambientes hospitalares, um novo estudo sugere que os microplásticos podem gerar um efeito potencializador para bactérias, como a E. Coli estudada na pesquisa, se fortaleçam e menos sensíveis à terapia medicamentosa.Isso seria possível porque no meio ambiente, além dos microplásticos também há presença de traços de medicações antibióticas descartadas de maneira incorreta. Então temos a união da tríade do apocalipse: bactérias, microplásticos e medicações descartadas incorretamente.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103102408012.jpg" alt="pessoa-descartando-um-liquido-na-pia-do-banheiro.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103102392010.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103102408013.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103102439014.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103102392011.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Nunca mais na sua vida descarte medicações nos ralos ou pela descarga. Avise os amigos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O estudo revela que a superfície do microplástico é muito propensa à formação de biofilmes que contribuem para a adesão de moléculas dispersas das medicações e o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400546-superbacterias-uma-ameaca-silenciosa.htm" target="_blank">crescimento das bactérias</a>.Como a molécula do medicamento não tem força suficiente para matar a bactéria, ele pode provocar nela algumas mutações que podem tornar as novas gerações resistentes.&nbsp; Esses microrganismos também estão sujeitos aos processos de seleção natural, por isso você toma a medicação por sete dias ou mais, para ter certeza de que todas as bactérias patogênicas estejam mortas. Quando você faz o uso incorreto, pode ser que as mais resistentes sobrevivam, provocando infecções refratárias difíceis de manejar.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400096-virus-ou-bacterias-quem-surgiu-primeiro.htm" target="_blank">Quem surgiu primeiro, vírus ou bactérias?</a></li></ul>O microplástico então funciona como um ponto de encontro, um lugarzinho quente e aconchegante para a seleção natural e problemas sérios para a saúde humana e do meio ambiente, pois se antes as bactérias resistentes eram mais propensas a ser encontradas apenas em hospitais e serviços de saúde, agora elas podem se desenvolver em alto mar e outras áreas com excesso de microplásticos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103126118019.jpg" alt="pessoa-jogando-uma-garrafa-de-agua-na-rua.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103125883015.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103126086018.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103126008017.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20103125993016.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Se arrependeu de jogar lixo na rua, não é mesmo? (Fonte: Getty Image).</figcaption></figure>Outros estudos devem se aprofundar nessa relação de berçários microscópicos e os impactos na saúde humana e do meio ambiente. Mas até que se possa ter uma dimensão mais real dos desdobramentos dessas relações, você pode contribuir sendo um cidadão consciente.&nbsp;Descarte o lixo em locais adequados, de preferência separando o lixo orgânico e o reciclável. Caso não tenha uma lixeira por perto, reserve no bolso da calça ou em um bolsinho da mochila para descartar depois.&nbsp;Em relação às medicações, sempre faça o uso pelo tempo previsto no receituário, e caso sobre medicação, descarte nos pontos de coleta presentes em farmácias ou unidades de saúde. Nada de dar descarga ou jogar no ralo. Com pequenas ações podemos contribuir para impactos menores em nossa comunidade e no meio ambiente.E você sabia que o microplástico poderia dar toda essa dor de cabeça? Agora, a aparente união de forças pode resultar em problemas ainda mais severos. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/215954-toneladas-microplastico-flutuam-atmosfera-revela-estudo.htm" target="_blank">E se você ficou interessado e quer saber um pouco mais, veja até onde essas minúsculas partículas foram detectadas.</a> Continue acompanhando o TecMundo e descarte corretamente o lixo e as medicações. Vida longa e próspera. Até breve.&nbsp; &nbsp;

A perigosa conexão entre os microplásticos e as superbactérias

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Lixo descartado por navios asiáticos chegam às praias brasileiras.

A grande quantidade de lixo que tem chegado às praias brasileiras vem predominantemente de descartes feitos irregularmente no mar por navios asiáticos.

A poluição das praias brasileiras por embalagens plásticas é um problema ambiental crônico que, há décadas, vem afetando a vida marinha, as comunidades costeiras e o setor turístico. A saúde humana em geral também é comprometida, com a proliferação de microplásticos resultantes da degradação desse lixo irresponsavelmente descartado.&nbsp;Agora, além do lixo proveniente de atividades humanas nas praias que frequentemente acaba no mar, um outro fluxo poluente de plásticos incorretamente descartados, como garrafas, sacolas e embalagens, tem vindo em direção contrária, do oceano para as praias. A origem dos produtos aponta países asiáticos como China, Indonésia, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Malásia e Coreia do Sul. &nbsp;&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/5-coisas-bizarras-que-ja-foram-encontradas-nas-praias" target="_blank">5 coisas bizarras que já foram encontradas nas praias</a></li></ul>Após uma reportagem recente divulgada pela BBC News Brasil, que chamou a praia do Segredo, em Natal (RN), de “cemitério de lixo asiático”, a emissora recebeu relatos de leitores do país inteiro, da ilha de Algodoal (PA) até o balneário Pontal do Sui (PR), denunciando a presença maciça de lixo estrangeiro em suas praias preferidas.&nbsp;<h2>De Segredo aos trending topics: a poluição da praia potiguar</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20064808502004.jpg" alt="GettyImages-1693585149.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20064807986001.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20064807986000.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20064808393003.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20064807986002.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Via Costeira em Natal (RN). (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Localizada na Via Costeira de Natal, a praia do Segredo é praticamente cercada pelo Parque das Dunas e pouco conhecida, mesmo pelos natalenses. No entanto, acabou ganhando notoriedade nacional após a reportagem da BBC encontrar dezenas de produtos de origem asiática: garrafas de bebidas não alcoólicas, materiais de limpeza e até recipientes de óleo de motor.<a href="https://www.tecmundo.com.br/the-brief/265493-plastico-biodegradavel-solucao-problema-meio-ambiente.htm" target="_blank">A maioria das embalagens era de plástico</a>, mas havia também algumas de lata, como um removedor de tinta. Praticamente intactos, a maioria dos vasilhames foi fabricada em datas recentes. “Figurinha carimbada” em vários balneários brasileiros, a garrafa de rótulo vermelho da água mineral Nongfu Spring, fabricada na China, não é vendida no Brasil.Embora a maior parte das embalagens identificáveis tenha origem asiática, muitos itens encontrados na praia potiguar têm origem no Brasil, Estados Unidos e países africanos, os produtos asiáticos constituíam a maioria das embalagens identificáveis. O que mais preocupa no caso de Segredo é que ela é uma praia quase deserta com uma quantidade desproporcional de lixo plástico.&nbsp;<h2>Qual a origem de tantas embalagens plásticas de origem asiática?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20064910550005.jpg" alt="GettyImages-1254928101.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20064910628007.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20064910612006.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20064910628008.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20064910643009.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Descarte indevido de materiais plásticos no mar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Organizador e autor do livro "Lixo nos Mares: do entendimento à solução", o especialista em poluição marinha Alexander Turra, professor e pesquisador do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), afirma que a hipótese mais provável é o descarte de lixo por navios, transporte responsável por cerca de 90% do comércio mundial. Não por acaso, 20 dos 30 portos com maior movimentação de carga no mundo estão na Ásia.&nbsp;No caso do Brasil, que importa muitos produtos asiáticos e exporta commodities para países daquele continente, o tráfego é intenso. "Esses navios transportam pessoas, e essas pessoas consomem produtos que muitas vezes são jogados no mar. E aí vem tudo o que estava na embarcação e que foi comprado no porto de origem, que pode ser em Singapura, Vietnã, China… onde for", explica Turra à BBC.Para o pesquisador, geralmente esses navios descartam o lixo perto dos portos onde vão atracar, e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121760-as-5-praias-mais-perigosas-do-mundo.htm" target="_blank">as correntes marítimas se encarregam de levar toda a sujeira até as praias</a>. Apesar de afetar diversas partes do litoral brasileiro, esse descarte irregular acaba se acumulando e se tornando mais perceptível em praias isoladas e menos visitadas por turistas, que não costumam ser limpas regularmente.&nbsp;<h2>Problemas causados pela poluição por lixo marinho</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20065016757011.jpg" alt="GettyImages-1911965934.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20065016773012.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20065016804014.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20065016773013.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20065016757010.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Microplásticos detectados em praia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Em seu livro, Alexander Turra afirma que “os resíduos sólidos nos mares causam impactos econômicos, de saúde e segurança para o ser humano, além de danos ambientais, resíduos sólidos nos mares causam impactos econômicos, de saúde e segurança para o ser humano, além de danos ambientais”.Entre os setores econômicos prejudicados, o primeiro deles é o turismo e lazer. "Quem vai querer visitar uma praia cheia de lixo?", pergunta Turra. Mas há também grandes perdas para a pesca e maricultura, pois os animais costumam engolir ou até ficar presos nas embalagens. "E com isso existe a possibilidade de morrerem asfixiados ou de terem uma falsa sensação de saciedade, definhando ao longo do tempo", conclui o pesquisador.Mas, além da pesca, demais outras de navegação podem ser impactadas pelo acúmulo de resíduos sólidos nos mares, pois esses materiais podem causar emaranhamento nas hélices de motores, colisões que podem danificar as estruturas das embarcações ou o entupimento das tubulações que capturam a água para os sistemas de refrigeração. Isso sem contar os graves riscos à saúde humana <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128541-1-litro-de-agua-pode-abrigar-240-mil-pedacos-de-microplasticos-comprova-estudo.htm" target="_blank">causados pela degradação do lixo em microplásticos</a>. &nbsp;<h2>Iniciativas para reduzir a quantidade de lixo plástico nos mares</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20065113656015.jpg" alt="GettyImages-1187216711.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20065113781016.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20065113797018.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20065113781017.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/20/20065113890019.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Navios que não separam lixo orgânico do não orgânico precisam ser multados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Turra explica que, embora o lixo orgânico possa ser descartado no mar sob determinadas condições, desde a assinatura da Convenção para a Prevenção da Poluição Marinha por Operações de Imersão de Detritos e Outros, em 1972, o descarte de lixo não orgânico no mar está proibido em todas as embarcações do mundo.&nbsp;No caso do Brasil, a extensão do litoral e o fato de os descartes ocorrerem principalmente em alto-mar dificultam a fiscalização, e muitos navios violam as regras por dois motivos principais. O primeiro, segundo o pesquisador, é porque muitas embarcações não separam os resíduos orgânicos e plásticos, jogando tudo no mar para evitar o mau cheiro.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/pela-primeira-vez-cientistas-encontram-microplasticos-em-golfinhos" target="_blank">Pela primeira vez, cientistas encontram microplásticos em golfinhos</a></li></ul>O outro motivo é economizar no pagamento das taxas cobradas pelos portos para recolher o lixo dos navios quando eles atracam, que varia conforme a quantidade do material coletado. Turra afirma que uma das soluções para superar essa questão seria cobrar uma taxa fixa de todas as embarcações, independentemente da quantidade de lixo existente. Outra iniciativa importante seria multar os navios que não separam o lixo orgânico do não orgânico.&nbsp;Descobrir as melhores soluções para combater a poluição marinha e proteger nossos oceanos é fundamental para preservar a biodiversidade marinha e garantir a saúde humana. Compartilhe essa matéria nas redes sociais e seja parte da mudança!

Praias brasileiras são transformadas em “lixão” de embalagens asiáticas

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A Samsung finalmente lançou seu dobrável mais acessível, o Galaxy Z Flip 7 FE! Neste resumo completo do Galaxy Unpacked de julho de 2025, mostramos em 5 minutos tos principais destaque do evento de mais de uma hora, incluindo o poderoso Galaxy Z Fold 7, que agora vem com a câmera de 200 MP do S25 Ultra. Confira também os detalhes do Z Flip 7, dos novos Galaxy Watch 8 e da interface One UI 8. Veja todos os detalhes e os preços! 🔥 Se liga nas ofertas que encontramos para você! Smartphone Samsung Galaxy Z Flip6, 256GB - <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/4lfzFeF Smartphone Samsung Galaxy Z Fold6, 512GB - <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/44CGHmy Smartphone Samsung Galaxy S25 Ultra, 256GB - <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/3U7zFRX Anel Inteligente Samsung Galaxy Ring - <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/4lm8BdY Smartwatch Samsung Galaxy Watch7 40mm - <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/3IjOhv5 Smartwatch Samsung Galaxy Watch Ultra 47mm - <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/3U0mT7T Smartphone Motorola Razr 60 Ultra, 1TB - <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/3GD19Md Smartphone Motorola Razr 60, 256GB - <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/45VL5Q9 3 meses de Kindle Unlimited grátis para membros Prime - <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>amzn.to/3ToiDyN Amazon Prime grátis por 30 dias para novos assinantes - <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>amzn.to/4lBZQft - Guia de Compras TecMundo: <a href="https://www." target="_blank" rel="nofollow noopener">https://www.</a>tecmundo.com.br/guia-de-compras/ - Newsletter do Guia de Compras: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>mailchi.mp/nzn/newsletter-guiadecompras - Entre no nosso canal de ofertas no WhatsApp: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/tecmundoofertas ⚠️ Assine a newsletter do The BRIEF e seja sempre o mais informado no café da empresa: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>thebrief-newsletter.beehiiv.com/subscribe?utm_source=youtube&utm_medium=hojenotec&utm_campaign=maio - Resumo em texto: <a href="https://www." target="_blank" rel="nofollow noopener">https://www.</a>tecmundo.com.br/celular/405601-galaxy-z-fold-7-z-flip-7-dobravel-baratinho-e-mais-resumao-do-unpacked-da-samsung.htm #[Tipo: Cobertura de Eventos] Extensão do TecMundo: encontre cupons escondidos nas principais lojas online: <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/3ZkKOji - Os melhores cupons Online para você! <a href="https://www." target="_blank" rel="nofollow noopener">https://www.</a>tecmundo.com.br/cupons 💡 Participe dos canais do TecMundo no WhatsApp! - TecMundo: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatstecmundo - Voxel: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsvoxel - Mega Curioso: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsmegacurioso - Minha Série: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsminhaserie 💡 Temos grupos também no Telegram! - TecMundo: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/3JZoTbm - Voxel: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramvoxel - Mega Curioso: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegrammegacurioso - Minha Série: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramminhaserie CRÉDITOS Roteiro: Leonardo Rocha Apresentação: Leonardo Rocha Imagens e áudio: Felipe Pedro (Felps) Edição de vídeo: Joaquim Macruz Motion Graphics: Gustavo Silva Arte da thumb: Leonardo Rocha A melhor programação está no TecMundo - História da Tecnologia - Análises, Unboxings e tudo sobre Produtos! - TecDocs - Matérias especiais - Assistência Tec - Lives de tradução e cobertura de eventos - Listas - Hoje no TecMundo #GalaxyUnpacked #GalaxyZFold7 #GalaxyZFlip7 #Samsung #CelularDobravel #GalaxyWatch8 #Lançamento #Tecnologia #GalaxyZFlip7FE #Foldable #GalaxyAI #TecMundo #Smartwatch #OneUI8 #SamsungUnpacked

Galaxy Unpacked 2025 em 3 minutos! Confira o lançamentos da Samsung  #smartphone #tecnologia

Eventos

Shorts

O Galaxy Z Flip 7 FE é o primeiro dobrável acessível da Samsung — e lembra muito o Z Flip 6. Vem com Exynos 2400, 8 GB de RAM, até 256 GB de espaço e bateria de 4.000 mAh. As telas continuam com 3,4" e 6,7", e ele mantém recursos como IP48, carregamento sem fio e sete anos de atualizações. Se o preço for bom, pode ser o dobrável de entrada ideal. Você teria um desse? Conta aí nos comentários! #tech #galaxyunpacked #samsunggalaxy #galaxyzflip7fe

O dobrável "BARATINHO"? Conheça o GALAXY Z FLIP 7 FE!

A Samsung finalmente mudou o que precisava no Z Flip 7. A tela externa agora tem 4,1", quase sem bordas, e as câmeras ficam embutidas nela. A dobradiça é de titânio, o vinco sumiu, e a tela interna cresceu pra 6,9". Ele vem com Exynos 2500, até 512 GB de espaço e bateria de 4.300 mAh. Vem ver os detalhes! #tech #galaxyunpacked #samsunggalaxy #galaxyzflip7

Conheça o SAMSUNG GALAXY Z FLIP 7

O Galaxy Z Fold 7 chegou e quer ser o dobrável mais fino do mundo. Ele é mais leve que o S25 Ultra, tem chip Snapdragon 8 Elite, até 1 TB de espaço e câmera de 200 MP. A dobradiça agora é de titânio e a tela interna cresceu pra 8". Será que é o melhor dobrável do ano? Vem conferir! #tech #galaxyunpacked #samsunggalaxy #galaxyzfold7

Chegou o Galaxy Z Fold 7!

O jogo é simples: um deles recebeu uma pergunta DIFERENTE e agora o resto tem que descobrir QUEM É O IMPOSTOR? #gameshow #gaming #videogame

QUEM É O IMPOSTOR? #1

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Por onde anda CORBIN BLEU, o Chad de High School Musical? #highschoolmusical

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