Dinamarca entra em lockdown por mutação do novo coronavírus

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Uma variedade até então desconhecida do novo coronavírus e já identificada em 207 fazendas de visons, mamíferos criados para a confecção de casacos de pele, levou a Dinamarca a estabelecer lockdown até o dia 3 de dezembro para conter o avanço da mutação.

De acordo com autoridades locais, 12 pessoas foram contaminadas, e o ministro da Saúde, Magnus Heunicke, afirmou que ao menos 783 infecções humanas estão relacionadas a microrganismos desses lugares.

Segundo o governo, a eficácia de qualquer vacina em desenvolvimento poderia ser comprometida com a nova cepa. Por isso, atividades em bares, restaurantes, transportes públicos e quaisquer esportes em locais fechados serão interrompidos em, ao menos, 7 municípios, assim como reuniões feitas com 10 pessoas ou mais. Além disso, viagens intermunicipais são desencorajadas e testagens em massa foram aconselhadas às regiões afetadas.

"No momento, o mundo está de olho em nós. Espero e acredito que, juntos, podemos enfrentar a situação", disse a primeira-ministra, Mette Frederiksen, líder do país elogiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pela "determinação e coragem" de prosseguir com o abate de 17 milhões de animais, apesar dos impactos econômicos que a ação pode gerar.

Dinamarca entra em lockdown.Dinamarca entra em lockdown.Fonte:  Unsplash 

Abate em massa

Maior produtora de pele de vison e principal exportadora do produto para mercados como China e Hong Kong, depois de detectar vários casos entre as populações de animais, a Dinamarca decidiu iniciar, como plano de contenção, a eliminação de criadouros. Frederiksen declarou, na quarta-feira (6), que o vírus mutante enfraquece a capacidade do corpo de formar anticorpos, tornando potencialmente ineficazes futuros imunizadores.

Medidas parecidas foram tomadas pela Espanha, que, em junho, abateu 100 mil visons após verificar a incidência do Sars-CoV-2 entre exemplares da espécie, assim como a Holanda, que, depois de surtos em fazendas locais, deu fim a dezenas de milhares deles.

Pesquisas em andamento visam descobrir como e por que os animais se contaminaram e começaram a espalhar a infecção.

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