Europa, lua de Júpiter, pode ter um oceano de sal de cozinha; entenda

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De acordo com um estudo recente publicado na Science Advances, Europa, uma das luas de Júpiter, pode ter um oceano de sal de cozinha. Mas calma, pois talvez não seja exatamente como você está pensando!

Na realidade, os cientistas descobriram a presença de cloreto de sódio na superfície congelante da lua (é, sal de cozinha!), algo que foi possível ser mais bem avaliado graças às observações do telescópio espacial Hubble. Isso quer dizer que o oceano de Europa pode ser muito mais semelhante ao nosso do que se imaginava até então.

Fonte: NASA

Samantha Trumbo, da Caltech e líder do grupo de cientistas que realizou esse estudo, aponta que essa descoberta faz da lua de Júpiter um lugar ainda mais animador para ser explorado.

O motivo é simples: se há algo na superfície congelada, existe uma grande probabilidade de que também exista no oceano sob essa crosta de gelo. Vale lembrar que o oceano de Europa se estende por toda sua superfície, mas abaixo da camada de gelo.

Gelo e condições para vida

A animação da cientista não é à toa. Na realidade, trata-se de um excelente sinal indicador de habitabilidade. Até onde se sabe, apenas nossos oceanos são habitáveis em todo o Universo, e eles são salgados!

A título de curiosidade, outra lua também é repleta de cloreto de sódio: Encéfalo de Saturno. Pesquisadores já identificaram estruturas moleculares orgânicas complexas, além de vários dos ingredientes mais básicos para existência de vida.

Europa é o local que conta com as maiores chances de hospedar algum tipo de vida alienígena no nosso Sistema Solar

Tudo isso pode parecer pouco, mas na verdade não é. Dentre todos os planetas e luas de nosso sistema solar e próximos a ele, Europa é o local que conta com as maiores chances de hospedar algum tipo de vida alienígena.

Toda a fama e a expectativa despertadas por Europa no meio científico tem sua razão de ser. Volta e meia, ela surge com alguma novidade. Para termos uma ideia, em 2018 cientistas da NASA conseguiram estudar as plumas que emergiam de sua superfície congelada e começaram a ter mais certeza sobre o oceano salgado.

E detalhe: a descoberta do ano passado foi possível com dados de 1997, graças à sonda Galileo, que voou diretamente por uma dessas plumas. 

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