Coluna: troféus e conquistas atrapalham a diversão?

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Não importa muito bem como você as chama. As conquistas podem ter nascido juntamente com o Xbox 360, mas é fato que hoje elas fazem parte da vida de mais gente também, como aqueles que possuem um PlayStation 3 (onde aparecem com o nome de “troféus”) e de quem joga no PC no Steam, por exemplo.

Todo esse sucesso não é difícil de ser compreendido. Afinal, enquanto zerar os jogos sempre foi o objetivo principal proposto pelas desenvolvedoras, qualquer um que já tenha alguma experiência nos video games sabe como muitos de seus elementos podem se mostrar tão divertidos quanto fechar a campanha principal.

Eu, por exemplo, nunca me esqueço da vez em que descobri que as galinhas de The Legend of Zelda: A Link To The Past poderiam se mostrar vingativas, assim como quando o famoso Game Over se tornou Time Paradox em Metal Gear Solid 3: Snake Eater.


Na época em que esses games foram lançados, muitos podem ter passado batido por essas ações. Assim, com a invenção das conquistas, os jogadores passaram a ter uma espécie de “guia” para as ações dos jogos ao mesmo tempo em que os desenvolvedores também ganharam um ótimo referencial para descobrir como os jogadores aproveitam os seus games.

É realmente preciso platinar?

Até aí, tudo bem. Contudo, com a novidade muita gente passou a compreender que para terminar um jogo de verdade não era somente necessário completar a sua campanha, mas sim “platiná-lo” — ou conseguir todas as suas conquistas, para quem não conhece o termo derivado dos troféus de platina concedidos pela PlayStation Network para os jogadores que fazem 100% em seus jogos.

Certamente essa atitude é compreensível e já existia antes mesmo dos troféus. Afinal, eu mesmo já gastei muito tempo em Crash Bandicoot 3 para conseguir os sonhados 105% e finalmente sentir que eu havia zerado o game de verdade.

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Ainda assim, já notei em muitas conversas com amigos que tentar coletar todas as conquistas de um jogo pode ser uma tarefa das mais ingratas. Um deles, por exemplo, estava me falando que o último troféu necessário para platinar Demon’s Souls estava sendo o contrário de toda a diversão que ele havia tido até então com o game.

Relatos como esse trazem à tona uma questão: é realmente necessário esse sofrimento? A satisfação de ganhar uma conquista vale gastar horas em tarefas pequenas e chatas com as quais você não se importa?

Perda de tempo versus diversão

Há conquistas que precisam de muito tempo para serem desbloqueadas, outras que precisam de habilidade. Independente do fator necessário para a sua obtenção, há muitas delas que são muito raras como a Trial Athlete, de Super Street Fighter IV, que requer que o jogador complete todos os desafios do modo Trial com os 35 personagens do game.

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Mesmo para um jogador obcecado pela série, conseguir esta proeza leva tempo. A diferença é que um fanático por Street Fighter pode se divertir durante a tarefa (ao mesmo tempo em que se transforma em uma divindade dos arcades), já alguém com um perfil mais casual poderia sentir-se torturado ao tentar dominar todos os desafios de Dhalsim.

Sendo assim, é possível concluir que o que pode ser chamado de perda de tempo por uns é uma mina de diversão para outros. O importante, no entanto, é saber quando algo é divertido ou não para você.

Afinal, as quase duzentas horas correndo atrás de todos os itens de Final Fantasy XIII em troca de um mísero troféu (mesmo com você não tendo gostado do jogo) podem ser muito vantajosas se utilizadas na campanha de outro game que faça o seu estilo (ou em outra atividade, por que não?). Só cabe a você decidir o que acha melhor.

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