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Nvidia vai usar IA para prever e combater incêndios florestais

A tecnologia da Nvidia, criada em parceria com a Lockheed Martin, é capaz de prever a propagação do fogo ao analisar um conjunto de dados

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

15/11/2021, às 17:30

Nvidia vai usar IA para prever e combater incêndios florestais

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Os incêndios florestais causaram mais de US$ 20 bilhões de prejuízos apenas na região oeste dos Estados Unidos em 2020, provocando inúmeros danos. Para tornar o combate a eles mais eficiente, a Nvidia revelou na última semana que vai utilizar soluções de inteligência artificial (IA).

Em parceria com a Lockheed Martin, a fabricante está construindo o primeiro laboratório centrado em IA do mundo e dedicado a prever e responder aos incêndios florestais. O trabalho inclui a participação do Serviço Florestal do Departamento de Agricultura dos EUA e da Divisão de Prevenção e Controle de Incêndios do Colorado.

Baseado no Vale do Silício, o laboratório combinará os softwares de detecção em tempo real da gigante aeroespacial com as capacidades de IA, o hardware e a plataforma Omniverse da Nvidia. O mecanismo será capaz de processar a magnitude de um incêndio e prever o seu progresso.

"A combinação da Lockheed Martin com a tecnologia Nvidia tem o potencial de ajudar as tripulações a responder de forma mais rápida e eficaz aos incêndios florestais, ao mesmo tempo que reduz o risco para bombeiros e residentes", explicou Shashi Bhushan, representante da empresa aeroespacial. A ferramenta também poderá ser integrada às aeronaves de combate ao fogo.

Testes promissores

Para prever o caminho de um incêndio florestal com maior precisão, o sistema analisa dados de topografia, direção e velocidade do vento, o combustível e a detecção em tempo real do fogo. Todas essas informações foram usadas para treinar o algoritmo.

Até o momento, o modelo de IA tem sido testado em simulações de incêndios históricos e vem apresentando bons resultados, segundo o vice-presidente de IA da Lockheed Justin Taylor. Apesar de algumas limitações, o especialista disse que a tecnologia tem um "impacto significativo".

O sistema deve começar a ser usado em breve, em pequenas comunidades americanas, mas tem potencial para uso global, conforme revelou a Nvidia.


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Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.