Um novo aplicativo que surgiu recentemente na Google Play Store encaminha-se para virar uma sensação na loja virtual. Trata-se de um serviço que faz uma varredura no seu smartphone para detectar todos os aplicativos de origem chinesa do seu aparelho e sugerir a desinstalação deles.
O Remove China Apps foi desenvolvido por uma startup chinesa chamada OneTouch AppLabs e já ultrapassou a barreira de 1 milhão de instalações em apenas dez dias. O seu funcionamento é bem simples: ele faz o escaneamento do sistema com base na desenvolvedora e vai conduzindo o usuário até a desinstalação em massa, que é feita com poucos toques na tela.
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Para não ferir os termos de serviço da Google, entretanto, ele insere uma descrição bastante enrolada na plataforma, afirmando que identifica o país de origem dos aplicativos "para fins educacionais, só para identificar o país de origem de certos aplicativos, sem promover ou forçar a desinstalação" de algo. Entretanto, é exatamente isso que ele faz.
Em poucas telas, os apps de origem chinesa são removidos do aparelho.
Segundo o site Android Authority, o funcionamento não é perfeito: ele identifica alguns casos óbvios, como TikTok e um serviço da Xiaomi, mas deixou passar programas como PUBG Mobile, feito pela chinesa Tencent. Apps pré-instalados de celulares chineses também não são detectados e ele precisa ter sido instalado por uma loja virtual, o que significa que aqueles vindos direto de um APK passam batido — ao menos por enquanto.
Além disso, ele mesmo coleta alguns dados do seu aparelho e tem motivações políticas: no site da desenvolvedora, fica claro que a criação é um ato de apoio aos atos de relações internacionais do governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
A guerra contra a China
O Remove China Apps ganhou fama nos Estados Unidos e tem tudo para ser bem sucedido no resto do mundo, já que este é um momento em que a imagem da China não está exatamente bem vista por vários motivos.
O país está em disputa comercial com os Estados Unidos, é tido como um provável ponto de origem do novo coronavírus, foi ligado por teorias da conspiração com riscos do 5G e é casa da Huawei, atualmente sofrendo sanções pesadas do governo norte-americano.
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