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Segurança

Extensões maliciosas para VS Code roubavam dados de programadores

Foram descobertas duas extensões maliciosas em distribuição no Marketplace do VS Code, ambas para roubo de dados de programadores.

Avatar do(a) autor(a): Igor Almenara Carneiro

schedule10/12/2025, às 18:00

Extensões maliciosas para VS Code roubavam dados de programadores

Duas extensões maliciosas foram identificadas no Marketplace do Visual Studio Code, que é um editor de código mantido pela Microsoft. Apesar de funcionarem como prometido, elas executavam scripts escondidos para capturar a tela do usuário e extrair informações sensíveis — um risco direto para desenvolvedores que dependem do VS Code em seu dia a dia.

A descoberta foi feita pela Koi Security, que detalhou como as ferramentas baixavam cargas maliciosas adicionais logo após a instalação. A partir daí, iniciavam um processo de coleta silenciosa de dados, incluindo prints da tela, conteúdo da Área de Transferência, processos em execução e até credenciais de redes Wi-Fi.

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Uma das extensões maliciosas se disfarçava de tema para interessados em criptomoedas. (Fonte: Koi/Reprodução)

Uma das extensões maliciosas era o tema BigBlack.bitcoin-black, instalado 16 vezes. Embora mudasse a aparência do VS Code como prometido, continha eventos de ativação que rodavam scripts PowerShell em segundo plano.

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A segunda extensão maliciosa, Codo AI, funcionava como um assistente de código alimentado por IA. (Fonte: Koi/Reprodução)

A outra, BigBlack.codo-ai, tinha 25 instalações e se apresentava como um assistente de desenvolvimento baseado em inteligência artificial. Assim como a primeira, também acionava scripts após a instalação.

Ambas foram removidas do marketplace — BigBlack.bitcoin-black em 5 de dezembro e BigBlack.codo-ai em 8 de dezembro. A Microsoft ainda eliminou uma terceira extensão do mesmo autor, BigBlack.mrbigblacktheme, que continha o mesmo malware.

As três extensões instalavam uma versão adulterada do aplicativo Lightshot, legítimo para captura de tela, mas embarcado com DLLs maliciosos. Ao abrir o programa, esses arquivos eram carregados e executados como parte do ataque.

O malware também se infiltrava no diretório %appdata%, coletando dados como histórico da Área de Transferência, lista de aplicações instaladas e informações do sistema. Em seguida, todo o conteúdo era enviado para um servidor externo controlado pelos atacantes.

Quem são os alvos?

Os alvos eram desenvolvedores comuns, mas pertencentes a perfis distintos. O BigBlack.bitcoin-black, como o nome sugere, buscava atingir usuários interessados em criptomoedas — um público potencialmente com carteiras digitais ativas no dispositivo.

Já o BigBlack.codo-ai tentava alcançar um grupo bem mais amplo: programadores que procuram soluções gratuitas para melhorar a produtividade, especialmente assistentes de IA.

Como prevenir?

Assim como aplicativos baixados pela internet ou em lojas oficiais, extensões do VS Code também exigem cuidado. Ao escolher um complemento, é importante:

  • Verificar se o desenvolvedor é confiável;
  • Checar avaliações;
  • Observar o número de instalações.

No caso dessas extensões, um dos sinais de alerta era justamente a baixa quantidade de downloads — uma pista importante para identificar riscos antes da instalação.

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