Documentos do Pentágono vazam em fórum de Minecraft no Discord

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Imagem: Getty Images

O FBI prendeu, na quinta-feira (13), um aviador chamado Jack Teixeira, de 21 anos, ligado ao suposto vazamento de documentos militares confidenciais do Pentágono em um pequeno servidor do Discord chamado "Thug Shaker Central". Classificadas como ato de espionagem, dez dessas fotos foram parar no servidor Minecraft Earth Map, onde foram detectadas pelos órgãos de inteligência americanos nas redes sociais.

De acordo com o pesquisador e analista Aric Toler, da organização Bellingcat, os documentos vinham sendo publicados no pequeno servidor desde dezembro, embora inclua algumas informações sensíveis datadas de fevereiro. 

Funcionários do governo americano confirmaram a autenticidade da maioria dos documentos – muitos deles detalhando estratégias em relação a guerra da Rússia contra a Ucrânia –, o que levou Teixeira a ser acusado formalmente por duas violações da Lei de Espionagem. Se condenado, o guarda poderá pegar até 15 anos de prisão.

O que disse o Discord?

A princípio, a Discord nada tem a ver com os vazamentos. Seus servidores funcionam como centros sociais organizados por tópicos e pessoas. Muitas pessoas usam a plataforma para conversar em pequenos grupos enquanto jogam videogame. O citado servidor do Minecraft, por exemplo, tem milhares de interessados em compartilhar mapas em alta qualidade do jogo de mundo aberto.

Em um comunicado por e-mail ao site de games Polygon, a plataforma de São Francisco diz que cooperou com as autoridades e continuará prestando esclarecimentos até o final da investigação. "Nossos Termos de Serviço proíbem expressamente o uso do Discord para fins ilegais ou criminais", destaca o porta-voz.

Embora não se saiba ao certo como o FBI chegou até Teixeira, pode ser que tenha sido graças a um "rastro de evidências digitais", segundo o The New York Times, que ligaram o aviador aos documentos vazados. A publicação conseguiu encontrar um perfil do vazador em outra plataforma de games – a Steam – que levou a investigação a fotos antigas da bancada em que os documentos foram copiados.

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