No Brasil, risco de crime na internet é tão alto quanto na rua

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Imagem: MIT Technology Review

O “Índice de Defesa Cibernética 2022/23” divulgado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos EUA, aponta o Brasil como o terceiro pior ambiente digital entre os países do G20. De acordo com os pesquisadores do maior centro de estudo em tecnologia do mundo, nosso país apresenta “carência de investimentos e regulamentações”.

Para elaborar o relatório, os cientistas do MIT estudaram a forma como as 20 principais economias do planeta adotam práticas tecnológicas para se prevenir de ataques cibernéticos. O Índice utiliza quatro pilares como base: Infraestrutura Crítica; Recursos de Segurança Cibernética; Capacidade Organizacional e Comprometimento com Políticas.

No relatório, o Brasil ocupa a 18ª colocação no ranking, embora venha aos poucos aprimorando suas práticas, dizem os analistas. Para o CEO e editor-chefe da MIT Technology Review Brasil, André Miceli, “Assim como a segurança pública, na rua, é um problema enorme no Brasil, no digital também”.

Como o Brasil está tentando tirar o atraso em segurança cibernética?

O Brasil está entre "os cinco países com progresso baixo e irregular" no combate aos crimes cibernéticos. (Fonte: MIT Technology Review/Reprodução.)O Brasil está entre "os cinco países com progresso baixo e irregular" no combate aos crimes cibernéticos. (Fonte: MIT Technology Review/Reprodução.)Fonte:  MIT Technology Review 

De acordo com a diretora editorial do MIT Technology Review Insights, Laurel Ruma, os governos de todos os países estudados no relatório deste ano estão trabalhando duro para introduzir as melhores práticas regulatórias globais, "mesmo países como o Brasil que estão relativamente atrasados", diz ela.

Embora em uma posição pouco honrosa, o Brasil mostrou algum progresso em agosto de 2022, quando a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) realizou sua primeira consulta pública para criar uma agenda regulatória no setor, diz o relatório.

Segundo Ruma, o objetivo da regulamentação buscada pelo órgão regulador brasileiro é adotar o atual Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia, considerado atualmente o padrão-ouro na proteção dos direitos fundamentais de liberdade e privacidade dos cidadãos.

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