Apps para saúde mental têm privacidade 'terrível', diz relatório

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Imagem: Google Play Store

Uma análise divulgada nesta semana por pesquisadores da Mozilla traz um importante alerta sobre os aplicativos de saúde mental e oração. De acordo com um guia que analisou 32 apps da espécie, esses softwares possuem proteções de privacidade piores do que a maioria, podendo expor dados sensíveis de seus usuários.

De acordo com o líder do guia chamado *Privacy Not Included (privacidade não incluída em português), Jen Caltrider, a grande maioria dos aplicativos de saúde mental “rastreiam, compartilham e capitalizam os pensamentos e sentimentos pessoais mais íntimos dos usuários, como humor, estado mental e dados biométricos”, diz o comunicado.

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Populares principalmente durante a pandemia da covid-19, esses apps foram projetados para interagir com seus usuários, mas, ao coletar informações, absorvem uma grande quantidade de dados pessoais, sob uma proteção de privacidade pífia, segundo os especialistas. Dos 32 apps analisados, 29 receberam o rótulo de “privacidade não incluída”, o que significa práticas de segurança ruins ou despreocupação com a qualidade das senhas utilizadas.

Quais os apps para saúde mental com regras fracas de privacidade?

Fonte: Woebot Health/Divulgação.Fonte: Woebot Health/Divulgação.Fonte:  Woebot Health 

A análise dos especialistas da Mozilla revelou que os aplicativos com as piores práticas atualmente são: Better Help, Youper, Woebot, Better Stop Suicide, Pray.com e Talkspace. No caso do Woebot, chatbot de saúde mental especializado em terapia cognitivo-comportamental, as informações coletadas de usuários são compartilhadas para fins publicitários. A plataforma novaiorquina de terapia online Talkspace coleta transcrições dos chats com os usuários.

Durante a pandemia da covid-19, particularmente durante os períodos de afastamento social, os aplicativos para a saúde mental assumiram um papel de protagonistas, face à dificuldade para encontrar tratamentos tradicionais nessa área. Dessa forma, esses apps ofereceram assistência rápida e acessível, porém a um custo aparentemente alto, segundo o relatório.

Para o pesquisador da Mozilla Misha Rykov, esses softwares “operam como máquinas de sucção de dados com um verniz de aplicativo de saúde mental”.

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