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Segurança

Google Chrome declara guerra aos cookies; mas o que eles fazem?

Com utilidades variadas, cookies podem ser facilitadores na hora da navegação, mas alguns deles têm irritado grandes companhias

schedule09/03/2020, às 16:00

Google Chrome declara guerra aos cookies; mas o que eles fazem?Fonte:

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Cookies são pequenos arquivos que os navegadores armazenam nos dispositivos com acesso à internet; eles são responsáveis, por exemplo, por salvar algumas preferências enquanto o internauta visita os sites. Enquanto MozillaApple já são conhecidas por seus movimentos para restringir a atuação desses recursos em seus sistemas operacionais e preservar a segurança do usuário, agora a Google resolveu declarar uma verdadeira guerra contra eles.

A decisão foi tomada justamente pelo fato de uma variedade extensa de dados pessoais, como localização, números de telefone e endereços informados em formulários, é registrada pelos "arquivinhos", que são consultados pelos sites no momento em que se acessa uma página. O que por um lado pode facilitar — e muito — o dia a dia na internet, por outro lado tem gerado uma preocupação em relação ao acesso indevido de terceiros às informações.

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Muita gente pode respirar aliviada com os planos da gigante da internet, mas há quem questione como fica a personalização do navegador. Afinal, mesmo que a privacidade seja um ponto importantíssimo a se considerar, não são disponibilizadas mais que cópias de informações locais que já tenham sido  fornecidas à rede anteriormente.

(Fonte: Unsplash)

Tudo do seu jeito

Os cookies foram criados para facilitar a vida na internet. Só para se ter uma ideia, mesmo o fato de receber na tela a previsão do tempo sem muito esforço é resultado dos cookies. Um jeito de descobrir mais ou menos como seria a experiência de não tê-los é usar o navegador em modo anônimo, pois ele bloqueia essas funções, ou acessar o programa em um dispositivo novo. Esqueça preenchimento automático de campos, dicas de sites acessados anteriormente na barra de navegação e por aí vai.

Dito isso, você deve ter percebido que tais informações criam um verdadeiro retrato de seus hábitos de consumo, um tesouro cobiçado por empresas ligadas a marketing. Ainda que, usualmente, apenas os sites responsáveis pelo cookie criado tenham acesso a ele, alguns são capazes de cruzar dados com o que estiver armazenado nos arquivos de outros sites — e são esses os vilões da história, combatidos pelas grandes empresas de navegadores.

Safari e Firefox já trazem em suas configurações padrão o bloqueio automático de tais recursos, mas oferecem que o usuário defina se aceita que eles sejam criados ou não. No Chrome, tudo é permitido automaticamente, cabendo ao internauta configurar os seus bloqueios. Entretanto, as coisas podem mudar: a Google anunciou em janeiro que todos os cookies de terceiros serão banidos da plataforma.

(Fonte: Unsplash)

Bloqueio total aos cookies

Ainda não está exatamente claro como o bloqueio será efetivamente aplicado nem quais serão as implicações da medida. Afinal, em quase todos os navegadores existe a opção de, em poucos passos, tomar essa decisão e se livrar totalmente dos cookies, e a Google estaria restringindo a liberdade de escolha do usuário.

O que se sabe é que não há intenção de atingir ações de marketing direcionado. Ou seja, ainda será possível receber ofertas de um produto pesquisado — o que é óbvio, pois grande parte da receita da gigante foi construída com esses recursos. Presume-se, dessa forma, que isso seja parte de uma busca para deixar os processos de concessão de informações mais claro e intuitivo para o público.

De qualquer forma, caso você tenha ficado preocupado com a extensão dos dados fornecidos e queira dar um basta por si mesmo, basta só visitar a seção de configurações do seu navegador favorito e restringir as ações. Tudo o que você já digitou antes vai continuar por aí, mas é possível evitar que seu perfil fique ainda mais completo.

Se as facilidades de personalização não são motivos fortes o suficiente para você se tranquilizar, o jeito é — como a Google — bloquear os recursos.