Um suposto hacking protagonizado por espiões chineses em servidores das principais companhias norte-americanas causou muita tensão nesta quinta-feira. Um relatório de denúncia do site Bloomberg Businessweek explica como foram afetadas em torno de trinta empresas dos Estados Unidos, entre elas algumas ligadas ao governo, além de Apple e Amazon. O ataque teria ocorrido por meio da implantação de microchips em placas-mãe de servidores.
De acordo com o relatório, os chips encontrados teriam sido produzidos por uma unidade militar chinesa, tendo o tamanho de uma ponta de lápis ou um grão de arroz. A implantação ocorreu supostamente em fábricas chinesas que abasteciam a Supermicro, uma das grandes vendedoras de placas-mãe de servidores do mundo. Sabotados, os servidores carregando estas placas estariam presentes em dezenas de empresas.
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Este ataque pode ter sido um dos casos mais graves de hacking de hardware por um Estado-nação já divulgado. A Bloomberg explicou a dimensão do problema ao comparar um ataque à Supermicro com um ataque ao Windows, por exemplo, já que ela seria “a Microsoft do mundo do hardware”, com placas-mãe espalhadas por todo o globo.
O relatório deixa claro que não há indícios de que dados das empresas ou de seus usuários tenham sido roubados e adulterados. No entanto, afirmam que Amazon e Apple sabem sobre o ataque, que elas teriam relatado o caso às autoridades e que internamente trabalhariam para remover os servidores adulterados.
Na outra ponta, Apple e Amazon já negaram o conteúdo do relatório (confira as respostas das empresas) e são enfáticas sobre nunca terem encontrado os supostos chips implantados: "a Apple nunca encontrou chips maliciosos, 'manipulações de hardware' ou vulnerabilidades propositalmente plantadas em qualquer servidor". Ambas também reforçaram que não se envolveram em nenhuma investigação sobre o tema com o governo, ou FBI.
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