Dark Tequila não é bebida: é o ‘novo’ malware chegando na América Latina

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Um malware chamado Dark Tequila foi descoberto pelos pesquisadores da Kaspersky Lab. De acordo com os analistas, o malware realizada ataques bancários e já atinge clientes no México e outras áreas da América Latina. Um dos principais problemas do vírus é que ele parece estar ativo desde 2013, ou seja: são cinco anos voando baixo pelos radares.

Segundo a Kaspersky, a programação do malware é sofisticada. “O malware Dark Tequila existe para coletar dados sobre suas vítimas, seja de credenciais bancárias ou dados pessoais ou corporativos. Como fica silenciosamente no disco rígido do usuário, ele recebe credenciais para serviços como o RackSpace, o BitBucket e o DropBox, que podem ser usados mais adiante na linha para realizar ataques adicionais”, adicionou a empresa.

A capacidade de roubar senhas do Dark Tequila vem de um keylogger instalado e uma ferramenta de monitoramento de redes

O método de transmissão e infecção do Dark Tequila acontece de duas maneiras: phishing, que engana as vítimas por meio de golpes; e pendrives maliciosos. Ambos se baseiam na ingenuidade e curiosidade das vítimas. No phishing, o cibercrime pesca por meio de descontos e promoções falsas de produtos. Já o pendrive, se você encontrar um jogado na rua, qual a chance de pegar e acabar espetando no seu computando? Podemos dizer que é relativamente alta.

“O malware utiliza um payload de vários estágios e é distribuído aos usuários por meio de dispositivos USB infectados e e-mails phishing. No computador, o malware se comunica com seu servidor de comando para receber instruções. O payload (código malicioso) é entregue à vítima somente quando certas condições são atendidas. Se o malware detectar uma solução de segurança instalada, ou tiver sinais de que a amostra é executada em um ambiente de análise (sandbox), interromperá a rotina de infecção e se excluirá do sistema”, afirma a Kaspersky.

A capacidade de roubar senhas do Dark Tequila vem de um keylogger instalado e uma ferramenta de monitoramento de redes. Por isso, ele também consegue se propagar em redes conectadas — um problema para ambientes corporativos, por exemplo.

“Esta campanha está ativa há vários anos e novas amostras ainda estão sendo encontradas. Até o momento, ele atacou apenas alvos no México, mas sua capacidade técnica é adequada para atacar alvos em qualquer parte do mundo”, finaliza a Kaspersky.

Como se proteger

A Kaspersky recomenda as seguintes medidas para se proteger contra spear-phishing e ataques por meio de mídia removível, como USBs.

  • Verificar os anexos de e-mail com um antivírus antes de abrir
  • Desativar a execução automática de dispositivos USB
  • Escanear as unidades USB com um antivírus antes de abrir
  • Não ligar dispositivos desconhecidos e USB ao seu PC
  • Usar uma antivírus com proteção robusta adicional contra ameaças financeiras
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