Homem que destruiu o WannaCry teria confessado a criação de outro malware

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O especialista em segurança digital Marcus Hutchins ganhou notoriedade ao ajudar a derrotar o malware WannaCry, responsável por espalhar terror ao sequestrar computadores de várias partes do mundo no primeiro semestre. Na última semana, seu nome voltou às manchetes, mas exatamente pelo contrário: Hutchins foi preso acusado de criar e distribuir o malware Kronos, que teria prejudicado diversos bancos entre 2014 e 2015.

Britânico, Hutchins havia viajado aos Estados Unidos para participar da conferência de hackers DefCon e foi detido quando retornada ao seu país de origem. O hacker teve fiança estipulada em US$ 30 mil para deixar a prisão, mas apenas sob a condição de permanecer no país norte-americano e não ter qualquer acesso à internet.

Seu advogado informa que ele alegará inocência de todas as acusações envolvendo o Kronos. Contudo, o procurador Dan Cowhig, responsável pela acusação a Hutchins, recomendou à corte federal que ele não deixasse a prisão por supostamente representar “perigo ao público”. “Ele admitiu ser o autor do código do malware Kronos e indicou tê-lo vendido”, afirmou Cowhig.

Hutchins foi preso acusado de criar e comercializar o malware Kronos, que prejudicou bancos dos Estados Unidos entre 2014 e 2015

Para afirmar isso, a procuradoria cita conversas entre Hutchins e outra pessoa não identificada obtidas pela Justiça. Nelas, o hacker estaria reclamando justamente do valor recebido pela venda dos códigos do malware que assombrou instituições financeiras estadunidenses há alguns anos.

Outra alegação da procuradora para determinar que Hutchins é um perigo à sociedade foram vídeos publicados pelo próprio hacker em seu perfil no Twitter. Nas imagens, ele aparece disparando armas de fogo em um estande de tiro.

Defesa

Pelo Twitter, outro desenvolvedor, Andrew Mabitt, esclareceu alguns pontos em defesa do amigo preso. Ele e Hutchins teriam se dirigido a um estande de tiro legalizado e aberto a turistas. Além disso, Mabitt garante que seu colega ficou sem representação legal durante 48 horas.

Ele informou ainda que a MalwareTech, empresa de segurança de Hutchuins, gera receita suficiente para ele usufruir de alguns benefícios — muita gente teria levantado suspeitas relacionadas a uma casa imensa alugada pelo hacker britânico via Airbnb. Por fim, Andrew Mabitt anunciou que está lançando uma campanha de financiamento colaborativo para custear as despesas com advogados de Hutchins.

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