Elon Musk bane clientes de terceiros no Twitter; entenda a mudança

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Imagem: Twitterrific

Depois de algumas controvérsias, está finalmente resolvida a novela do apagão dos aplicativos de terceiros ocorrida no Twitter a partir da semana passada (12). A empresa fez uma atualização “silenciosa” do seu contrato de desenvolvedor, na qual estampou de forma explícita que “os fabricantes de aplicativos não têm mais permissão para criar seus próprios clientes”.

Se antes havia alguma dúvida sobre o uso de aplicativos de terceiros na plataforma, agora a regra é clara: os aplicativos do Twitter referem-se apenas a “produtos, serviços, aplicativos, sites, páginas da web, plataformas e outras ofertas da empresa, incluindo, sem limitação, aqueles oferecidos via https ://twitter.com e os aplicativos móveis do Twitter”.

A cláusula, que já foi adicionada às regras com a atualização mais recente, segundo o Wayback Machine, representa o fim dos serviços alternativos na plataforma. A mudança decreta, na prática, a morte de alguns clientes populares, como o Tweetbot e o Twitterrific, que publicou ontem (19) um anúncio da descontinuação do app.

Por que o Twitter mudou a regra para proibir clientes de terceiros?

Aparentemente, a decisão abrupta — e sem aviso — do Twitter refere-se à questão financeira. O Passarinho Azul tem passado momentos difíceis desde que Musk assumiu o comando, e sobrecarregou a plataforma com uma dívida bilionária.

O problema com os aplicativos de terceiros é que, embora alguns desenvolvedores paguem para acessar a API, o Twitter não veicula anúncios por meio dela, o que reduz a monetização. Além disso, algumas funcionalidades oferecidas pelos apps alternativos desestimulam o interesse pelo Twitter Blue, hoje importante fonte de renda da plataforma.

Para os desenvolvedores e usuários de aplicativos icônicos, restou apenas indignação. Sean Heber, desenvolvedor do Twitterrific, que popularizou a palavra "tuitar" e inspirou o logotipo do pássaro azul, disse que a rede social é hoje "um Twitter que não reconhecemos mais como confiável nem com o qual queremos mais trabalhar."

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