Elon Musk diz que investigará suposta censura no Twitter Brasil

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Imagem: Getty Images

Novo dono do Twitter, Elon Musk disse no último domingo (6) que “vai investigar” a suposta censura que a rede social estaria pregando no Brasil. A “promessa” foi uma resposta a um comentarista político que encaminhou ao bilionário um tweet dizendo que brasileiros de direita estão sendo vítimas do Supremo Tribunal Federal (STF) e da plataforma de comunicação.

“É claro que o Twitter precisa obedecer às decisões do ‘tribunal’ brasileiro. Mas a empresa foi além, impondo espontaneamente sua própria censura, ainda mais rigorosa do que a de nossos tribunais falhos. Seus moderadores estão sendo mais ditatoriais do que nossos próprios tribunais”, escreveu Paulo Figueiredo Filho em um thread que citava o bilionário.

Musk viu a conversa e respondeu a Paulo que iria olhar e se informar sobre o caso, sem comentar com mais detalhes sobre o que fará sobre a suposta censura.

O dono do Twitter já havia demonstrado interesse sobre o tema no mesmo fio. A história começou com Fernanda Salles, colunista da Gazeta do Povo, listando uma relação de personalidades conservadoras que sofreram sanções na rede social.

Como resposta, um usuário identificado como Josiano Padovani escreveu em inglês para Musk que o Twitter está “impondo uma censura ideológica draconiana ao direito de liberdade de expressão do povo brasileiro” e que o país passa por um “momento crítico”. “Levante-se e levante-se contra a censura agora”, tuitou.

Foi depois dessa mensagem que o também dono da Tesla e SpaceX entrou na conversa, perguntando qual censura Josiano estava se referindo.

Direita apela a Musk

Políticos, analistas e outros proponentes da direita e extrema-direita brasileira reclamam há tempos sobre um suposto tratamento desigual nas redes sociais, principalmente no Twitter. Luciano Hang (dono da Havan), Carla Zambelli (deputada), Nikolas Ferreira (deputado), Allan dos Santos (jornalista) e mais recentemente Marcos Cintra (economista) foram algumas das personalidades conservadoras que tiveram publicações ou até mesmo suas contas excluídas.

De acordo com o STF, a maioria das pessoas afetadas pelas decisões está envolvida na disseminação de informações falsas no Twitter e outras plataformas. No período eleitoral recente, o tribunal acusou as personalidades de divulgarem fake news a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os perfis conservadores enxergam em Elon Musk uma oportunidade de serem ouvidos, já que o empresário finalizou a compra da plataforma e já está oficialmente no comando da empresa. Defensor radical da liberdade de expressão, Musk afirmou recentemente que ele não banirá até mesmo a conta que rastreia suas viagens em seu avião particular, mesmo “que isso seja um risco direto a [minha] segurança pessoal”.

E o trabalho com a direita e extrema-direita não se restringe ao Brasil, já que Musk comentou que também deverá reverter o banimento de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos.

Trump teve sua conta apagada do Twitter após incitar apoiadores a invadir o Capitólio norte-americano, já que ele levantou suspeitas sobre fraudes nas Eleições presidenciais no país no final de 2020.

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