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MP pede explicações ao Twitter sobre fake news no Brasil

Rede social recebeu um ofício do Ministério Público Federal para se pronunciar sobre ausência de ferramentas para denunciar notícias falsas no país

Avatar do(a) autor(a): Carlos Palmeira

schedule06/01/2022, às 11:25

MP pede explicações ao Twitter sobre fake news no BrasilFonte:

Imagem de Twitter terá que explicar falta de canal de denúncias de fake news no BR no tecmundo

O Ministério Público Federal (MPF) enviou um ofício, nesta quinta-feira (06), pedindo esclarecimentos ao Twitter sobre a falta de canais de combate à desinformação na rede social. A entidade brasileira mira especificamente a propagação de conteúdos falsos sobre a covid-19 e as vacinas contra a doença.

A informação foi revelada pela jornalista Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo. O documento do MPF foi assinado pelo procurador Yuri Corrêa da Luz, que pede o porquê "de usuários de outros países dispõem de opção para denunciar conteúdos desse tipo à plataforma" e o Brasil, não.

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De acordo com o ofício, o Twitter tem 10 dias úteis para se manifestar sobre a questão. Além de questionada sobre a não existência de meios adequados para denunciar fake news no país, a companhia terá que responder sobre os critérios utilizados para verificar os perfis de usuários.

Fake News

Um dos aspectos que o MPF pretende descobrir é se a rede social avalia, por exemplo, se o usuário verificado esteve envolvido na divulgação de notícias falsas ou desinformação sobre a pandemia.

Campanha

A ação do Ministério Público Federal surge logo após uma grande campanha bancada por usuários do Twitter. Na última quarta-feira (05), o termo #TwitterApoiaFakeNews esteve entre os tópicos mais comentados na plataforma.

Muitas pessoas que apoiaram o movimento reclamavam justamente sobre a ausência de uma ferramenta mais objetiva de denúncia contra fake news no Brasil. Elas lembraram que a rede social possui um mecanismo do tipo em países como Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul.

A ferramenta específica de denúncias foi lançada em agosto do ano passado e a justificativa era de que ela serviria como um apoio no combate à desinformação sobre a saúde pública. Nos EUA, o recurso foi utilizado para encerrar em definitivo a conta da política Marjorie Taylor Greene, que foi suspensa várias vezes por falar contra o uso de máscaras e desincentivar as vacinas.