A professora universitária neozelandesa Ann-Marie Brady afirma que sua conta no Twitter foi limitada após duas postagens criticando o presidente Xi Jinping e o Partido Comunista da China. Brady já está com seu perfil de volta e os tweets são públicos novamente. A rede social ainda não explicou a motivação do banimento.
Na última quinta-feira (1), a professora da universidade de Canterbury, Nova Zelândia, lançou um "fio" de mensagens comentando uma coluna do Sydney Morning Herald intitulada como "O aniversário vazio de 100 anos do partido comunista chinês de Xi". Dentro dos posts, Ann-Marie oferece um novo título ao jornal: "Xi: É o meu partido e irei chorar se eu quiser" — uma referência à música "Its My Party" de Lesley Gore.
Na mensagem seguinte, a neozelandesa publicou uma foto do presidente ao lado de membros do partido com a legenda "Uma imagem vale mais do que mil palavras", com a hashtag "#CPC100years" .
Alternative headline: "Xi: its my Party and I'll cry if I want to" #CPC100Years https://t.co/eVn267Cpt2
— Professor Anne-Marie Brady (@Anne_MarieBrady) July 1, 2021
Os tweets foram marcados pela plataforma como "indisponíveis" e, em seguida, o perfil foi temporariamente limitado.
Restrição sem justificativa
A professora universitária teve o seu perfil restaurado no domingo (4). Logo após o banimento temporário, Edward Lucas, colunista do jornal The Times, defendeu a docente com a coluna "O Twitter não pode se submeter à pressão de Pequim".
Segundo a publicação de Lucas, a rede social enviou apenas uma mensagem automática à professora, alertando a violação de regras da plataforma.
Some of the biggest names in social media, from @Twitter to @LinkedIn @Zoom & @Facebook, appear to be getting into a habit of silencing CCP critics. Yesterday it was my turn to be censored. Thanks for your support in getting it overturned @edwardlucas https://t.co/1V0L2qdPa3
— Professor Anne-Marie Brady (@Anne_MarieBrady) July 5, 2021
De acordo com a agência de notícias Associated Press, a rede social lançou um comunicado informando que não possui ligações com governos que limitam discursos. "Nós defendemos uma internet livre, global e aberta e somos um defensor ferrenho da liberdade de expressão", concluiu.
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