A anatomia de um navio cargueiro que traz produtos da China [ilustração]

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Para muitos, isso não chega a ser uma novidade, mas é preciso dizer que boa parte dos dispositivos eletrônicos que você consome é fabricada na China. O baixo custo da mão de obra é um dos principais atrativos que a indústria mundial tem para utilizar os países do extremo oriente como grande polo produtor de seus aparelhos — isso vale para Apple, Samsung e praticamente todas as outras empresas.

Mas como toneladas e mais toneladas de eletrônicos são transportadas da China até os mercados ocidentais? Não há estradas ligando a China e o Brasil, é claro. Transporte aéreo é algo caro, principalmente quando pensamos em grandes quantidades de aparelhos. Logo, a alternativa mais viável — tanto pela economia quanto pelas altas capacidades — está nos gigantescos navios cargueiros.

E como é um navio desses por dentro? Como aqueles containers enormes conseguem ser distribuídos da melhor maneira possível? Neste artigo preparado pelo Tecmundo, você vai entender um pouco mais sobre o tema e terá também essas dúvidas rapidamente sanadas.

Centenas de containers

Caso poucos produtos fossem enviados a cada vez, as longas viagens não valeriam a pena para as empresas. Por essa razão, centenas de containers são organizados em cada navio, fazendo com que o transporte do maior número possível de produtos seja realizado. E para que eles sejam distribuídos pelo cargueiro, os navios contam também com guindastes poderosos.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Na maior parte do tempo, quando vemos os navios de carga, só conseguimos enxergar uma parte dos containers presentes. Isso acontece porque em muitos casos uma grande parte deles fica abaixo do convés. E a organização deles envolve uma engenharia muito complexa, pois não é seguro apenas distribuí-los sem uma ordenação — os mais pesados devem ficar na parte inferior para evitar tombamentos.

E por falar em acidentes, a revista How it Works afirma que cerca de 10 mil containers são perdidos em alto-mar todos os anos. Esses materiais raramente são resgatados, o que pode causar acidentes para outros cargueiros e também atingir os ecossistemas existentes nos oceanos. Por isso, se você não receber algum produto encomendado em importadoras, ele pode estar em meio ao infinito azul.

Propulsão e paradas

Esqueça os motores que funcionam com queima de carvão, pois isso ficou no passado. Os grandes cargueiros utilizam motores que são movidos pela combustão do diesel. Geralmente, são utilizados dois motores em conjunto, o que contribui bastante para o equilíbrio do peso e também para a distribuição da propulsão.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

As hélices são responsáveis pelo direcionamento dos cargueiros, assim como pela propulsão deles. Com força oriunda dos motores, elas giram para movimentar o navio e também para pará-lo. Nesse segundo caso, também é necessário contar com uma pesadíssima âncora, que faz com que os barcos mantenham suas posições em portos e outras estações necessárias.

Instalações para os trabalhadores

Dezenas de pessoas trabalham em cada cargueiro que sai da China e vai para todo o planeta. Como as viagens são muito longas, eles precisam de instalações para descanso, alimentação e também recreação. Dormitórios são utilizados em revezamento, pois é sempre necessário ter trabalhadores no convés e nas máquinas, garantindo o perfeito funcionamento de motores e também dos percursos.

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Viu como o interior de um navio cargueiro é relativamente simples? Ao contrário de outros tipos de embarcações, as de transporte são criadas de uma maneira que permita o máximo de aproveitamento possível para o carregamento de produtos. E é nessas estruturas que os smartphones, tablets e componentes de computadores (apenas para citar alguns exemplos) chegam ao Brasil.

Mas se você está achando que é somente por causa da distância que os aparelhos demoram para chegar ao Brasil, confira também este artigo que explica melhor os motivos que atrasam a chegada dos eletrônicos ao mercado brasileiro — em comparação com Europa e Estados Unidos.

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