O ano de 2025 foi um daqueles em que tantas coisas acontecem que, ao chegar em dezembro, é natural se perguntar se um ou outro ocorrido foi mesmo nessa janela. Na indústria da tecnologia, a sensação é a mesma.
Ao longo dos últimos meses, foram várias as novidades desse mercado, incluindo controvérsias, lançamentos imperdíveis, avanços científicos e mudanças na rotina da população por causa de alguma tecnologia tanto a nível nacional quanto global.
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A seguir, o TecMundo reúne alguns dos principais acontecimento de 2025 no setor de tecnologia, com base nos temas que tiveram cobertura em nossos canais e não necessariamente por ordem cronológica. Será que você se lembra de todos eles?
IA é o tema do ano
Do início ao fim de 2025, a inteligência artificial (IA) dominou o noticiário, começou a aparecer (muitas vezes de modo forçado) em serviços e produtos e fez muitas empresas sonharem alto com uma demanda ainda não justificada.
Novos modelos de linguagem poderosos surgiram, alguns em resposta ao lançamento de rivais. O primeiro que fez algum barulho no ano foi o chinês DeepSeek, que balançou o setor com um treinamento econômico e alto desempenho.
O ChatGPT completou três anos de operação com a OpenAI em uma encruzilhada: a companhia agora até pode lucrar, mas ainda não consegue pelo desequilíbrio entre gastos e receita — com o risco de ser cobrada pelos investidores em breve.
Outro destaque vai para o Gemini da Google. Ele alcançou os rivais com recursos importantes como o AI Mode, um controverso resumo de IA embutido no buscador, e o motor Nano Banana para edição de imagens. No lado negativo, o Grok do X não apenas se declarou nazista, mas também confirmou que consulta Musk antes de dar respostas.
Já os agentes de IA, que fazem tarefas até no seu navegador, devem bombar ainda mais em 2026. Quem comemora sem parar é a Nvidia. A lendária dona das placas de vídeo GeForce disparou como empresa mais valiosa do mundo, chegando a US$ 5 trilhões em valor de mercado, ao mudar o foco para a fabricação de chips para servidores de IA.
Porém, esse foi também o período em que debates sobre uma possível bolha no setor de IA se intensificaram. Especialistas e até executivos da área já temem um possível estouro, dado os valores estratosféricos em investimentos ainda não traduzidos em resultado.
O 2025 das Big Tech
Foi neste ano que executivos das gigantes da tecnologia mais se aproximaram da política, em especial nos Estados Unidos. Figuras como Mark Zuckerberg, Satya Nadella e Tim Cook se encontraram e elogiaram Donald Trump mais de uma vez, além de atender alguns pedidos do presidente sobre diversidade.
Já Elon Musk teve um cargo no governo, mas saiu depois de poucos meses e resultados abaixo do esperado para voltar ao comando das empresas. O ano foi particularmente difícil para a Tesla, com vendas em queda inclusive pela associação política de Musk e a popularização de rivais chinesas.
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Falando no país, as tarifas de Trump balançaram a economia global e fizeram empresas inteiras mudarem de país para fugir de uma porcentagem mais agressiva, além de gerar uma alta no preço de alguns produtos.
Outro assunto recorrente envolveu as quedas em serviços de hospedagem ou redirecionamento na nuvem, a maioria mantido por uma grande empresa. Incidentes envolvendo Cloudfare, Amazon (AWS) e Microsoft (Azure) mostraram como somos dependentes de poucas companhias em infraestrutura da internet, pois uma queda tira serviços inteiros do ar por horas.
Os grandes lançamentos
A Apple foi uma marca de altos e baixos ano. A boa notícia foi a linha iPhone 17, bem comercialmente em especial no modelo padrão.
Porém, nem todas as apostas da Maçã foram bem sucedidas: o modelo ultrafino Air não agradou o público ou a crítica, o sistema operacional iOS 26 (Liquid Glass) teve recepção mista e a Siri turbinada com IA já está virando promessa não cumprida.
A Samsung lançou o seu primeiro e ousado modelo trifold, além de apresentar um headset imersivo. Ela ainda teve um ano bom em vendas de celulares no geral, apesar de atualizações consideradas menos ousadas em celulares que já estavam bons, como o Galaxy S25 Ultra, e a recepção morna do ultrafino da marca.
Outros smartphones de destaque incluem o intermediário Moto G56, o custo-benefício do Poco X7 Pro e a chegada de modelos com baterias de silício-carbono com grande capacidade, como o Realme GT7 Pro. Já a tradicional fabricante chinesa vivo estreou no Brasil, mas sob o nome de Jovi.
A Microsoft abraçou de vez a IA e inseriu recursos automatizados até no Microsoft 365, antigo pacote Office. Porém, o ano em que ela completou cinco décadas de vida ficou marcado pelo fim do suporte ao Windows 10 — com o Windows 11 ainda lento em adoção por uma série de motivos.
A Meta também aposta ainda mais em IA: ela fez contratações caras de engenheiros para a equipe interna e aprimorou a Meta AI, a ponto de lançar um app próprio e embutir ela no WhatsApp.
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Ela também está disposta a liderar o setor de óculos inteligentes, com novos modelos de Ray-Ban e Oakley que incluem uma versão com uma pequena tela que exibe conteúdos para o usuário. O metaverso, por outro lado, segue em baixa e sem perspectiva de melhora.
Robôs, chips e apps
No campo do hardware, a Intel vê uma luz no fim do túnel ao ter 10% das ações compradas pelo governo dos Estados Unidos e fechar novos acordos comerciais para fabricação de semicondutores.
Por outro lado, o setor de chips de memória, em especial NAND e DRAM, está em uma crise de grandes proporções. O motivo é a escassez dessas peças graças às mudanças das companhias do setor, agora mais dispostas a atender pedidos de componentes para IA. Preços já começaram a subir, mas o impacto em 2026 tende a ser pior.
Robôs humanoides também foram um tema quente ao longo de 2025. Apesar de ainda estarem longe da utilização em larga escala, eles parecem cada vez mais impressionantes — com o destaque para marcas chinesas, como Xpeng e Agibot.
No campo do entretenimento, a plataforma de streaming Max voltou a ser HBO Max, mas isso pode mudar de novo em breve. A Warner Bros. foi colocada à venda e, ao menos por enquanto, Netflix e Paramount seguem brigando pela aquisição.
Regulamentações e novas brigas Brasil
Aqui no país, o ano começou com polêmicas: a lei que proíbe o uso de celulares em escolas entra em vigor, assim como o início das medidas de regulamentação de bets.
Além disso, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) trabalhou muito em duas grandes campanhas. Uma delas foi contra produtos não homologados de lojas digitais, incluindo até apreensões em armazéns de lojas online, enquanto a outra envolveu a derrubada de várias plataformas de conteúdo pirata que rodavam em TV boxes.
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Em aplicativos, o iFood ganha a companha da chinesa Keeta e o retorno da 99Food, com muita polêmica na concorrência entre esses serviços. Já a cibersegurança fica marcada pelos roubos de altas quantias em sistemas do Banco Central.
O 2025 nos games
Foi um ano diferente para o setor de jogos: foram registrados menos lançamentos em hardware, com exceção da chegada do aguardado Nintendo Switch 2 e portáteis como o ROG Ally X.
Além disso, títulos AAA também foram mais raros, com o espaço ocupado por produções com um orçamento menor, mas que fizeram muito barulho. Um dos destaques é Clair Obscur: Expedition 33, grande vencedor e agora recordista em prêmios no The Game Awards.
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A Microsoft também foi notícia, mas não pelos motivos que os jogadores gostariam. Os consoles da companhia estão cada vez mais escassos e o Game Pass passou por uma grande reformulação, incluindo o aumento considerável no valor do plano mais completo.
Ciência e mais avanços
Na astronomia, a celebração foi grande com o pouso bem sucedido do módulo Blue Ghost, a primeira missão na Lua de uma empresa privada. Outra aterrissagem comemorada foi a de uma nave que trouxe de volta ao planeta dois astronautas que ficaram meses na Estação Espacial Internacional após problemas no veículo de transporte.
O mundo viu ainda o impacto nas vendas e no uso de medicamentos com princípios como o GLP-1, que ficaram conhecidas por aqui como "canetas emagrecedoras". Outro tema controverso foi o anúncio de que uma espécie de lobo em extinção foi "revivida" por pesquisadores — uma promessa bem longe do que é a realidade.
A computação quântica dá sinais positivos de avanço, graças ao lançamento de novos equipamentos e reduções na taxa de erros dessas máquinas. Além disso, um bebê de menos de um ano é o primeiro paciente de uma terapia de edição genética (CRISPR), o que pode abrir caminhos promissores na saúde.
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