Com receita de R$ 248 bilhões, Nvidia critica e elogia Trump
CEO da gigante questionou as tarifas recíprocas impostas pelo mandatário, mas elogiou o fim da regra de difusão de IA para os chineses

29/05/2025, às 17:00
A Nvidia novamente registrou uma receita trimestral recorde, após anunciar seu relatório financeiro relacionado ao primeiro trimestre do ano fiscal de 2026. O time verde conseguiu R$ 248 bilhões em receita bruta, mas o CEO da gigante não poupou críticas ao antigo governo Biden e até mesmo à nova administração Trump — em meio a alguns elogios.
- Com a receita de US$ 44 bilhões (R$ 248 bilhões), a Nvidia obteve um aumento de 12% em relação ao trimestre anterior;
- Por conta do aumento na demanda de IA, esses números representam um aumento de 69% contra o mesmo período do ano fiscal passado;
- Grande parte desse dinheiro tem relação com o setor de data center, que sozinho registrou US$ 39,1 bilhões (R$ 220 bilhões);
- O segmento de games, composto pelas placas de vídeo GeForce RTX, somou vendas de US$ 3,8 bilhões (R$ 21 bilhões);
- Confira: Não é a IA que vai tomar seu emprego, e sim quem sabe usá-la, diz Nvidia
Apesar dos ótimos números, nem tudo ocorreu como o planejado pela Nvidia. A guerra comercial entre EUA e China motivada pelos aumentos de tarifas recíprocas fez com que a empresa tivesse prejuízo de quase US$ 8 bilhões (R$ 45 bilhões) na venda dos chips H20 para inteligência artificial.
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Trump ajudou e atrapalhou a Nvidia?
Em meio ao impasse das taxas e impostos, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, criticou as tarifas recíprocas de Donald Trump. Com o aumento desses valores, os clientes da Nvidia acabaram desistindo de adquirir os chips H20, gerando um prejuízo bilionário para a empresa.
Por outro lado, Huang reconheceu a atitude de Trump em reverter as regras de difusão de IA impostas pelo governo de Joe Biden, que impedia a exportação de chips americanos poderosos para os chineses. Com o impedimento, a Nvidia precisou criar chips inferiores e mais baratos para os chineses, que, por sua vez, quiseram investir em sua própria tecnologia, como no caso da Huawei.
Durante a reunião de investimentos, Huang disse que não era questão da China ter ou não ter IA de qualidade: ela já tem. “A questão é se um dos maiores mercados de IA do mundo [China] funcionará com plataformas americanas […] Os controles de exportação de IA devem fortalecer as plataformas dos EUA, não direcionar metade dos talentos de IA do mundo para rivais” disse o executivo.
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