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IA e empregos: saiba se a sua profissão corre risco de ser transformada pela tecnologia

Profissionais que trabalham em escritórios e tarefas administrativas são os mais expostos à IA, assim como quem lida com dados e finanças.

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

22/05/2025, às 15:30

A inteligência artificial generativa vai afetar um em cada quatro empregos, conforme estudo feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa da Polônia (NASK), divulgado na terça-feira (20). O levantamento traz uma visão detalhada sobre como o mercado vem sendo impactado pela IA.

De acordo com a pesquisa “IA Generativa e Empregos: Um Índice Global Refinado de Exposição Ocupacional”, pelo menos 25% dos empregos atuais estão potencialmente expostos à IA. Mas isso não significa que eles vão acabar, sendo mais provável que tais postos de trabalho sejam transformados pelos avanços tecnológicos.

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Muitas pessoas temem perder o emprego para a IA. Você está entre elas? (Imagem: Getty Images)

Quais profissões correm mais risco de serem afetadas pela IA?

No relatório, as profissões foram agrupadas em quatro faixas, representando menor ou maior exposição à IA e chance de desemprego. Aquelas com alto risco de automatização estão classificadas no “Gradiente 4”, enquanto as com menos chances ficam no “Gradiente 1” — os Gradientes 2 e 3 trazem as com risco intermediário.

Os empregos que podem ser mais afetados pela IA são aqueles que já utilizam bastante a tecnologia para realizar diferentes tarefas, conforme o estudo. Neste caso, há profissões como:

  • Auxiliar de escritório;
  • Digitador;
  • Escriturário de contabilidade;
  • Auxiliar de entrada de dados;
  • Analista Financeiro;
  • Auxiliar de folha de pagamento;
  • Auxiliar de estatística, finanças e seguros;
  • Desenvolvedor Web e Multimídia;
  • Tradutor;
  • Caixa de banco;
  • Jornalista;
  • Economista;
  • Recepcionista;
  • Meteorologista;
  • Secretária médica.

Esses são alguns dos postos de trabalho listados nos Gradientes 4 e 3, como aponta a pesquisa feita com base em sistemas de profissões da Polônia, considerando 30 mil tarefas diferentes. Além da avaliação desses empregos feita pela IA, mais de 1,6 mil trabalhadores opinaram sobre o que pode ser automatizado.

O relatório sugere, ainda, que a maioria dos empregos depende de envolvimento humano, mesmo tendo o auxílio dos bots. Outro detalhe revelado é que, globalmente, as mulheres ocupam mais empregos com alto risco de automação por IA.

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Mulheres e pessoas que trabalham em funções administrativas são as com mais expostas à IA. (Imagem: Getty Images)

E as profissões menos expostas à IA?

Por outro lado, há o grupo de profissões com pouca chance de automatização, embora algumas das incluídas na listagem corram um certo risco de serem impactadas por ferramentas como ChatGPT, Google Gemini e Microsoft Copilot. Entre elas, vale destacar:

  • Psicólogo;
  • Fotógrafo;
  • Físico;
  • Astrônomo;
  • Assistente de venda em loja;
  • Gerente de hotel;
  • Assistente médico;
  • Condutor de transporte;
  • Atendente de posto de gasolina;
  • Legislador;
  • Engenheiro Mecânico;
  • Músico;
  • Ator;
  • Chefe de cozinha;
  • Comissário de bordo.

De modo geral, o relatório aponta que somente 3,3% dos empregos em todo mundo podem ser considerados na faixa de exposição mais alta à IA. Os autores também sugerem que empregadores, trabalhadores e governos se envolvam em estratégias proativas e inclusivas, protegendo os setores mais expostos, principalmente.

Não encontrou a sua profissão em uma das listas mostradas no texto? É possível conferir o estudo completo feito em parceria pela OIT e o NASK clicando neste link (em inglês), com todos os postos de trabalho relatados pelos autores.

E você, tem medo de que a IA acabe com os empregos ou acha que a tecnologia contribuirá para transformar as profissões, como mostrado neste estudo? Deixe a sua opinião nas redes sociais do TecMundo.


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Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.