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Foxconn terá cautela em meio a incertezas sobre tarifas dos EUA

Empresa que fabrica produtos para Apple e Nvidia teve crescimento e lucro líquido, mas pretende ‘puxar o freio’ por conta das taxas.

Avatar do(a) autor(a): Felipe Vidal

20/05/2025, às 15:45

Foxconn terá cautela em meio a incertezas sobre tarifas dos EUA

Por mais que a Foxconn seja a maior fabricante de eletrônicos por contrato do mundo, a empresa passa por um momento de incertezas. Segundo o próprio CEO da gigante, Young Liu, a perspectiva econômica da companhia ficará mais cautelosa para 2025, principalmente por conta das incertezas sobre as tarifas dos EUA.

Nos últimos dias, o mandatário da companhia apontou que “as rápidas mudanças nas políticas tarifárias dos EUA afetaram consideravelmente a cadeia de suprimentos global. Com as recentes flutuações da taxa de câmbio aumentando a incerteza, estamos adotando uma perspectiva mais cautelosa para o futuro próximo”, explicou Young Liu.

O cenário não chega a ser de temor, mas fica claro que a companhia não pretende correr riscos em um momento como esse. As finanças da Foxconn, que atende outras gigantes como Apple e Nvidia, estão em dia, e o lucro líquido da empresa saltou 91% entre janeiro e março, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Foxconn terá cautela em meio a incertezas sobre tarifas dos EUA
Foxconn é uma potência asiática para o mercado de tecnologia (Imagem: GettyImages)

Qual a relação da Foxconn e as tarifas recíprocas?

A grande questão e o receio da Foxconn é a incerteza do mercado com as tarifas recíprocas de Donald Trump sobre produtos importados dos EUA. A guerra alfandegária com a China levanta o medo de fazer movimentos bruscos no mercado, principalmente quando seus clientes Apple e Nvidia, possuem produção no país asiático.

  • Boa parte da linha de iPhones montada pela Foxconn para a Apple é feita na China;
  • Para fugir das taxas, a Foxconn constrói uma fábrica no México, focada no desenvolvimento de chips de IA para a Nvidia;
  • Em abril, a Nvidia anunciou que produzirá mais de R$ 2 trilhões em supercomputadores de IA nos Estados Unidos;
  • Donald Trump alerta aos países que o prazo de suspensão de 90 dias sobre as tarifas está acabando;
  • Cerca de 150 países negociam parcerias comerciais com os EUA.

Com o fim dos 90 dias, o mercado novamente se verá em um cenário potencialmente instável, e a Foxconn não quer perder a sua lucrativa fatia de bolo — bem recheado com inteligência artificial.

Para mais informações sobre o mercado e as tarifas dos EUA, fique ligado no site do TecMundo. Inclusive, Trump ironizou recentemente ao dizer que os “CEO de tecnologia estão beijando sua bunda”. 
 

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