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Anatel quer lançar edital do leilão do 6G até o final de 2026

Antes do edital, a agência reguladora vai realizar a consulta pública sobre as faixas do 6G, prevista para agosto deste ano.

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

19/05/2025, às 14:30

Preparando-se para a próxima geração da internet móvel de alta velocidade, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve disponibilizar o edital do leilão do 6G em outubro de 2026. A informação foi divulgada pelo presidente do órgão, Carlos Baigorri, em entrevista à CNN na última sexta-feira (16).

Antes disso, a agência vai realizar a consulta pública sobre as faixas que serão utilizadas pela sexta geração da banda larga móvel, o que está previsto para acontecer em agosto deste ano. Esta etapa, que envolve uma série de discussões técnicas, é essencial para a futura atualização na conectividade móvel.

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O 6G promete velocidades ainda maiores que o 5G. (Imagem: Getty Images)

Como deve acontecer o leilão do 6G?

Como o processo de organização do edital ainda está em uma fase embrionária, por enquanto não há maiores informações a respeito do certame. Mas é provável que ele aconteça de maneira semelhante ao leilão do 5G, organizado pela Anatel em dezembro de 2021.

  • Naquela ocasião, as empresas que participaram da disputa concorreram por faixas de frequência, com as vencedoras ficando responsáveis pela implantação da tecnologia no espectro correspondente;
  • Foram colocadas em disputa quatro faixas, no leilão feito há quase quatro anos: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz;
  • Cada uma das faixas foi divida em blocos regionais e nacionais, com as operadoras fazendo ofertas para cada um deles;
  • O certame aconteceu pouco mais de um mês depois da publicação do edital;
  • Quase R$ 47 bilhões foram arrecadados com o leilão das faixas do 5G.

Para o leilão do 6G, a expectativa é de que o evento reunindo as empresas de telecomunicações interessadas em explorar a oferta da tecnologia aconteça ainda em 2026 ou, no mais tardar, no início de 2027. Já em relação à arrecadação, a previsão é de que o certame renda pelo menos R$ 50 bilhões, embora a Anatel afirme ser cedo para projeções.

“Em termos de valor, isso é uma avaliação preliminar do Vinícius. Isso só será definido após a consulta pública, discussão com Tribunal (de Contas da União) e definição das metas”, explicou Baigorri. Ele se referia ao valor sugerido pelo conselheiro substituto do órgão, Vinícius Caram, que estimou a quantia mínima do investimento alguns dias antes.

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Antes da implantação do 6G, o Brasil ainda precisar aumentar a oferta do 5G. (Imagem: Getty Images)

Quando o 6G estará disponível?

Apesar da possibilidade do leilão já ocorrer no final de 2026 ou em 2027, o 6G ainda vai demorar alguns anos para estar disponível. A futura rede de internet móvel está atualmente em desenvolvimento, com a participação de empresas como Nokia e Huawei, entre outras, nos testes.

Projeções mais recentes dão conta de que o 6G será lançado comercialmente no início da década de 2030, se o cronograma atual for seguido à risca. É possível que a conexão seja oferecida um pouco antes, em caráter experimental, em países que estejam mais avançados na implementação.

Quando estiver disponível, a próxima geração da internet móvel deve oferecer velocidades de download de até 1 Tbps, promovendo ainda mais a internet das coisas (IoT). Vale notar que serão necessários celulares compatíveis com a tecnologia para usufruir das melhorias, com os primeiros modelos devendo estrear em meados de 2030.

Enquanto o 6G não chega, o Brasil ainda trabalha para levar a conexão 5G para todo o território nacional. A previsão é de que o processo seja finalizado até dezembro de 2029, com a liberação da faixa 3,5 GHz podendo acelerar a liberação do sinal.

Você acredita que o substituto do 5G vai realmente trazer melhorias para a conectividade móvel? Nos conte as suas expectativas em relação ao 6G comentando nas redes sociais do TecMundo.


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Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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