Tesla segue em crise no mercado financeiro e ações podem cair em até 91%

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As ações da montadora de carros elétricos Tesla estão em uma queda poucas vezes vista entre empresas desse porte. Só neste ano, os papéis da companhia desvalorizaram 28,86% e ainda com chances de cair mais de valor.

O investidor e analista Per Lekander, veterano do mercado e acionista da Tesla desde 2020, acredita que as ações dela podem cair para US$ 14 por unidade. Segundo ele, o período é "o começo do fim da bolha da Tesla", o que significa que a má fase da companhia pode estar longe do fim.

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Lekander é um investidor que faz a chamada "venda a descoberto", o que significa que ele vai lucrar com a desvalorização. E ele acredita que a queda pode chegar a 91%, o que representaria o fim do atual modelo de negócios da montadora que mudou o cenário dos carros elétricos.

Por que as ações da Tesla caíram tanto?

De acordo com análises de veículos como a Business Insider, são muitos os motivos acumulados que explicam a péssima fase da Tesla no mercado financeiro. Uma delas diz respeito ao próprio mercado de carros elétricos.

Projeções da indústria apontam que o interesse por esse tipo de veículo desacelerou nos primeiros meses de 2024 em uma escala global. Isso está longe de ser uma crise, mas é uma redução no crescimento, em especial por altas de juros e problemas financeiros globais.

Carros elétricos estão se popularizando, mas não no nível que o mercado gostaria.Carros elétricos estão se popularizando, mas não no nível que o mercado gostaria.Fonte:  GettyImages 

Além disso, a competição está cada vez mais acirrada, com montadoras tradicionais da Europa e novas empresas da China ganhando espaço no setor e disputando cada região.

A própria Tesla tem enfrentado também os próprios problemas. Em janeiro de 2024, o relatório fiscal da companhia apontou uma queda de 40% nos lucros trimestrais, fora um aumento de apenas 3% nas receitas. No começo do ano, a companhia entregou cerca de 386 mil carros — uma margem bem abaixo das estimativas de mercado.

A companhia chefiada por Elon Musk não tem lançamentos de novos modelos previstos para o curto prazo, o que poderia impulsionar as vendas e as ações.

Esse é um dos pontos do argumento de Lekander: como a Tesla controla todo o processo dos carros, da fabricação às vendas, passando pelo software e as baterias, ela depende muito de uma receita cada vez maior para conter os próprios gastos, que são bastante altos. Até o momento, a Tesla não se manifestou sobre o baixo rendimento no mercado financeiro.

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