Como Elon Musk ‘juntou’ US$ 44 bilhões e comprou o Twitter

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Imagem: Tesla

Na última segunda-feira (25), Elon Musk confirmou a compra do Twitter por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 216 bilhões na cotação atual) e, antes disso, o bilionário já havia adquirido US$ 2,89 bilhões em ações da companhia. Aparentemente, Musk já tinha a ideia de comprar a rede social há algum tempo.

Há apenas 12 dias, pela primeira vez, o CEO da Tesla ofereceu US$ 44 bilhões pela compra do Twitter e milhares de pessoas ao redor do mundo, incluindo investidores de Wall Street, não acreditaram na oferta. Apesar de alguns conselheiros do Twitter não gostarem ou discordarem da ideia, os grandes acionistas da companhia requisitaram a aceitação do acordo bilionário.

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Duas semanas para a aquisição

A oferta foi revelada no dia 14 de abril, pouco depois que o empresário comprou ações da empresa. Logo após a oferta, o conselho do Twitter começou a analisar a proposta e verificou até três vezes se havia outro comprador que pudesse oferecer mais que Musk.

Apesar de o bilionário oferecer US$ 54,20 por ação, as unidades das ações já valeram mais que US$ 76 no início de 2021 e custavam mais que a oferta durante a maior parte do ano passado.

“O objetivo de Elon de criar uma plataforma que seja ‘máxima confiável e amplamente inclusiva’ é o correto. Este também é o objetivo do Parag Agrawal, e por isso o escolhi. Obrigado a ambos por tirar a empresa de uma situação impossível. Este é o caminho certo”, tuitou Jack Dorsey, cofundador do Twitter, após a compra.

Montanha-russa de emoções

Apenas cinco meses após assumir o cargo de CEO do Twitter, Parag Agrawal foi pego de surpresa com a novidade. Contudo, segundo Dorsey, Agrawal e Musk buscam pelo mesmo senso de liberdade na rede social.

O próprio conselho do Twitter não acreditava que Agrawal pudesse ajudar a aumentar as ações de volta para US$ 54,20 e, por isso, grandes acionistas requisitaram que a empresa não deixasse a oportunidade escapar. Alguns até ameaçaram ficar do lado de Musk quando ele publicasse a oferta.

Muitos desacreditaram da oferta e não sabiam se deveriam levar Elon a sérioMuitos desacreditaram da oferta e não sabiam se deveriam levar Elon a sérioFonte:  Pixabay 

Durante o mês de abril de 2022, as ações do Twitter passaram por uma "montanha-russa" e, certamente, isso ajudou a decisão de venda da empresa. Sem contar em aliados de Musk que estavam no conselho da companhia e podem ter ajudado, como o ex-CEO e Egon Durban, codiretor da Silver Lake.

No último domingo, o conselho do Twitter se reuniu e tentou convencer Musk a aumentar sua oferta, mas ele manteve o valor de US$ 54,20 por ação. Contudo, o CEO da Tesla concordou em oferecer uma alta taxa caso ele desista do negócio em um futuro breve.

Como Musk conseguiu dinheiro para comprar o Twitter

Musk conseguiu reunir sete bancos que concordaram em realizar um empréstimo de US$ 13 bilhões, enquanto outros cinco concordaram com empréstimos de US$ 12,5 bilhões — somando US$ 25,5 bilhões. A companhia financeira Morgan Stanley foi a principal responsável por reunir os bancos.

O bilionário também usou US$ 12,5 bilhões em ações da Tesla para garantir o pagamento do empréstimo pessoal de mesmo valor. Ao todo, ele deve pagar mais de US$ 400 milhões por ano para abater a dívida.

Também é importante destacar que Musk se comprometeu a entregar US$ 21 bilhões de sua fortuna pessoal para finalizar a compra. Atualmente, o CEO da Tesla é considerado o homem mais rico do mundo com quase US$ 265 bilhões — a maior parte desse dinheiro está "preso" em ações da Tesla, SpaceX e outras empresas.

O acordo final

Na manhã de segunda-feira, Musk e o conselho do Twitter concordaram com a negociação. De qualquer forma, ele ainda deve resolver diversos assuntos até que as questões legais sejam finalizadas.

Conforme revelado por pessoas próximas ao conselho do Twitter, a companhia não teve a intenção de bloquear as negociações de Musk para a compra da rede social. Na realidade, eles afirmaram que estavam apenas tentando negociar a venda por um valor maior.

“Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que significa liberdade de expressão”, disse o bilionário no Twitter na tarde de ontem, pouco antes da negociação ser divulgada publicamente.

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Fontes

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