Você trabalha com o que gosta? E o seu trabalho é inspirado por aquilo que você defende? A história da Ocre Design prova que é possível, sim, viver daquilo em que se acredita e sonha. A empresa, que produz e comercializa luminárias e outros objetos criados com papelão, nasceu da ideia de um casal. Por volta de 2014, em Florianópolis, o Robson Rebello e a Ligia Estriga juntaram os interesses e as expertises de cada um para começar a Ocre Design, que hoje se destaca dentro do seu setor.
A criatividade do casal fez com que surgisse a Ocre Design (Ocre.design/Divulgação)
O início de tudo
Tudo começou quando a Ligia, uma arquiteta, abriu a empresa Pé de Ideia junto com uma amiga; as duas produziam objetos de design por meio da técnica de corte a laser. Já o Robson, que trabalhava com música e cultura, montou um bar cuja decoração era feita totalmente por madeira de reuso. Um dia, Ligia produziu uma luminária; Robson, ao vê-la, tem uma espécie de intuição: aquela peça maravilhosa poderia gerar um novo negócio para o casal. “Era um objeto espetacular, e ela me perguntou se eu daria apoio a ela”, conta.
Logo, Robson e Ligia resolvem estender sua parceria para além da vida em comum e começam a trabalhar juntos. Nascia ali a Ocre Design, uma empresa baseada no investimento em sustentabilidade e no upcycling – ou seja, no reaproveitamento criativo de materiais, que normalmente seriam descartados, para a geração de novos produtos. Ambos se tornam responsáveis tanto pela criação das peças quanto por sua execução. O nome do novo empreendimento é definido após participarem de um concurso de branding promovido pelo curso de Design da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Robson destaca, ainda, que a empresa tem como desafio lidar com o fato de que muita gente no Brasil ainda não tem a cultura do descarte. “O material que usamos nas peças não pode ter ido para o lixo, nem estar dobrado, sujo, etc. Por isso, o resgate que fazemos é direto nas lojas que produzem caixas grandes”, explica.
As luminárias criadas pela Ocre Design já ganharam vários prêmios da área e são reconhecidas pela sua beleza e funcionalidade. As peças passam por 28 etapas de produção, que passam pelo desenho, a separação do material, o processo de higienização, o corte feito a laser e o trabalho no papel, que fica com um tom amadeirado. “O que fazemos é redescobrir a beleza das árvores que está escondida no papelão”, conta Robson.
A tecnologia em ação
Em 2019, Robson enfrentou um baque imenso: depois de uma longa luta contra o câncer, Ligia faleceu. Mesmo com as dificuldades enfrentadas, o artesão resolveu seguir com a Ocre Design, honrando a memória e o belo trabalho da esposa. Assim, a Ocre ainda está crescendo, mesmo tendo atravessado momentos difíceis, como a pandemia de COVID-19.
Por funcionar por meio de e-commerce, a GoDaddy tem um papel fundamental na continuidade desta história. “Na pandemia, o fato de sermos digitais caiu como uma luva”, explica Robson. A GoDaddy hospeda o site da Ocre Design, que funciona como mostruário da empresa e faz com que ela prospecte novos clientes. “O site é o novo carro-chefe”, complementa.
Por isso, dá para dizer que a Ocre, junto da GoDaddy, consegue unir, de forma responsável, duas pontas que estão mais próximas do que pode parecer: a subsistência provinda da natureza e as soluções modernas proporcionadas pela tecnologia.
A empresa trabalha com peças sob demanda, sem ter um grande estoque, uma vez que todos os produtos são artesanais. Por ter esse trabalho apurado, a equipe lança de três a cinco novos modelos de peça a cada ano. E, dessa forma, com um trabalho totalmente inspirado pelas formas da natureza, a Ocre segue firme e forte.
Essa história mostra como o amor e a dedicação conseguem gerar bons frutos. A Ocre nasceu e vive do projeto de duas pessoas de prezarem por aquilo que acreditam: a expectativa de vivermos em um mundo mais sustentável, com menor produção de resíduos. Além disso, a Ocre Design segue testemunhando a bela história de um casal que sonhou junto. “Eu tenho muito orgulho de manter a Ocre, que carrega muito da memória da Ligia e do seu brilho”, finaliza Robson.
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